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sábado, 20 de março de 2010

Deus nos deu uma Mãe incomparável Maria, aurora para o mundo e para cada alma em particular. Maria, “nossa vida” e “nossa doçura”.


Nossa Senhora da Candelária

Quereis transformar vossas vidas? Quereis praticar as virtudes que vos parecem inacessíveis, e que entretanto Deus vos pede? Quereis conhecer as alegrias inefáveis que somente o amor de Jesus pode proporcionar, e que faziam as delícias dos santos? Quereis experimentar em vós essas maravilhas?

Se o quiserdes seriamente, não hesiteis um só segundo: dirigi-vos a Maria. Não há caminho mais direto para ir a Nosso Senhor.

Maria – canta a liturgia católica – é nossa vida e nossa doçura: “Vita, dulcedo et spes nostra, salve!”. Estas palavras, tão consoladoras e tão profundas, servirão de introdução dogmática a este modesto volume, e nos lembrarão o papel capital que a Mãe de Cristo exerce junto de nós.

A sublimidade da Virgem Mãe

Mas essa vida transbordante, essa vida divina que nos dá o Salvador, não a recebemos senão por Maria. Como Adão, o Messias teria podido vir ao mundo na plenitude de sua força e beleza. Nada teria sido mais fácil à sua onipotência. Entretanto, Ele não quis agir assim; nasceu de uma virgem.

Maria formou seu divino Corpo no seu seio imaculado. Ela O alimentou, velou sobre Ele durante seus primeiros anos, guardou-O junto de si durante muito tempo. Quando soou a hora da imolação suprema, Ela estava de pé junto da Cruz e, com a alma dilacerada, oferecia ao Pai seu Filho bem-amado para a salvação dos homens. Foi Maria quem deu Jesus ao mundo.

O papel sublime da Virgem Mãe não se detém aí. Nosso Senhor não se contenta de ter vindo ao mundo na gruta de Belém; Ele também deseja nascer em cada uma de nossas almas. Quando recebemos a graça santificante, é a vida de Jesus que nasce em nós.

A dispensadora de todas as graças

Vossa alma está cambaleante? Tendes grande dificuldade em conservar no coração, em meio às tentações violentas deste mundo, o tesouro da amizade divina? Apesar de vossos bons propósitos, constatais quedas e reincidências freqüentes? Se assim é, não tenhais dúvida: estais muito distante da fonte das graças, negligenciais de invocar Maria em vosso auxílio. Se A tivésseis invocado mais fielmente, não teríeis caído.

Vossa alma está desencorajada sob o golpe da provação? O que fizestes, pois, na hora do sofrimento? Vós vos abandonastes a essa tristeza morna que paralisa vossas forças. Omitistes no abatimento os deveres de estado, talvez até mesmo as práticas de piedade. Era necessário atirar-vos instintivamente nos braços de vossa Mãe celeste; devíeis ter rezado a Ela a todo custo.

Se não tivestes sequer a força de murmurar uma simples Ave-Maria, devíeis ao menos ter clamado por Ela invocando seu nome bendito. Imediatamente Ela se teria inclinado sobre vós, vos consolado e reconfortado. Maria é a vida de nossas almas porque nos dá Jesus, Autor de toda vida.

Maria é também nossa doçura

Ela não se contenta em trabalhar eficazmente pela nossa salvação; esforça-se por torná-la mais fácil, cobrindo de flores sob os nossos passos o árduo caminho da virtude.

Maria tem por nós uma ternura de Mãe. Não se esqueceu das últimas recomendações que Jesus lhe dirigiu ao morrer. Quando agonizava na Cruz, o Salvador nos confiou a Ela: “Eis vosso filho” (Jo 19,26), disse-lhe, apontando para cada um de nós. Essas palavras ficaram profundamente gravadas em seu coração tão puro e tão bom. A partir de então Ela não cessa de exercer junto de nós os deveres da mais afetuosa das mães.

Maria sabe, aliás, que de algum modo nos é devedora de seus incomparáveis privilégios. Se não tivéssemos pecado, se não tivéssemos tido necessidade da Redenção, teria Ela conhecido as alegrias – que ultrapassam infinitamente nossas curtas inteligências – da maternidade divina?

É, pois, com certa forma de reconhecimento que Ela se debruça sobre nossas misérias para nos ajudar.

A Santíssima Virgem ameniza nossa vida

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Intercede junto de Nosso Senhor para afastar de nós as penas e os castigos que com tanta freqüência merecemos. Como nas Bodas de Caná, sua piedade se compadece de nossas aflições. Ela dirige em nosso favor uma prece ao seu Divino Filho, e quase sempre o Coração compassivo de Cristo se deixa tocar.

Há, entretanto, horas em que a provação se abate sobre nós – o sofrimento é a grande lei da vida. Maria concede então aos que A invocam tal abundância de graças, que eles não sentem mais o peso do fardo que os esmagava.

Em vossas provações, lançai, pois, sobre Maria um longo olhar de esperança e amor. Aprendereis por vossa própria experiência aquilo que sentiram tão freqüentemente os grandes servidores de Nossa Senhora.

As cruzes são muito amargas, mas, como dizia São Luís Maria Grignion de Montfort, a divina Mãe as prepara para nós como um confeito no mel da divina caridade.

A Imaculada Conceição

Tendo criado os anjos para torná-los partícipes de suas delícias infinitas, grande número deles preferiu a satisfação de seu orgulho às glórias beatíficas da divina caridade.

E tendo criado nossos primeiros pais para uma felicidade que ultrapassava sem medida as mais exigentes aspirações do coração humano, eles se desviaram com ingratidão de seu soberano Benfeitor.

Deus não podia aceitar essa dupla derrota. Ele devia a Si próprio uma revanche esplendorosa. Então, se ouso me exprimir assim, o Artista incomparável se pôs novamente à obra.

E concebeu a idéia de uma criatura admirável que ultrapassaria em beleza o homem no esplendor de sua inocência original, e cuja radiante perfeição faria empalidecer a dos anjos mais resplandecentes. Quando os tempos se completaram, Ele realizou plenamente essa obra-prima de sua inteligência e de seu amor: fez a Virgem Maria.

O primeiro privilégio que lhe concedeu foi o da Imaculada Conceição. Importa compreender bem no que consiste esse privilégio único.

Um florão de glória

O Altíssimo não se contentou de criar Maria em estado de graça, como fez com os anjos e com os nossos primeiros pais. Os teólogos nos ensinam que a Santíssima Virgem, nesse primeiro instante, ultrapassava em perfeição não somente ao anjo mais elevado, mas ainda a todos os anjos e a todos os santos reunidos.

Quando o Papa Pio IX definiu o dogma da Imaculada Conceição, o universo católico exultou de alegria. Os canhões do castelo de Sant’Angelo – onde o estandarte pontifício ainda tremulava na clara luz de Roma – anunciaram ao mundo a feliz notícia.

Em todos os países os fiéis manifestaram sua alegria; em muitas grandes cidades eles decoraram espontaneamente suas casas e as iluminaram. Compreende-se que corações cristãos se rejubilem ao ver um novo florão de glória colocado na coroa de sua Mãe.

Contai a Maria vossas tristezas

Crede firmemente, com São Bernardo, que nunca invocareis em vão vossa Mãe do Céu. Confiai a Ela os interesses de vossas almas. Ela vos fortificará em vossas tentações e vos dará uma pequena fagulha de seu amor por Jesus, a qual iluminará em vossas almas o doce fogo da divina caridade.

Confiai a Ela as penas de vossos corações. Estais feridos por aquelas ingratidões e friezas, tão cruéis quando procedentes de pessoas ternamente amadas? Estais quebrados por aqueles lutos que matam de um golpe a alegria de vossas pobres existências? Contai a Maria vossas tristezas. Ela vos consolará e vossas lágrimas de tristeza se transformarão em prantos de reconhecimento.

Confiai a Ela vossas preocupações materiais. Ela conduzirá do melhor modo os vossos negócios, para atender aos vossos verdadeiros interesses. Em todas as dificuldades, em toda circunstância, em todo momento, olhai a doce Estrela do mar, invocai Maria. Respice stellam, voca Mariam.

A Natividade da Santíssima Virgem

O dia em que nasceu a Rainha do Céu foi um dos mais belos da História da humanidade. Ele anunciava à Terra amaldiçoada a proximidade da libertação há tanto tempo esperada.

Temos dificuldade em compreender o alívio imenso que significou para o mundo o nascimento de Maria. Lamentamos muito a infelicidade de nossa época.

Nós que, apesar de tudo, vivemos numa atmosfera de cristianismo, somos – mesmo os mais infelizes – os privilegiados da Providência. Parecemos ignorar a horrível miséria na qual gemia o mundo antigo.

Pobres homens dos tempos antigos!

A sociedade antiga estava fundada sobre o esmagamento do fraco, sobre o desprezo da dignidade humana. A maior parte da humanidade suportava as torturas da escravidão. Até mesmo Roma, que se mostrava tão orgulhosa de sua civilização, considerava a multidão de seus escravos como um imenso rebanho destinado à carnificina.

Deus não secara inteiramente a fonte das graças; não recusava o perdão ao pecador arrependido. Mas só o concedia mediante a contrição perfeita. As almas, tão fracas em meio às tentações da carne, privadas dos socorros espirituais que agora possuímos em abundância, caíam aos milhares no abismo infernal.

Pobres homens dos tempos antigos!

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fonte:Catolicismo

1 comentário:

  1. "Mas essa vida transbordante, essa vida divina que nos dá o Salvador, não a recebemos senão por Maria." Será quem sem maria eu não conseguirei chegar até Deus?onde está escrito isso?

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