"Catolicismo" Nº 208-209 - Abril-Maio de 1968 | |||||
A síntese da bela história da devoção a Nossa Senhora de Genazzano, que "Catolicismo" hoje apresenta, é esta:
Numa pequena localidade da Itália a graça faz germinar, em substituição a um velho culto pagão, uma terna devoção a Nossa Senhora sob o título do Bom Conselho. Séculos mais tarde, um reino valoroso se encontra em triste declínio. Declínio político e militar, por certo, mas também e principalmente declínio religioso. Os católicos albaneses oferecem ao Islã a resistência ineficaz de um povo tornado tíbio. Com isto, a vitória das hostes de Mafoma resulta inevitável. Dois homens fiéis à Virgem se sentem perplexos, e vão ao santuário nacional da Albânia, em Scútari, a fim de implorar à imagem dEla que ali se venera um bom conselho: o que fazer, permanecer na nação dominada pelos turcos, a fim de ali servir à Santíssima Virgem, ou deixar a pátria rumo a plagas em que possam viver sem grave perigo para a fé? O bom conselho implorado lhes foi concedido sob a forma mais estupenda e inesperada. A imagem deixa Scútari, e em pós dela partem os nossos dois albaneses. A confirmar a autenticidade e o acerto deste conselho, a sagrada Efígie baixa maravilhosamente no local de Genazzano onde se cultuava a Mãe do Bom Conselho. Daí para diante, a história da Madona transladada de Scútari não foi senão uma sucessão de triunfos. Quer em Genazzano, quer em outras cidades onde reproduções do quadro albanês foram expostas à veneração dos fiéis, as graças de toda ordem se multiplicaram incontáveis. E entre elas o atendimento freqüente das pessoas que, desejosas de um bom conselho, acorrem à Virgem, implorando a graça de uma luz para sua perplexidade. Entre essas imagens, importa lembrar a que se encontra na cidade de São Paulo, na imponente Capela do Colégio São Luís, dos RR. PP. Jesuítas, pois o modo pelo qual chegou a nosso País - como se narra em outro local desta edição - é verdadeiramente digno de especial atenção. Antes de prosseguir convém salientar uma peculiaridade da devoção a Nossa Senhora de Genazzano. Não é possível, com efeito, tratar dEla sem pôr em realce uma de suas peculiaridades mais importantes. Muitas das pessoas que recorrem à Virgem diante da Imagem de Genazzano ou de réplicas desta, têm afirmado que o semblante da Senhora lhes "responde" às orações. Não que o faça falando ou movendo-se, o que constituiria manifesto milagre. Mas, sem nenhuma alteração propriamente miraculosa, algo do olhar e da expressão da Divina Mãe toma caráter particularmente vivo e impregnado de maternal alegria quando o fiel é atendido. E é à multiplicação deste favor que em boa parte se deve a expansão universal da devoção a Nossa Senhora do Bom Conselho de Genazzano.
Qual a atualidade desta devoção? Sem dúvida, em nossa época tão aflita e conturbada, incontáveis são as almas que precisam, a este ou aquele título, de um bom conselho. Nada de melhor podem elas fazer do que implorar o auxílio dAquela que a Santa Igreja, na Ladainha lauretana, invoca como Mater Boni Consilii. Entretanto, cumpre ponderar que um conselho é de tanto maior valia quanto maior for a importância do assunto sobre o qual versa. Por isto, supremamente importantes são para cada um os conselhos necessários para conhecer a respeito de si mesmo - dentro da tempestade de trevas do século XX - os desígnios de Nossa Senhora e os meios aptos para os realizar. Aqui está um primeiro título para se afirmar a particular atualidade da devoção a Nossa Senhora de Genazzano neste século que poderá passar para a História como o século da confusão. Todavia, se alargarmos nossos horizontes para além da esfera individual, e considerarmos numa perspectiva histórica a crise pela qual hoje passa a Igreja de Deus, não poderemos deixar de ponderar que ainda aqui a humanidade precisa como nunca de um bom conselho da Virgem das Virgens. Encontramo-nos no ápice de um processo histórico oriundo, na Idade Média, de uma explosão de orgulho e de sensualidade. Desta explosão nasceram nos séculos XV e XVI o Humanismo, a Renascença e a Pseudo-Reforma protestante. Os vagalhões produzidos por esses movimentos se projetaram da esfera filosófica, cultural e religiosa para a esfera política e social, ocasionando, no século XVIII, a Revolução Francesa ímpia e igualitária. Esta por sua vez se desdobrou ao longo do século XIX em movimentos de índole atéia, laicista e revolucionária, que culminaram na eclosão do comunismo, revolução social e econômica que por sua vez ameaça tragar o mundo inteiro. No vértice deste processo, a alternativa se impõe: ou sucumbimos ao comunismo como outrora a Albânia ao islamismo, ou renunciamos inteiramente ao orgulho e à sensualidade, extirpando-lhes todos os efeitos quer na vida religiosa, quer na vida temporal, efeitos estes dos quais o comunismo não é senão a conseqüência supremamente lógica e supremamente maligna. Mas a rejeição efetiva e completa de um imenso pecado supõe uma imensa contrição. E uma imensa contrição supõe uma imensa apetência da perfeição na virtude contra a qual se pecou. Assim, a opção para o mundo moderno é entre um porvir tenebroso, feito das últimas capitulações ante os extremos do erro e do mal, e o abraçar entusiástico da plenitude da verdade e do bem. Como mover a humanidade - de tal maneira atolada no processo histórico que a vem impelindo há tantos séculos - a empreender a trajetória do filho pródigo rumo à casa paterna? Sem um possante auxílio da graça, a falar no interior de incontáveis almas, isto não se pode conseguir. Esse bom conselho a ser proferido no íntimo de cada coração para a salvação da humanidade, que melhor modo há de obtê-lo senão implorando à Mãe do Bom Conselho para que, por uma graça nova, converta o bárbaro super-civilizado do século XX? Só assim poderá este, à maneira do bárbaro sub-civilizado do século V, "queimar o que adorou e adorar o que queimou". E só assim poderá ter origem uma nova e ainda mais esplendorosa era de fé. Esse é o bom conselho por excelência que os devotos de Maria devem pedir para si e para todos os homens nos dias que correm. Parecerá talvez excessivo, a alguns leitores, que afirmemos ser este o século mais confuso da História. No entanto, entre as múltiplas provas que a asserção comporta, é mister sobrelevar uma, a qual por si só justifica nossa afirmação. Com efeito, seria difícil contestar que em algum tempo a confusão tenha sido maior nos meios católicos, do que no nosso. Por certo, houve épocas em que a Igreja pareceu afetada por uma confusão mais grave. Assim, as crises ao longo das quais os antipapas dilaceravam o Corpo Místico de Cristo, ou a luta das Investiduras que cindiu durante muito tempo o Ocidente cristão, lançando o Sacro Império contra o Papado. Mas essas crises, ou eram mais de rivalidades pessoais que de princípios, ou punham em jogo apenas alguns princípios, se bem que básicos, da doutrina católica. Presentemente, pelo contrário, não há erro, por mais crasso e rotundo, que não procure revestir-se de uma roupagem mais ou menos nova para obter livre trânsito nos ambientes católicos. Pode-se dizer que assistimos em nosso próprio meio ao desfile de todos os erros, faceiramente disfarçados com pele de ovelha, a solicitar a adesão de católicos incautos, superficiais, ou pouco amorosos de nossa Fé. E, ante essas manobras quantas concessões, quanta falsa prudência, quanto criminoso namoriscar com a heterodoxia! Nesta atmosfera, que já sugeriu a Paulo VI algumas graves advertências, a confusão é tão grande, que em não poucos círculos os católicos zelosos da ortodoxia são mal vistos e suspeitos, enquanto a turbamulta das vítimas dos erros embuçados se porta com a desenvoltura de quem fosse dono da casa! Traçado este quadro, pensamos com afeto e com apreensão nas muitas almas modestas a quem as circunstâncias da vida não permitem maiores estudos religiosos. Quão necessário lhes é o bom conselho de Nossa Senhora, para vencer a confusão! A Igreja pode dizer de Si, analogicamente, as palavras de Nosso Senhor: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo.14,6). Se nos ambientes católicos sopra a confusão, é inevitável que esta se estenda por todos os outros domínios da existência. E na Igreja não pode haver confusão pior do que a dos princípios. É natural, pois, que afirmemos ser nosso século o século da confusão, e que de nossos lábios se evole para a Mãe de Deus uma súplica: Nossa Senhora do Bom Conselho, rogai por nós, e ajudai-nos a permanecer fiéis ao Caminho, à Verdade e à Vida, em meio a tanto extravio, a tanto embuste e a tanta morte. fonte:http://www.pliniocorreadeoliveira.info |
Irmã Lúcia descreve a visão que teve acerca da purificação do mundo pelos pecados cometidos
- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
Arquivo do blogue
-
▼
2011
(107)
-
▼
janeiro
(7)
- Neste século da confusão, rogai por nós ó Mãe do B...
- A Santa Casa de Loreto (2)
- Nossa Senhora do Milagre e a conversão do judeu Ra...
- A santa casa de Loreto é a casa que testemunhou o ...
- BENTO XVI EXPLICA POR QUE MOTIVO O TERCEIRO SEGRED...
- In 1984 Bishop Alberto Cosme do Amaral of Fatima c...
- A Medalha Milagrosa - Dom Antônio de Castro Mayer
-
▼
janeiro
(7)
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Neste século da confusão, rogai por nós ó Mãe do Bom Conselho
domingo, 23 de janeiro de 2011
A Santa Casa de Loreto (2)
O lugar onde se acha o santuário da Santa Casa de Loreto fica no meio do caminho que conduz ao porto de Recanati. O outeiro sobre o qual pousou foi depois nivelado, e se acha agora no centro da cidade que ali se ergueu, e que tomou o nome de Loreto.
As múltiplas transladações da santa casa de Nossa Senhora não fizeram senão despertar cada vez mais a curiosidade e a devoção dos fiéis, não somente das províncias próximas, mas até dos países mais remotos, enriquecendo-se este augusto santuário com os mais preciosos donativos.
Quatro anos depois deste último e maravilhoso acontecimento, o concurso dos romeiros, já tão prodigioso, tornou-se ainda maior na ocasião do primeiro jubileu do ano santo, que se realizou em Roma em 1300.
A santa casa de Loreto foi depois encerrada em uma magnífica igreja, começada por Paulo II e concluída pelos seus sucessores.
O Papa Leão X imaginou os magníficos relevos em mármore branco, com os quais estão cercadas as paredes da santa casa.
Sixto V fez gravar na fachada, em caracteres de ouro, esta breve mas sublime inscrição: "Casa da Mãe de Deus. Onde o Verbo se fez Carne".
Pode-se dizer, sem contradição, que este santo lugar se tornou um dos mais privilegiados do mundo.
A igreja forma uma cruz latina, cujo centro é coroado por uma magnífica cúpula ornada de uma lanterna, que o peregrino saúda de muitas léguas, como o navegador saúda o farol que o vai dirigir para o porto.
Tudo quanto no Velho e Novo Testamento se refere ao Batismo, se acha representado ali.
Quatro estatuazinhas, de um lavor delicado, estão nos quatro cantos da pia batismal. A primeira representa a Fé, com esta divisa: "Ela não pode ser enganada". A segunda, a Esperança, com estas palavras: "Ela não pode ser abalada".
A terceira, a Caridade: "Ela não pode ser dividida". A quarta, a perseverança: "Ela não pode ser quebrada". Eis aí os maravilhosos efeitos do batismo e os grandes caracteres do cristão.
A santa casa tem 8,9 metros de comprimento por 3,8 metros de largura. As paredes não são de tijolos, mas de pedras duras de cor avermelhada, sobre as quais serpenteiam pequenos veios amarelos.
Nenhum alicerce sustenta a casa, cujas paredes descansam sobre a terra nua, e até, por causa de desigualdade do terreno, de um lado não tocam no chão.
O antigo telhado já não existe, as suas telhas foram colocadas debaixo do pavimento atual.
Uma peça do vigamento primitivo está ao nível do pavimento, onde, apesar de continuamente trilhada pelos pés dos peregrinos, não se estraga.
À esquerda da santa casa acha-se o santo armário. Ali se conservam duas pequenas tigelas que serviram, com várias outras, para os usos da Sagrada Família. São de barro cozido, de uma cor esbranquiçada, listradas de vermelho. Atrás do altar há uma pequena cômoda chamada "il santo camino", por causa da antiga chaminé colocada no fundo.
Ali se conserva uma terceira tigela que, por um feliz privilégio, escapou à espoliação francesa de 1797. Está coberta de lâminas de ouro, sobre as quais estão gravados os dois mistérios da Anunciação e da Natividade do Senhor.
Se bem que o tesouro, esvaziado pelas guerras e pelas pilhagens, tenha sofrido grandes desfalques, ainda tem com que surpreender. Nele se vê multidão inumerável de corações de ouro e de prata, de estofos preciosos, cálices, pérolas, diamantes, quadros, castiçais, relógios, anéis, cruzes, estátuas, vasos, custódias, coroas, colares, rosetas, lâmpadas e outros objetos preciosos.
É um belo espetáculo, o de todas essas riquezas oferecidas pelos pontífices e pelos reis, pelos príncipes e pelos cristãos de todos os países, ao Deus feito pobre para nos salvar, e à doce Virgem, nossa Mãe e dispensadora de todos os tesouros do Céu.
DE:http://oracoesemilagresmedievais.blogspot.com/
As múltiplas transladações da santa casa de Nossa Senhora não fizeram senão despertar cada vez mais a curiosidade e a devoção dos fiéis, não somente das províncias próximas, mas até dos países mais remotos, enriquecendo-se este augusto santuário com os mais preciosos donativos.
Quatro anos depois deste último e maravilhoso acontecimento, o concurso dos romeiros, já tão prodigioso, tornou-se ainda maior na ocasião do primeiro jubileu do ano santo, que se realizou em Roma em 1300.
A santa casa de Loreto foi depois encerrada em uma magnífica igreja, começada por Paulo II e concluída pelos seus sucessores.
O Papa Leão X imaginou os magníficos relevos em mármore branco, com os quais estão cercadas as paredes da santa casa.
Sixto V fez gravar na fachada, em caracteres de ouro, esta breve mas sublime inscrição: "Casa da Mãe de Deus. Onde o Verbo se fez Carne".
Pode-se dizer, sem contradição, que este santo lugar se tornou um dos mais privilegiados do mundo.
A igreja forma uma cruz latina, cujo centro é coroado por uma magnífica cúpula ornada de uma lanterna, que o peregrino saúda de muitas léguas, como o navegador saúda o farol que o vai dirigir para o porto.
Tudo quanto no Velho e Novo Testamento se refere ao Batismo, se acha representado ali.
Quatro estatuazinhas, de um lavor delicado, estão nos quatro cantos da pia batismal. A primeira representa a Fé, com esta divisa: "Ela não pode ser enganada". A segunda, a Esperança, com estas palavras: "Ela não pode ser abalada".
A terceira, a Caridade: "Ela não pode ser dividida". A quarta, a perseverança: "Ela não pode ser quebrada". Eis aí os maravilhosos efeitos do batismo e os grandes caracteres do cristão.
A santa casa tem 8,9 metros de comprimento por 3,8 metros de largura. As paredes não são de tijolos, mas de pedras duras de cor avermelhada, sobre as quais serpenteiam pequenos veios amarelos.
Nenhum alicerce sustenta a casa, cujas paredes descansam sobre a terra nua, e até, por causa de desigualdade do terreno, de um lado não tocam no chão.
O antigo telhado já não existe, as suas telhas foram colocadas debaixo do pavimento atual.
Uma peça do vigamento primitivo está ao nível do pavimento, onde, apesar de continuamente trilhada pelos pés dos peregrinos, não se estraga.
À esquerda da santa casa acha-se o santo armário. Ali se conservam duas pequenas tigelas que serviram, com várias outras, para os usos da Sagrada Família. São de barro cozido, de uma cor esbranquiçada, listradas de vermelho. Atrás do altar há uma pequena cômoda chamada "il santo camino", por causa da antiga chaminé colocada no fundo.
Ali se conserva uma terceira tigela que, por um feliz privilégio, escapou à espoliação francesa de 1797. Está coberta de lâminas de ouro, sobre as quais estão gravados os dois mistérios da Anunciação e da Natividade do Senhor.
Se bem que o tesouro, esvaziado pelas guerras e pelas pilhagens, tenha sofrido grandes desfalques, ainda tem com que surpreender. Nele se vê multidão inumerável de corações de ouro e de prata, de estofos preciosos, cálices, pérolas, diamantes, quadros, castiçais, relógios, anéis, cruzes, estátuas, vasos, custódias, coroas, colares, rosetas, lâmpadas e outros objetos preciosos.
É um belo espetáculo, o de todas essas riquezas oferecidas pelos pontífices e pelos reis, pelos príncipes e pelos cristãos de todos os países, ao Deus feito pobre para nos salvar, e à doce Virgem, nossa Mãe e dispensadora de todos os tesouros do Céu.
("Maria ensinada à mocidade" - Livraria Francisco Alves, 1915)
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Nossa Senhora do Milagre e a conversão do judeu Ratisbonne, 20 de janeiro
Um dos fatos marcantes da história religiosa do século XIX foi a aparição de Nossa Senhora ao judeu Afonso Ratisbonne e sua retumbante conversão ao catolicismo.
A aparição está intimamente ligada à série de manifestações extraordinárias ao mundo, iniciada com a Medalha Milagrosa na rue du Bac (Paris, 1820), e continuada de um modo mais destacado em La Salette (1846) e Lourdes (1858).
Muito distante da fé católica vivia o jovem banqueiro Afonso Ratisbonne, natural de Estrasburgo, nascido em 1814, de riquíssima família israelita.
No dia 20 de janeiro de 1842, em viagem turística a Roma, por curiosidade meramente artística ele acedeu entrar na Igreja de Sant’Andrea delle Fratte, acompanhado de um amigo, o Barão de Bussières.
Enquanto este foi à sacristia, a fim de encomendar uma missa, o jovem judeu apreciava as obras de arte daquele templo.
Quando se encontrava diante do altar consagrado a Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa (hoje conhecido como altar da Madonna del Miracolo — Nossa Senhora do Milagre), Ela apareceu-lhe e o converteu instantaneamente de inimigo da Igreja católica em seu fervoroso apóstolo.
O quadro da Madonna del Miracolo (Nossa Senhora do Milagre) aparece com a fronte encimada por uma coroa e por um resplendor em forma de círculo de 12 estrelas que evoca a Mulher do Apocalipse.
A fisionomia é discretamente sorridente, com o olhar voltado para quem estiver ajoelhado diante d’Ela. Muito afável, mas ao mesmo tempo muito régia.
Pelo porte, dá impressão de uma pessoa alta, esguia sem ser magra, muito bem proporcionada e com algo de imponderável da consciência de sua própria dignidade.
Tem-se a impressão de uma rainha, muito menos pela coroa do que pelo todo d’Ela, pelo misto de grandeza e de misericórdia.
A pessoa que a contempla tende a ficar apaziguada, serenada, tranqüilizada, como quem sente acalmadas as suas más paixões em agitação.
Como se Ela dissesse: “Meu filho, eu arranjo tudo, não se atormente, estou aqui ouvindo a você que precisa de tudo, mas eu posso tudo, e o meu desejo é de dar-lhe tudo. Portanto, não tenha dúvida, espere mais um pouco, mas atendê-lo-ei abundantemente”.
A pintura tem um certo ar de mistério, mas um mistério suave e diáfano. Seria como o mistério de um dia com um céu muito azul, em que se pergunta o que haverá para além do azul.
Mas não é um mistério carregado, é um mistério que fica por detrás do azul e não por detrás das nuvens.
Notem a impressão de pureza que o quadro transmite.
Ele comunica algo do prazer de ser puro, fazendo compreender que a felicidade não está na impureza, ao invés do que muita gente pensa. É o contrário.
Possuindo verdadeiramente a pureza, compreende-se a inefável felicidade que ela concede, perto da qual toda a pseudo felicidade da impureza é lixo, tormento e aflição.
Notem também a humildade. Ela revela uma atitude de rainha, mas fazendo abstração de toda superioridade sobre a pessoa que reza diante d’Ela. Trata a pessoa como se tivesse proporção com Ela; quando nenhum de nós tem essa proporção, nem mesmo os santos.
Entretanto, se aparecesse Nosso Senhor Jesus Cristo, Ela ajoelhar-se-ia para adorar Aquele que é infinitamente mais. Ela tem a felicidade inefável da despretensão e da pureza.
Diante de um mundo que o demônio vai arrastando para o mal, pelo prazer da impureza e do orgulho, a Madonna del Miracolo comunica-nos esse prazer da despretensão e da pureza.
A aparição está intimamente ligada à série de manifestações extraordinárias ao mundo, iniciada com a Medalha Milagrosa na rue du Bac (Paris, 1820), e continuada de um modo mais destacado em La Salette (1846) e Lourdes (1858).
Ratisbonne fez-se padre e fundou a Ordem de Sion para converter os judeus |
No dia 20 de janeiro de 1842, em viagem turística a Roma, por curiosidade meramente artística ele acedeu entrar na Igreja de Sant’Andrea delle Fratte, acompanhado de um amigo, o Barão de Bussières.
Enquanto este foi à sacristia, a fim de encomendar uma missa, o jovem judeu apreciava as obras de arte daquele templo.
Quando se encontrava diante do altar consagrado a Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa (hoje conhecido como altar da Madonna del Miracolo — Nossa Senhora do Milagre), Ela apareceu-lhe e o converteu instantaneamente de inimigo da Igreja católica em seu fervoroso apóstolo.
O quadro
O quadro da Madonna del Miracolo (Nossa Senhora do Milagre) aparece com a fronte encimada por uma coroa e por um resplendor em forma de círculo de 12 estrelas que evoca a Mulher do Apocalipse.
A fisionomia é discretamente sorridente, com o olhar voltado para quem estiver ajoelhado diante d’Ela. Muito afável, mas ao mesmo tempo muito régia.
Pelo porte, dá impressão de uma pessoa alta, esguia sem ser magra, muito bem proporcionada e com algo de imponderável da consciência de sua própria dignidade.
Tem-se a impressão de uma rainha, muito menos pela coroa do que pelo todo d’Ela, pelo misto de grandeza e de misericórdia.
A pessoa que a contempla tende a ficar apaziguada, serenada, tranqüilizada, como quem sente acalmadas as suas más paixões em agitação.
Como se Ela dissesse: “Meu filho, eu arranjo tudo, não se atormente, estou aqui ouvindo a você que precisa de tudo, mas eu posso tudo, e o meu desejo é de dar-lhe tudo. Portanto, não tenha dúvida, espere mais um pouco, mas atendê-lo-ei abundantemente”.
A pintura tem um certo ar de mistério, mas um mistério suave e diáfano. Seria como o mistério de um dia com um céu muito azul, em que se pergunta o que haverá para além do azul.
Altar da aparição, igreja de Sant'Andrea delle Frate, Roma |
Notem a impressão de pureza que o quadro transmite.
Ele comunica algo do prazer de ser puro, fazendo compreender que a felicidade não está na impureza, ao invés do que muita gente pensa. É o contrário.
Possuindo verdadeiramente a pureza, compreende-se a inefável felicidade que ela concede, perto da qual toda a pseudo felicidade da impureza é lixo, tormento e aflição.
Notem também a humildade. Ela revela uma atitude de rainha, mas fazendo abstração de toda superioridade sobre a pessoa que reza diante d’Ela. Trata a pessoa como se tivesse proporção com Ela; quando nenhum de nós tem essa proporção, nem mesmo os santos.
Entretanto, se aparecesse Nosso Senhor Jesus Cristo, Ela ajoelhar-se-ia para adorar Aquele que é infinitamente mais. Ela tem a felicidade inefável da despretensão e da pureza.
Diante de um mundo que o demônio vai arrastando para o mal, pelo prazer da impureza e do orgulho, a Madonna del Miracolo comunica-nos esse prazer da despretensão e da pureza.
Oração à Madonna del Miracolo
“Ó Imaculada Mãe de Deus, Madonna del Miracolo, que quisestes conquistar com um singular prodígio de vossa misericórdia o israelita Afonso Ratisbonne, acolhei as súplicas que vos apresentamos com confiança, como um dia acolhestes as súplicas daqueles que a Vós recorreram pedindo a conversão do filho judeu.
“Obtende-nos também uma sincera e total conversão à graça e todos os bens da alma e do corpo.
“Vossa clemência triunfou sobre Ratisbonne, persuadindo-o a receber o batismo e a empenhar-se com vontade séria na observância dos Mandamentos.
“Por esta conquista do vosso amor, obtende-nos a perseverança no cumprimento das promessas do batismo. Fazei com que nenhum obstáculo se interponha à nossa observância dos preceitos de Deus e da Igreja.
“Vossas mãos resplandecentes são símbolo das inumeráveis graças que com maternal bondade dispensais profusamente sobre a Terra. Fazei resplandecer também sobre nós um raio da vossa misericórdia”.
DE:http://luzesdeesperanca.blogspot.com/2011/01/nossa-senhora-do-milagre-e-conversao-do.html
domingo, 9 de janeiro de 2011
A santa casa de Loreto é a casa que testemunhou o grande mistério da Encarnação, quando o Arcanjo, resplandecente de luz, foi enviado do Céu à terra para trazer ao gênero humano a maior e mais consoladora nova.
Naquela casa morava uma donzela humilde e modesta; provavelmente nela nascera, era a casa de seus pais. Era virgem, e chamava-se Maria.
Foi ali que Jesus Cristo habitou, submisso a José e Maria, durante os trinta primeiros anos de sua vida mortal.
A casa foi milagrosamente transportada pelos anjos, no fim do século XIII.
A piedosa imperatriz Santa Helena fizera encerrar a santa casa de Nazaré num magnífico templo, conservando intacta a casa preciosa na qual a Sagrada Família habitara.
Em todos os tempos essa casa foi um santuário visitado pelos mais ilustres e santos personagens, entre os quais a História faz menção de São Luís IX, rei de França, que ali recebeu a sagrada comunhão, com extraordinárias consolações, no dia Anunciação de 1252.
Pouco depois, os muçulmanos do Egito irromperam no território da Palestina e destruíram o magnífico templo no qual se achava a santa casa de Nazaré, que assim ficou exposta a todas as profanações.
Deus subtraiu ao furor dos ímpios esse precioso santuário, por meio de um dos maiores prodígios de que a História faça menção.
E também atraiu, mais do que nunca, a atenção de toda a cristandade sobre um monumento tão digno de nosso respeito e veneração.
A primeira transladação se deu no dia 10 de maio de 1291.
Viu-se de repente perto de Terçado, na Dalmácia, uma pequena casa situada sobre um outeiro, onde jamais se tinha visto nem a mais simples choupana.
Mas a surpresa foi ainda maior quando se ouviram algumas pessoas afirmarem ter visto essa casa suspensa no ar, antes de pousar sobre o outeiro. Espalhando-se a notícia deste prodígio, o povo acudiu de todas as partes, examinou o edifício de perto, e notou com espanto que estava assentado sobre um terreno desigual, sem alicerces.
Além disso, à medida que penetravam no interior, novos objetos lhes excitavam a curiosidade: um altar, uma cruz, uma estátua de cedro representando Maria Santíssima com o Menino Jesus.
Entretanto, aí chega de repente nesse santuário o pároco do lugar, por nome Alexandre de Georgio, que se achava doente havia três anos, quase sem esperança de sarar.
Contou ele que lhe apareceu Maria Santíssima, que o curou e lhe disse que a casa recém-chegada no seu país era a mesma casa de Nazaré, onde, por obra do Espírito Santo, concebera o Verbo de Deus.
Não é fácil dar uma idéia da alegria do povo, vendo seu pastor repentinamente curado e ouvindo a narração da revelação que lhe fora feita por Maria Santíssima a respeito da excelência do Santuário com que todos foram favorecidos.
Nossa Senhora de Loreto |
Os delegados, chegados a Nazaré, adquiriram plena certeza de que a casa venerada na Dalmácia era realmente a de Maria e de José.
Não sabemos por que a Dalmácia perdeu tão depressa este precioso monumento. A transladação milagrosa para a Dalmácia não era senão o princípio dos prodígios que Deus queria fazer para atrair a atenção do mundo cristão sobre um objeto tão digno de veneração.
No dia 10 de dezembro de 1294, três anos e meio depois de ter aparecido na Dalmácia, a santa casa se elevou de novo nos ares.
Atravessando o mar Adriático, foi colocar-se no meio de um bosque de loureiros, a pouca distância da cidade de Recanati, na Marca de Ancona, três dias antes que o soberano pontífice Celestino V renunciasse à dignidade augusta de chefe da Igreja.
O bosque de loureiros no qual foi pousar a santa casa parece ser a origem do nome que lhe deu, de Nossa Senhora de Loreto.
Os primeiros chamados para contemplar este novo prodígio foram, como no nascimento do Salvador, simples pastores que velavam durante a noite, guardando seus rebanhos.
Uma luz extraordinária, que rodeava a santa casa, inspirou-lhes o desejo de ver de perto a causa do fenômeno.
Aproximando-se, ficaram admirados à vista de uma casa desconhecida e dos objetos religiosos que encerrava.
Cheios de profunda veneração, passaram o resto da noite em oração naquele lugar sagrado.
A fama deste acontecimento espalhou-se logo e atraiu grande número de espectadores e piedosos romeiros.
Em breve, este primeiro movimento da fé foi poderosamente favorecido pelos milagres e graças extraordinárias que ali se recebiam. Enquanto uma multidão de piedosos fiéis acorreu a esta nova fonte de graças, o inimigo do gênero humano se esforçava para as tornar inúteis, infestando aqueles lugares com os furtos e as rapinas, por cuja causa ia diminuindo o concurso dos piedosos fiéis. Deus, porém, remediou bem depressa este inconveniente com uma terceira transladação.
Oito meses depois da sua chegada ao bosque dos loureiros, a santa casa transportou-se de repente sobre um outeiro situado também a pouca distância da cidade de Recanati, lugar pertencente a dois irmãos de uma nobre família.
Mas como estes dois irmãos se armassem um contra o outro, excitados pela cobiça das ricas ofertas que ali se faziam, pouco faltou que banhassem com o próprio sangue aquela terra santificada com a presença da augusta habitação de Maria Santíssima.
Deus, porém, que não detesta menos as dissensões fraternas do que a cobiça, removeu ainda uma vez a santa casa para transportá-la a pequena distância, sobre um outeiro mais elevado.
Esta última transladação deu-se quase no fim de 1295, quatro meses depois que a santa casa havia chegado sobre o outeiro dos dois irmãos.
DE:http://oracoesemilagresmedievais.blogspot.com/
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
BENTO XVI EXPLICA POR QUE MOTIVO O TERCEIRO SEGREDO NÃO FOI REVELADO
Testemunhos publicados:
Cardeal Ratzinger
(Novembro de 1984)
Em 11 de Novembro de 1984, o Cardeal Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, deu uma entrevista à revista Jesus, das Irmãs Paulinas. Na entrevista, intitulada “Eis porque a Fé está em crise”, e que foi publicada com a autorização explícita do Cardeal Ratzinger, este revelou que lera o Terceiro Segredo e que este se refere a "perigos que ameaçam a fé e a vida do Cristão e, portanto a (vida) do mundo."
O Cardeal Ratzinger disse ainda que o Segredo também se refere à "importância dos Novissimi [os Últimos Tempos / as Últimas Coisas]" e que "Se não é publicado, pelo menos por agora, é para evitar que a profecia religiosa se confunda com o sensacionalismo..." O Cardeal também revelou que "o conteúdo deste ‘Terceiro Segredo’ corresponde ao que foi anunciado na Sagrada Escritura e foi repetido em muitas outras aparições marianas, e em primeiro lugar na de Fátima ..."
Fotografia do extrato original em italiano
da revista "Jesus"
Apresentamos aqui uma reprodução fotográfica da parte mais importante da entrevista do Cardeal Ratzinger, porque esta, que se refere ao Terceiro Segredo, foi aprovada por Sua Eminência no início de Outubro e publicada no número de 11 de Novembro de 1984 da revista Jesus. O texto original em italiano foi reproduzido fotograficamente e publicado em The Fatima Crusader, Nº 37, Verão de 1991. A tradução que apresentamos em baixo foi publicada em versão inglesa em The Fatima Crusader, Nº 18, Outubro-Dezembro de 1985 e em A Cruzada de Fátima, Nº 37, Verão de 1991 (com uma circulação de 1.000.000) — e nunca foi posta em causa por ninguém.
Reproduzimos aqui, portanto, a entrevista de Sua Eminência o Cardeal Ratzinger, tal como foi aprovada por ele nos primeiros dias de Outubro.
Uma das quatro secções da Congregação [para a Doutrina da Fé] ocupa-se das aparições marianas;
"Cardeal Ratzinger, leu o chamado Terceiro Segredo de Fátima, que foi enviado pela Irmã Lúcia ao Papa João [XXIII], que não quis revelá-lo e mandou que fosse depositado no arquivo [do Vaticano]?" (Em resposta, o Cardeal Ratzinger disse:)
"Sim, li-o," (E a franqueza desta reposta levou a outra pergunta:)
"Porque é que não foi revelado?" (A isto o Cardeal deu a seguinte resposta, que é muito instrutiva:)
"porque, segundo o julgamento dos Pontífices, não acrescenta nada de diferente a quanto um cristão deve saber da Revelação: uma chamada radical à conversão; a importância absoluta da história; os perigos que ameaçam a fé e a vida do Cristão e, portanto a (vida) do mundo. E cdepois, a importância dos Novíssimos [os últimos acontecimentos no fim dos tempos]. Se não é publicado, pelo menos por agora, é para evitar que a profecia religiosa se confunda com o sensacionalismo. Mas o conteúdo deste ‘Terceiro Segredo’ corresponde ao que foi anunciado na Sagrada Escritura e foi repetido em muitas outras aparições marianas, e em primeiro lugar na de Fátima, no que já se conhece da sua Mensagem. Conversão e penitência são condições essenciais para a salvação."
Na parte do texto da entrevista que reproduzimos em cima, o Cardeal disse que o Terceiro Segredo contém "profecia religiosa" que não pode ser revelada para "impedir que se confunda com o sensacionalismo". Mas em 26 de Junho de 2000, o mesmo Cardeal Ratzinger disse que o Terceiro Segredo se refere apenas a acontecimentos que já tinham acontecido (culminando na tentativa de assassínio do Papa em 1981) e que não continha qualquer profecia respeitante ao futuro. O que aconteceu para que o Cardeal Ratzinger mudasse de opinião? Porque é que sugeriu em 26 de Junho de 2000 que o Terceiro Segredo podia resultar apenas da inaginação da Irmã Lúcia? Se não acredita, podemos confiar na sua interpretação pessoal da Mensagem de Fátima?
Em Junho de 1985, a entrevista de Novembro de 1984 na revista Jesus foi publicada num livro intitulado O Relatório Ratzinger. As refefências-chave da entrevista que diziam repeito ao conteúdo do Terceiro Segredo foram misteriosamente omitidas do livro. Este foi publicado em inglês, francês, alemão e italiano e a tiragem ultrapassou 1.000.000 de exemplares. Embora as revelações sobre o Terceiro Segredo tivessem sido censuradas, o livro admitiu que a crise da Fé que o Padre Alonso afirmou ter sido predita no Segredo já nos alcançou, e que já afecta todo o mundo.(1)
Para mais informações sobre os assuntos relacionados com o Terceiro Segredo a que o Cardeal Ratzinger se refere nesta entrevista, leia o artigo "O autêntico Terceiro Segredo".
Notas:
(1) Padre Paul Kramer, ed., The Devil’s Final Battle, (The Missionary Association, Terryville, Connecticut, 2002) pp. 33, 274-275 (edição em português, O derradeiro combate do demónio; The Missionary Association, Buffalo, New York, 2003). Cf. Frère Michel de la Sainte Trinité, The Whole Truth About Fatima – Volume III: The Third Secret, (Immaculate Heart Publications, Buffalo, New York, 1990) pp. 822-823. Cf. também a revista Jesus de 11 de Novembro de 1984, p. 79, e aindaThe Fatima Crusader, Nº 37, Verão de 1991, p. 7.
In 1984 Bishop Alberto Cosme do Amaral of Fatima confirmed that the Third Secret of Fatima is not about atomic war or the end of the world, but instead concerns the Catholic Faith, and specifically the loss of that Faith throughout (at least) Europe.
The Real Third Secret
Loss of FaithIn 1984 Bishop Alberto Cosme do Amaral of Fatima confirmed that the Third Secret of Fatima is not about atomic war or the end of the world, but instead concerns the Catholic Faith, and specifically the loss of that Faith throughout (at least) Europe. (See quote in "Published Testimony: The Bishop of Fatima (September 10, 1984)".)
In her third memoir, which she completed in August 1941, Sister Lucy stated that the Secret of Fatima is divided into three distinct parts, after which she recorded, for the first time, the first two parts of the Secret. She wrote, "The Secret is made up of three distinct parts, two of which I am now going to reveal."1 She felt that "the moment had come to reveal the first two parts of the Secret."2 However, she kept silent on the third part of the Secret, since she had not received Heaven’s permission to reveal it.
In her fourth memoir, which was written from October-December 1941, Sister Lucy copied the first two parts of the Secret from the text of her third memoir, but added a sentence that is not found there. Sister Lucy gave us the first sentence of the Third Secret when she inserted into her fourth memoir the phrase "In Portugal, the dogma of the Faith will always be preserved etc." This sentence had not appeared in her previous memoir. Sister Lucy purposely inserted it into her fourth memoir to indicate to us what the final part of the Secret is about.
In 1943, after having been asked by Bishop da Silva to write down the text of the Third Secret, Sister Lucy was finding the task difficult. She declared to the bishop that it was not absolutely necessary to write out the text, "since in a certain manner she had said it." Sister Lucy was very likely referring to the additional phrase she had inserted into her fourth memoir, "In Portugal, the dogma of the Faith will always be preserved etc."
The phrase, "In Portugal, the dogma of the Faith will always be preserved etc." is a promise that the true Faith will be preserved in that country, although in its vagueness it does not state by whom. Yet, if in Portugal the true Faith will be preserved, what does that imply about the rest of the world? The Portuguese Father Messias de Coelho concluded that, "this allusion, so positive about what will happen among us, suggests to us that it will be different around us. …"
Father Alonso, the official Fatima archivist had this to say on the Third Secret:
‘In Portugal, the dogma of the Faith will always be preserved’: The phrase most clearly implies a critical state of Faith, which other nations will suffer, that is to say, a crisis of Faith; whereas Portugal will preserve its Faith.3Knowledgeable Church authorities have confirmed Father Alonso’s conclusions about the Third Secret, that it concerns an unprecedented loss of faith, an apostasy, from which Portugal will be preserved. In 1984 the Bishop of Fatima said, "the loss of Faith of a continent is worse than the annihilation of a nation; and it is true that Faith is continuously diminishing in Europe." And in his 1984 interview with Vittorio Messori, Cardinal Ratzinger confirmed this conclusion when he said that the final part of the Secret speaks of "dangers threatening the faith and life of Christians, and therefore the world."
In the period preceding the great triumph of the Immaculate Heart of Mary, terrible things are to happen. These form the content of the third part of the Secret. What are they?
If ‘in Portugal the dogma of the Faith will always be preserved,’ ... it can be clearly deduced from this that in other parts of the Church these dogmas are going to become obscure or even lost altogether.4
Thus it is quite possible that in this intermediate period which is in question (after 1960 and before the triumph of the Immaculate Heart of Mary), the text makes concrete references to the crisis of the Faith of the Church and to the negligence of the pastors themselves.5
One conclusion does indeed seem to be beyond question: the content of the unpublished part of the Secret does not refer to new wars or political upheavals, but to happenings of a religious and intra-Church character, which of their nature are still more grave.6
Finally, we know that the fulfillment of the prophecy of the Third Secret began to be realized in 1960 because when Sister Lucy was asked why the Third Secret was to be revealed no later than 1960, she responded "because it will be clearer then." Since 1960 we have seen the prophecy of the Third Secret unfold before our eyes, and it is clear that since that time the world has been progressively suffering from a terrible loss of faith.
Pastoral Negligence
In his 1976 book, The Secret of Fatima: Fact and Legend, Father Alonso added to his hypothesis that the Third Secret concerns the crisis of Faith within the Church, the belief that it also speaks of the negligence of the pastors, especially within the upper hierarchy. "It is therefore completely probable," he said, "that the text (of the Third Secret) makes concrete references to the crisis of faith within the Church and to the negligence of the pastors themselves." He also speaks of "internal struggles in the very bosom of the Church and of grave pastoral negligence by the upper hierarchy," and "deficiencies of the upper hierarchy of the Church."
Father Alonso also said:
... Does the unpublished text speak of concrete circumstances? It is very possible that it speaks not only of a real crisis of the faith in the Church during this in-between period, but like the secret of La Salette for example, there are more concrete references to the internal struggles of Catholics or to the fall of priests and religious. Perhaps it even refers to the failures of the upper hierarchy of the Church. For that matter, none of this is foreign to other communications Sister Lucy has had on this subject.7Besides Sister Lucy, Father Alonso was the foremost authority on Fatima. He had met with Sister Lucy often, and had questioned her while working on his critical study of Fatima. Therefore, before making such bold suggestions about the content of the Third Secret, it is certain that Father Alonso would have beforehand consulted Sister Lucy. And if Father Alonso had been mistaken in his conclusions, it is certain that Sister Lucy would have informed him of this fact, since she had never hesitated to correct other statements by clerics and various authors concerning Fatima when they were in error.
In June of 1943 Sister Lucy became seriously ill with pleurisy, which caused Canon Galamba and Bishop da Silva to fear that she would die without having revealed the final Secret. Canon Galamba later convinced Bishop da Silva to suggest that Sister Lucy write down the Third Secret. However, Sister Lucy was unable to take the step of committing the Third Secret of Fatima to paper based on the bishop’s mere suggestion. The absence of an explicit order from the bishop troubled her deeply, and Lucy did not wish to take responsibility for the initiative.
In mid-October 1943, Bishop da Silva finally gave Sister Lucy the formal order to write down the Third Secret. Lucy attempted to obey the bishop’s command, but was unable to do so for the next two and a half months. From mid-October 1943 to early January 1944, Sister Lucy was prevented from obeying a formal order to write down the Third Secret by an unspeakable anguish that she experienced. Finally, on January 2, 1944 Our Lady appeared to her to give her strength and confirm that it was the will of God that she write it down. It was only then that Sister Lucy was able to reveal the final part of the Secret. In addressing this difficulty, Father Alonso asks,
Moreover, how are we to understand Lucy’s great difficulty in writing the final part of the Secret when she has already written other things that were extremely difficult to put down? Had it been merely a matter of prophesying new and severe punishments, Sister Lucy would not have experienced difficulties so great that a special intervention from Heaven was needed to overcome them. But if it were a matter of internal strife within the Church and of serious pastoral negligence on the part of high-ranking members of the hierarchy, we can understand how Lucy experienced a repugnance that was almost impossible to overcome by natural means.8Decisive Battle Between Our Lady and the Devil
In her 1957 interview with Father Fuentes, Sister Lucy spoke of a decisive battle between the Blessed Virgin and the devil. Though not as evident as the above-mentioned crisis of Faith and pastoral negligence, this third theme frequently appears in the communications of Sister Lucy. Yet what does she mean by "decisive battle"?
In her interview with Father Fuentes, Sister Lucy discusses this theme, saying:
"Father, the devil is in the mood for engaging in a decisive battle against the Blessed Virgin, and the devil knows what it is that most offends God, and which in a short space of time will gain for him the greatest number of souls. Thus the devil does everything to overcome souls consecrated to God, because in this way the devil will succeed in leaving the souls of the faithful abandoned by their leaders, thereby the more easily will he seize them.
"Father, the Most Holy Virgin did not tell me that we are in the last times of the world, but She made me understand this for three reasons. The first reason is because She told me that the devil is in the mood for engaging in a decisive battle against the Virgin. And a decisive battle is the final battle where one side will be victorious and the other side will suffer defeat. Hence from now on we must choose sides. Either we are for God or we are for the devil; there is no other possibility.
"The second reason is because She said to my cousins as well as to myself, that God is giving two last remedies to the world. They are the Holy Rosary and devotion to the Immaculate Heart of Mary. These are the last two remedies which signify that there will be no others.
"The third reason is because in the plans of Divine Providence, God always, before He is about to chastise the world, exhausts all other remedies. Now, when He sees that the world pays no attention whatsoever then, as we say in our imperfect manner of speaking, He offers us with a certain trepidation the last means of salvation, His Most Holy Mother. It is with a certain trepidation because if you despise and reject this ultimate means, we will not have any more forgiveness from Heaven, because we will have committed a sin which the Gospel calls the sin against the Holy Ghost. This sin consists of openly rejecting, with full knowledge and consent, the salvation which He offers. Let us remember that Jesus Christ is a very good Son and that He does not permit that we offend and despise His Most Holy Mother. We have recorded through many centuries of Church history the obvious testimony which demonstrates by the terrible chastisements which have befallen those who have attacked the honor of His Most Holy Mother, how Our Lord Jesus Christ has always defended the honor of His Mother.
"The two means for saving the world are prayer and sacrifice. [Regarding the Holy Rosary, Sister Lucy said:] Look, Father, the Most Holy Virgin, in these last times in which we live, has given a new efficacy to the recitation of the Rosary to such an extent that there is no problem, no matter how difficult it is, whether temporal or above all spiritual, in the personal life of each one of us, of our families, of the families of the world or of the religious communities, or even of the life of peoples and nations, that cannot be solved by the Rosary. There is no problem, I tell you, no matter how difficult it is, that we cannot resolve by the prayer of the Holy Rosary. With the Holy Rosary we will sanctify ourselves. We will console Our Lord and obtain the salvation of many souls.
"Finally, devotion to the Immaculate Heart of Mary, our Most Holy Mother, consists in considering Her as the seat of mercy, of goodness and of pardon, and as the sure door of entering Heaven."
Father Alonso stated that the texts of Father Fuentes’ interview "do not say anything that Sister Lucy has not said in her numerous writings delivered to the public." In further writings, Sister Lucy spoke of the diabolical campaign being waged. In a letter to her friend Mother Martins, after discussing devotion to the Rosary, she writes: "That is why the devil has waged such a war against it! And the worst is that he has succeeded in leading into error and deceiving souls having a heavy responsibility through the place which they occupy ...! They are blind men guiding other blind men. …"
The following year Sister Lucy wrote again to Mother Martins:
Thus the little pamphlets [referring to a text on the Rosary composed by Sister Lucy] will remain with souls, as an echo of Our Lady’s voice, to remind them of the insistence with which She recommended the prayer of the Rosary to us, so many times. It is because She already knew that there had to come these times, during which the devil and his supporters would fight so much against this prayer, to lead souls away from God. And without God, who shall be saved?! For this reason we must do everything in our power to lead souls back to God.9Finally, in a letter to Don Umberto Pasquale, who was very devoted to the cause of Fatima, Sister Lucy wrote:
... The decadence which exists in the world is without any doubt the consequence of the lack of the spirit of prayer. Foreseeing this disorientation, the Blessed Virgin recommended recitation of the Rosary with such insistence. And since the Rosary is, after the holy Eucharistic liturgy, the prayer most apt for preserving faith in souls, the devil has unchained his struggles against it. Unfortunately, we see the disasters he has caused.The theme repeated again and again in these letters is that we are in the last times and that the devil has therefore begun his last and most virulent battle for souls. And, as Sister Lucy explained to Father Fuentes, God has given us "the last means of salvation, His Holy Mother." Therefore She is engaged in this battle. The Blessed Virgin came to Fatima to give a warning and the remedy beforehand.
... We must defend souls against the errors which can make them stray from the good road. ... We cannot and we must not stop ourselves, nor allow, as Our Lord says, the children of Darkness to be wiser than the children of Light ... The Rosary is the most powerful weapon for defending ourselves on the field of battle.10
Notes:
1. Documentos, p. 219.
2. From Sister Lucy’s letter to Father Gonçalves, August 31, 1941. Documentos, p. 445.
3. Father Joaquim Alonso, La Verdad sobre el Secreto de Fátima (English version), p. 70; taken from Frère Michel de la Sainte Trinité, The Whole Truth About Fatima, Volume III: The Third Secret, p. 687.
4. Father Alonso, p. 80; Frère Michel de la Sainte Trinité, p. 687.
5. Father Alonso, p.80; Frère Michel de la Sainte Trinité, p. 687.
6. Father Alonso, p. 81; Frère Michel de la Sainte Trinité, p.687.
7. Father Alonso, p. 80; Frère Michel de la Sainte Trinité, p. 705.
8. Father Alonso, p. 82; Frère Michel de la Sainte Trinité, p. 707.
9. Uma Vida, pp. 390-91. Quoted in Frère Michel de la Sainte Trinité, The Whole Truth About Fatima, Volume III: The Third Secret, (Immaculate Heart Publications, Buffalo, New York, 1989) pp. 758-59.
10. Quoted by L’Osservatore Romano in 1984, under the title Il Rosario è l’arma potente che ci difende nella battaglia. Quoted in Frère Michel de la Sainte Trinité, The Whole Truth About Fatima, Volume III: The Third Secret, (Immaculate Heart Publications, Buffalo, New York, 1989) p. 759.
Related Articles:
domingo, 2 de janeiro de 2011
A Medalha Milagrosa - Dom Antônio de Castro Mayer
Medalha Milagrosa
Oval, tendo-no anverso a imagem da Virgem Santíssima, com os braços amavelmente estendidos, as mãos abertas de onde procedem raios de graças os pés poisando sobre a cabeça de uma serpente deitada sobre um globo, bordejando a medalha e começando à altura da mão direita e terminando à altura da mão esquerda, a frase: ó Maria Concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.
No reverso um “M” atravessado por um traço que sustentam a Cruz, e repousando sobre outro traço, tendo em baixo dois corações, um chamejante e coroado de espinhos, outro também chamejante e atravessado por uma espada: doze estrelas bordejam, deste lado a medalha.
Essa é a medalha que chama “milagrosa” pelas inúmeras garças que obtêm da Virgem Santíssima aqueles que a trazem devotamente com sigo. Não é, pois uma medalha comum. Não. Ela tem sua história que mostra o desvelo materno de Maria Santíssima para com seus filhos na terra. Vamos contá-la:
Origem: a visão
Vivia em Paris à rua do Bac no convento das filhas da caridade a irmã Catarina Labouré – hoje, Santa Catarina Labouré. Agraciada por diversas visitas da Virgem Santíssima, Mãe de Deus, conta ela especial que teve no dia 27 de novembro de 1830, sábado véspera do primeiro domingo de Advento apareceu-lhe Maria Santíssima por detrás do Sacrário:
A Virgem Santíssima, diz ele estava de pé sobre um globo, vestida de branco, com um véu branco a cobrir-lhe a cabeça e um manto azul que descia até os pés um o cabelo em tranças, seguro por uma fita debruada de pequena renda, o rosto bem descoberto e de uma formosura indiscritível.
As mãos elevada até as cintas sustentavam outro globo, figura do mundo rematado por uma cruzinha de ouro. A Senhora toda rodeada de tal esplendor que era impossível fixá-la. O rosto iluminou-se-lhe de radiante claridade no momento em que com os olhos levantados ao Céu, oferecia ao Senhor o globo.
– De repente os dedos cobriram-se de anéis e pedrarias preciosas de extraordinária beleza, de onde se desprendiam raios luminosos envolvendo a senhora em tal esplendor que já se lhe não via a túnica nem os pés. As pedras preciosas eram maiores umas menores outras e proporcionais eram também os raios luminosos. – O que então experimentei e aprendi naquele momento é impossível de explicar-
As palavras da Virgem
Como estivesse ocupada em contemplá-la, a Virgem Santíssima baixou para meus olhos e uma vós interior me disse no íntimo do coração: “este globo que vez representa o mundo inteiro e em especial a França e cada pessoa em particular”.
- Não sei exprimir o que descobri de beleza e brilho nos raios tão resplandecentes. A Santíssima Virgem acrescentou “eis o símbolo das graças que derrama sobre as pessoas que mais pedem”. – desapareceu então o globo que tinha nas mãos: e como se estas não pudessem com o peso das graças, os braços se abaixaram e se abriram na atitude graciosa reproduzida na Medalha.
A Medalha e a Promessa da Virgem Mãe
Formou-se, então em torno da Virgem um quadro um pouco oval onde em letras de ouro se liam estas palavras: “O Maria Concebida Sem pecado Rogai por nós que Recorremos e vós”. Fez-se então ouvir uma voz que me dizia: “manda cunhar uma medalha com este modelo : as pessoas que a trouxerem receberam grandes graças, mormente se a trouxerem ao pescoço: ao de ser abundantes as graças às pessoas que a trouxerem com confiança”.
– No mesmo instante, o quadro apareceu voltar-se e a viu no reverso a letra “M” encimada por uma Cruz, tendo um traço na base e por baixo do monograma de Maria dois corações de Jesus e Maria, o primeiro cercado de espinhos, o segundo atravessado por uma espada, e, segundo uma tradição oral comunicada pela vidente, uma coroa de doze estrelas a cercar o monograma de Maria e os dois corações. Também a mesma irmã disse que a Virgem Santíssima calçava aos pés uma serpente de cor esverdeada com pintas amarelas.
A Difusão da Medalha
Após dois anos, terminado o processo canônico o arcebispo de Paris, D. Quelen mandou cunhar a Medalha. Difundiu-se logo a Medalha, acompanhada de graças espirituais e corporais. Celebre é conversão do Judeu Afonso Ratisbona.
Ratisbona
Afonso Maria Ratisbona, nascido em Estransburgo, de família judia riquíssima, em 1º de maio de 1814, viveu como ateu dos 15 aos 23 anos, alimentando ódio mortal ao irmão Teodoro já convertido, aos padres, especialmente aos jesuítas, e às Religiosas. Visitando Roma, contra sua vontade acompanhou seu amigo o Barão Teodoro de Bussier, membro da embaixada francesa, à Igreja de Santo André delle frate.
Ficou na carruagem, enquanto o amigo fazia sua visita ao Templo. Cansado de esperar desceu ele também à Igreja, com intenção de apressar o amigo. Ali o aguardava a Misericórdia de Deus, amavelmente, pois vinha-lhe ao encontro através de Maria Santíssima. Naquele dia, 20 de janeiro de 1842, aparece a Virgem Santíssima segundo o modelo da Medalha Milagrosa, prostra o judeu incrédulo, que se levanta convertido apostolo ardorosamente voltado à conversão dos seus conacionais judeus.
Dia 31 de janeiro desse ano recebia, na Igreja de Gesú dos jesuítas, o Batismo, a confirmação e a Sagrada Comunhão. No dia 08 de dezembro de 1868 Pio IX confirmava “Instituto pela regeneração dos Israelitas”, por ele fundado e seu irmão Teodoro. Após várias obras apostólicas, morria em Jerusalém no dia 1º de maio de 1884, com o nome santíssimo de Maria Imaculada nos lábios.
Conclusão
Alimentemos a devoção à Medalha Milagrosa. Não deixemos de trazê-la ao pescoço, como recomendou a Virgem Mãe. E todos os dias rezemos pedindo-lhe a proteção, três Aves-Marias. Habituamo-nos a dá-la aos doentes que não se animam confessar-se, ou mesmo recusam o padre; pois, esta Medalha vence todas as resistências. É, pois, um meio fácil e ótimo de exercermos a caridade para como nosso próximo, a mais importante, a que cuida da salvação eterna.
Dom Antonio de Castro Mayer
(Boletim diocesano de novembro de 1975 - Diocese de Campos)
DE:S.Pio V
Subscrever:
Mensagens (Atom)