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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O Santo Rosário como auxílio na contemplação - rezemos devagar, com calma


Conta-se por aí que, em tempos, uma religiosa, muito conhecida pela sua santidade e piedade, estando já deitada e desejando adormecer, viu a Santíssima Virgem. Nossa Senhora disse-lhe:
-Eulália, estás a dormir? Já adormeceste, minha filha?
- Não, minha queridíssima Senhora, respondeu a religiosa.
- Tenho que advertir-te de algo importante, prosseguiu a Virgem Santa. Se queres que as orações que me dedicas sejam mais proveitosas para ti e me causem mais alegria, esforça-te, de agora em diante, por não dizê-las tão depressa porque, cada vez que me invocas com a Ave Maria, sinto sempre uma grande alegria, sobretudo, se a dizes devagar, pausadamente, meditando nas palavras da oração, principalmente na expressão «O Senhor é convosco». A alegria que sinto em tal momento não a posso exprimir com palavras porque, nessa hora, parece-me que o meu Filho está novamente dentro de mim; e do mesmo modo que senti uma alegria inefável a quando da concepção imaculada, posso dizer-te que a sinto quando me dizes lentamente «o Senhor é convosco» (milagres da Virgem, anónimo Século XIII)

Desgraçadamente, todos assistimos à queda da tradição contemplativa cristã e, com tristeza, a esses rosários rezados a toda a pressa, aos atropelos, de forma mecânica, pisando-se as palavras e dando a sensação de desassossego e falta de reverência pelo sagrado.

Recentemente, um bispo que, por discrição, preferimos não nomear, dizia algo como: "Será possível que não tenhamos 10 minutos por dia para rezar o Rosário?". Não duvidamos da boa intenção deste pastor, mas permitimo-nos comentar que, em dez minutos, não é possível rezar bem o Rosário. Dez minutos de oração por dia é indigno de um católico. Só a ver televisão, dedicamos mais tempo... É vergonhoso dedicar mais tempo à televisão que a Deus. Um rosário rezado lentamente, e de forma meditada, dura mais ou menos de 45 minutos a uma hora, caso acrescentemos a ladainha e uns minutos finais de silêncio.

Supomos que o nosso bom bispo não se atreveria, a partir do púlpito, A propor aos seus fiéis uma hora por dia de oração... Infelizmente toda a gente poria as mãos na cabeça... uma hora!

E todavia, foi sempre normal, entre os crentes da Cristandade (não só os monges), dedicar esse tempo, e ainda mais, à oração. É possível tirar uma hora ao dia para a oração. Basta desligar a televisão...

A Santíssima Virgem, Mestra de orantes, insiste e ensina-nos, nas suas diversas aparições aprovadas, bem como nas Suas revelações privadas aos santos, a rezar devagar, a meditar o que dizemos, a saborear a oração, a rezar com o coração. Além de tal oração ser mais do agrado da nossa Mãe (e por conseguinte também de Deus, fim último da nossa oração), ser-nos-á de grande proveito espiritual e será fonte de grandes benefícios para nós.
fonte:vida espiritual católica

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