No seu artigo ?A morte da irmã Lúcia e a efetivação das profecias de Fátima?, escrito por Luís Dufaur (www.catolicismo.com.br), escreve com razão: ?Esse aspecto do entardecer da vida da Irmã Lúcia não oblitera o fato essencial: ela cumpriu sua obrigação de comunicar ao Papa o pedido de Nossa Senhora, de consagrar explicitamente a Rússia e estabelecer a devoção ao seu Imaculado Coração?; ?Quanto ao restante da Mensagem, pode-se supor que a concretização dos misericordiosos mas terríveis lances finais, previstos em Fátima, estão por ocorrer. Eles visam à conversão da humanidade pecadora, que não atendeu como devia os incessantes e renovados avisos, pedidos e advertências de Nossa Senhora no sentido de uma mudança de vida?.
Em 1944 a irmã Lúcia escreveu e enviou o Terceiro Segredo ao Bispo de Leiria, que por sua vez encaminhou à Anunciatura Apóstolica em Lisboa, recebido depois pelo Vaticano. Conforme declarações da própria irmã Lúcia o segredo só poderia ser revelado ao público a partir de 1960, o que ainda não se realizou. Muito antes o Papa Paulo VI ao ler o segredo passou mal e desmaiou, resolvendo não revelar ao público o seu conteúdo.
O Papa João Paulo II, por ocasião da sua visita ao Santuário de Fátima, a 13 de maio de 2000, com finalidade de beatificar as duas crianças videntes Jacinta e Francisco, já falecidos, resolveu revelar parte do Terceiro Segredo de Fátima. No dia 26 de junho do mesmo ano a íntegra do texto da irmã Lúcia é divulgado pelo Vaticano, que na época disse ser apenas uma visão:
A terceira parte do segredo revelado a 13 de Julho de 1917 na Cova da Iria Fátima.
Escrevo em ato de obediência a Vós Deus meu, que me mandais por meio do Senhor Bispo de Leiria e da Vossa Santíssima Mãe.
Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fogo em sua mão esquerda; ao cintilar, despedia chamas que parecia iam incendiar o mundo; mas apagavam-se com o contato do brilho da mão direita de Nossa Senhora. O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos numa luz imensa que é Deus: algo semelhante a como se vêem as pessoas num espelho quando lhe passam por diante um Bispo vestido de Branco. Tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre. Vários outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subiram uma escabrosa montanha. No cimo da qual estava uma grande cruz de troncos toscos como se fora de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trêmulo com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns trás outros os Bispos Sacerdotes, religiosos e religiosas e várias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de varias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal em a mão, neles recolhiam o sangue dos Mártires e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus.
Tuy-3-1-1944.
Na ocasião o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Sodono, afirmou com toda evidência que tinha relação com o atentado de morte que o Papa João Paulo II sofrera em 1981. Mas como se pode verificar no próprio texto o que nele está narrado não aconteceu realmente. O Segredo mostra claramente uma procissão de Cardeais, Bispos, Padres, religiosos, e povo que era seguida por um Papa com passo vacilante e hesitante, numa cidade arruinada. A procissão se dirigiu a uma montanha sobre a qual havia uma cruz (que é símbolo do Calvário, da Missa). Lá chegando o Papa é assassinado (fuzilado e flechado), o mesmo acontecendo com os Cardeais, Bispos, Padres, religiosos que são mortos também. No atentado de Agca contra o Papa João Paulo II isso não aconteceu. Ele continuou vivo, não foram mortos Cardeais, Bispos, Padres e povo.
Chama a atenção o fato de não ter sido publicado nenhuma explicação de Nossa Senhora sobre essa visão, pois ao terminar a visão às três crianças Ela disse: "Não conteis isto a ninguém. Ao Francisco podeis contar". Convém esclarecer que o menino Francisco apenas via Nossa Senhora, mas não ouvia o que Ela falava daí a ordem para Jacinta e Lúcia contasse o que Ela dissera sobre a visão, o que não foi publicado pelo Vaticano. O documento divulgado não traz nenhuma assinatura. Haveria ainda uma página final com a assinatura dela? Havia sido entregue a João Paulo II: "... dois envelopes: um branco, com o texto original da Irmã Lúcia em língua portuguesa; outro cor de laranja, com a tradução do "segredo" em língua italiana".
Havia dois textos escritos pela irmã Lúcia: o primeiro em uma única página constava as palavras de Nossa Senhora; no segundo, escrito no seu caderno e que constava de várias páginas, ela descrevia a visão do Terceiro Segredo, que foi o texto publicado pelo Vaticano. Este Terceiro Segredo tem uma semelhança com a visão de Dom Bosco: o navio da Igreja afastado de duas grandes colunas: a Sagrada Hóstia (a Missa) e da coluna da Virgem Maria, após um segundo concílio realizado pelo Papa; após a morte de dois papas, um terceiro assume o trono de S. Pedro, cujo nome escolhido causa lutas entre os inimigos da Igreja; esse Papa traz de volta o navio da Igreja de volta para a Missa e Nossa Senhora, os inimigos se entredestroem e passa haver uma grande calma no mar. Merece também ser citada a mesma semelhança com a profecia do Papa São Pio X: "Tive uma visão assombrosa. Será comigo, ou com algum sucessor meu? Vi que o Papa deixará Roma e, para sair do Vaticano, terá que passar sobre os cadáveres de seus padres."
Professor Orlando Fedeli, Presidente da Montfort-Associação Cultural, sobre esse assunto faz duas interrogações: ?Como a Igreja se afastou da coluna da Missa e da devoção a Nossa Senhora? Quem afastou a nave da Igreja dessas duas colunas das quais nunca deveria ter afastado?? Escreveu ele, quando o Papa João Paulo II ainda era vivo, dando a sua opinião: ?Fica difícil negar que esse afastamento se deu após o Vaticano II, e principalmente após a promulgação da Nova Missa de Paulo VI, com todos os abusos que dela decorreram, abusos que o Papa João Paulo II anunciou que seriam coibidos pelos decretos que estão para ser publicados pelo Vaticano, ainda neste fim de ano, e que produziram as graves discussões e divergências que se noticiam entre os Cardeais. Daí as pressões para que o Papa renuncie?.
Comenta o Prof. Orlando Fedeli: ?... seria natural que a publicação do terceiro segredo fosse acompanhada de um apelo do Papa a que o mundo agradecesse a Nossa Senhora por ter impedido o incêndio com que o anjo ameaçava o mundo inteiro. Nenhum ato de agradecimento foi anunciado ou pedido. Seria mais do que natural e lógico que o Papa pedisse aos Bispos de todo o mundo que promovessem atos penitencias, visando a conversão dos homens. Nada disso ocorreu. Aconteceu um Bispo defender a realização da Jornada do Gay Pride, em julho de 2000, em Roma... O mundo não agradeceu a Nossa Senhora. O mundo não fez penitência. O mundo aumentou os seus pecados e seus desafios a Deus. E a Igreja, agradeceu ela a Nossa Senhora o ter poupado o mundo de um grande castigo? E a Igreja, recomendou ela que se fizesse penitência para evitar o castigo? Nada disso ocorreu. Consideram-se os fatos preditos como já realizados e que tudo está bem. Sem agradecimentos e sem penitências... Seria de surpreender que o anjo, enfim, incendiasse o mundo? Ou a penitência será feita no futuro, a pedido de um Papa que, por causa disso, será apedrejado e fuzilado??
?No prefácio da edição brasileira dos escritos da Irmã Lúcia, o Pe. Antonio Maria Martins S.J. afirma, de modo categórico, que a terceira parte do Segredo, cujo texto não foi ainda divulgado, trata apenas da chamada Crise da Igreja?. Há evidências de que o Terceiro Segredo muito bem guardado pelo Vaticano venha a confirmar uma possível perseguição religiosa aos cristãos. Isso vem ao encontro da visão que Jacinta teve e relatou à Lúcia: ?Não sei como foi, eu vi o Santo Padre numa casa muito grande, de joelhos diante de uma mesa, com as mãos no rosto a chorar; fora da casa estava muita gente e uns atiravam-lhe pedras, outros rogavam-lhe pragas e diziam-lhe muitas palavras feias. Coitadinho do Santo Padre, temos que pedir muito por ele!?
Ao aparecer pela terceira vez em julho de 1917 às três crianças Nossa Senhora revelou os três segredos:a) o Primeiro Segredo Nossa Senhora mostrou às três crianças a visão terrível do inferno para onde vão os pecadores explicando que foram os pecados do homem que provocou o castigo da I Guerra Mundial (1914/1917); Deus estava muito ofendido pelos pecados do mundo moderno, exigia penitência e caso não fosse feita veria o castigo; Este Primeiro Segredo tratava, portanto das pessoas e suas almas. Os pecados que determinaram a I Guerra Mundial foram: A imoralidade dos costumes; A decadência do clero, devida ao liberalismo e a tendência à boa vida, mesmo no clero mais "conservador"; E a heresia no clero mais progressista, isto é, o Modernismo, condenado por São Pio X, em 1908.
b) o Segundo Segredo fala do término da guerra, mas se não deixassem de ofender a Deus no reinado do Papa Pio XI viria novo castigo muito pior do que o primeiro; para impedir que isso acontecesse pediu Nossa Senhora que a Rússia fosse consagrada ao seu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados: ?O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Como não foi atendido seu pedido, principalmente da consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração, veio o castigo através da Segunda Guerra Mundial. Disse Nossa Senhora que, nessa II Guerra Mundial, ?várias nações seriam aniquiladas?, ?os bons seriam martirizados?, ?o Santo Padre teria muito que sofrer?. O comunismo se instalou na Rússia e seus erros espalharam pelo mundo. Até hoje não houve a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria. Pedia penitência e orações, a devoção ao Sagrado Coração de Maria e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. O Segundo Segredo tratava das nações. O castigo da II Guerra Mundial não foi aproveitado. ?Os erros do Modernismo se desencadearam depois da II Guerra, e o clero se mostrou contaminado pelos maus costumes do mundo moderno, e pela heresia modernista espantosamente crescente e cada vez mais dominante?.
c) o Terceiro Segredo, pela progressão estabelecida, trata da Igreja. Não dos pecados da Igreja, pois Ela é Santa, imaculada e não pode cometer pecados. Trata dos pecados que se cometem na Igreja, especialmente dos pecados do clero. ?Pecados do clero que, hoje, os membros do clero costumam transferir para a Igreja, esquecendo-se de que Ela é imaculada e impoluta. E essa transferência de culpa do clero para a Igreja é um dos grandes pecados atuais?. No Terceiro Segredo se faz prever um futuro martírio do Papa, que assumirá o pontificado, e de muitos clérigos e leigos.
Essa visão misteriosa não é seguida de explicações de Nossa Senhora sobre como evitar o mal anunciado, explicando o que ela significa como fez na revelação de Fátima.
A 12 de fevereiro de 1940 a irmã Lúcia havia escrito uma carta ao Patriarca de Lisboa se queixando: ?Eminentíssimo Senhor Cardeal, Nosso Senhor está descontente e amargurado com os pecados do mundo e com os de Portugal, queixando-se da falta de correspondência, vida pecaminosa do povo e em especial da tibieza, indiferença e vida demasiado cômoda que levam a maioria dos sacerdotes, religiosos e religiosas?; ?Nosso Senhor deseja que em Portugal sejam abolidas as festas profanas nos dias de carnaval e substituídas por orações e sacrifícios com preces públicas pelas ruas. Rogo pois a Vossa Eminência se digne em união com todos os Excelentíssimos Senhores Bispos promovê-las, não esquecendo que Nosso Senhor, ao prometer uma proteção especial à nossa Nação a declarou também culpada e lhe anunciou algo que sofrer também; Nosso Senhor deseja que atraiamos assim a paz não só sobre Portugal mas sobre as demais nações.?
Se em 1940 Nosso Senhor já reclamava do carnaval em Lisboa é de se imaginar o que dizer dos atuais carnavais no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo, os crimes, corrupção, marcotráfico, falta de justiça, deficiência da saúde e educação, miséria do povo, dos pecados cometidos inclusive dos clérigos, etc. A imprensa noticiou o World Gay Pride realizado em Roma tendo o Papa de ?proibir um bispo francês de participar desse congresso de homossexuais, fazendo nele uma conferência! E a reação do Mestre do Palácio Apostólico (o teólogo pessoal do Papa, o Abbé Cottier) ao Congresso Mundial dos Homossexuais, em Roma, foi bastante tímida?.
O Concílio Vaticano II foi o fato mais importante da história da Igreja no século XX. Neste caso concordam os progressistas (moderados ou radicais), os chamados integristas (tradicionalistas de todos os matizes). Para os progressistas foi à abertura de uma nova era na história da Igreja, a chegada a sua fase adulta, o triunfo, de uma nova Igreja, oposta à Igreja do passado, triunfalista e constantiniana. Já os integristas de todos os matizes o triunfo da heresia, como uma verdadeira apostasia da fé antiga. De qualquer modo, todos concordam que o Concílio Vaticano II foi de importância inigualável. No entanto, Nossa Senhora não faz nenhuma menção ao Concílio Vaticano II, nenhum elogio, nenhum louvor. Mas não se pode ter certeza de que Ela tenha criticado o Concílio Vaticano II, dito alguma coisa contra o que se fez no Concílio.
É de se perguntar o que significou a atualização e modernização da Igreja feita pelo Concílio. No encerramento do Concílio o Papa Paulo VI assim se manifestou: ?A Igreja, nesses quatro anos, se ocupou muito do homem, do homem tal como ele se apresenta na realidade em nossa época, o homem vivo. O homem todo inteiro ocupado consigo mesmo, o homem que se faz não somente o centro de tudo o que lhe interessa, mas que ousa pretender ser o princípio e a razão última de toda a realidade (...).? e mais adiante: ?a velha história do Samaritano foi o modelo da espiritualidade do Concílio (Vaticano II). Uma simpatia sem limites o invadiu inteiramente. (...) Nós também, Nós mais do que ninguém, nós temos o culto do homem.? (Paulo VI, discurso em 7-XII-1965, encerrando o Concílio Vaticano II, Yves Chiron, Paul VI, le Pape écartélé, Perrin, Paris,1993, pg. 249). Nota-se nestas declarações que a Igreja agora se diz cultuadora do homem que se faz o centro e causa última de tudo, o Homem se adora a si mesmo. Salientou o Papa Paulo VI que muitos julgariam que haveria um enfrentamento, um choque, uma luta, uma anátema, mas nada aconteceu e o que se viu foi uma imensa simpatia, ?uma atenção nova da Igreja às necessidades dos homens?. A Igreja quase capitulou como serva da humanidade.
Paulo VI fez uma terrível declaração: ?Por alguma brecha, a fumaça de Satã está no Templo de Deus: a dúvida, a incerteza, a problemática, a inquietação, a insatisfação, o afrontamento surgiram (...).Nós teríamos acreditado que o porvir do Concílio seria um dia de sol para a Igreja. Mas Nós encontramos novas tempestades. Procuramos cavar novos abismos em vez de preenchê-los. Que aconteceu? Nós vos confiamos nosso pensamento: trata-se de uma potência adversa, o diabo, este ser misterioso, inimigo de todos os homens, este qualquer coisa de sobrenatural, vindo estragar e secar os frutos do Concílio ecumênico e impedir que a Igreja expluda em hinos de alegria por ter redescoberto a consciência dela mesma.? (Yves Chiron, op cit., p. 320). Segundo o Prof. Oton Fedeli naturalmente a brecha que a fumaça de satã encontrou para entrar na Igreja foi o Concílio Vaticano II, pois posteriormente alisando a situação da Igreja no seu discurso a 7 de dezembro de 1968 o Papa declarou: ?A Igreja se acha em uma hora inquieta de autocrítica, dir-se-ia melhor de autodemolição. É como se um revirar-se agudo e complexo que ninguém teria esperado depois do Concílio. A Igreja quase golpeia-se a si mesma.? (Paulo VI, Discurso de 7-XII-1968).
O Prof. Oton Fedeli, assim resume sua opinião sobre o Concílio Vaticano II:
1. O Concílio Vaticano II recusou condenar o comunismo, mas, no dizer do próprio Paulo VI, ?abraçou a religião do homem que se fez Deus?.
2. Pior. Depois do Concílio, se adotou a política de ?aggiornamento? e de abertura para o mundo moderno que redundou na Ost Politik do Vaticano. Deste modo, além de não se condenar o comunismo, se procurou um acordo diplomático com ele. Mais ainda, com a Teologia da Libertação esse acordo foi ao terreno doutrinário, e daí ao terreno da ?práxis?, o clero modernista e progressista apoiando até mesmo a ação guerrilheira e terrorista do comunismo.
3. Aceitou-se o igualitarismo e o democratismo modernos, expressos no Vaticano II pela famigerada ?Colegialidade?. A Igreja se democratizou e se ?humanizou?. Democratizou-se e aceitou o liberalismo ao proclamar, no Vaticano II, a liberdade de religião e de consciência, cujas aplicações práticas são o ecumenismo e o fim das missões. ?Humanizou-se, aceitando o ?culto do Homem? de que a Nova Missa de Paulo VI é a manifestação mais clara?. ?Eis aí os três sinais de que o segundo castigo - o das nações - não foi aproveitado, e, por isso, a visão do terceiro segredo anuncia um castigo ainda maior?.
Sobre o uso nas missas do Missal Romano anterior ao Concilio Vaticano II o atual Papa Bento XVI no seu motu proprio Summorum Pontificum diz que a antiga forma - a forma em uso universal antes das mudanças litúrgicas que seguiram o Vaticano II nunca foi ab-rogada. Tanto que nas suas Missas privadas celebra usando o Missal Romano de 1962. No dia 16 de julho do corrente ano a CWNews.com publicou um motu próprio permitindo a todos os padres católicos celebrar a antiga missa latina. Papa Bento XVI sempre foi conhecido como ardente defensor da tradição litúrgica Católica. Quando era Cardeal Ratzinger viajou a Wigratzbad, na Bavária, para ordenar padres da fraternidade de São Pedro, grupo dedicado a liturgia tradicional, usou, assim como na Missa de Páscoa (1990), o Missal Romano de 1962.
?Já não é mais possível aos Bispos modernistas não permitirem que se reze a Missa que a Igreja celebrou praticamente durante quase dois milênios, a Missa de tantos santos. A chamada Missa de São Pio V, em latim, -- a língua da Igreja , pode ser rezada sem empecilho, por qualquer padre que deseje rezá-la. Sem ter necessidade de pedir licença ao Bispo, pois a Liturgia está acima e um decreto papal não pode ser entravado por um Bispo católico? (Orlando Fedeli, ?Christus vincit!! ? Motu Próprio Summorum Pontificum?).
Bento XVI no seu Motu Próprio ao afirmar categoricamente que a missa Gregoriana jamais fora abolida, liberava a sua celebração para ?não só evitar os enganos, mas também para que a fé seja transmitida em sua integridade?, pois, ?em muitos lugares, se celebrava não se atendo de maneira fiel às prescrições do novo Missal, antes, se consideravam como que autorizados ou até obrigados à criatividade, o que levou freqüentemente a deformações da Liturgia no limite do suportável?.
Durante sua vinda ao Brasil, o Papa Bento XVI perguntado sobre a saída de católicos para outras religiões disse uma grande verdade: ?Não interessa a quantidade, mas a qualidade?. Antes já havia dito que a religião muçulmana se impôs em várias partes do mundo pelo uso da força, gerando protestos de países de religião muçulmana. Mais recentemente declarou que a verdadeira Igreja de Cristo é a Igreja Católica, gerando protestos de várias outras religiões. Estava certíssimo, pois se formos ver quem foram os fundadores dessas religiões teremos uma confirmação clara de que não foi Cristo. Se formos ver os frutos dessas religiões veremos que nelas não encontraremos exemplos de que tenha sido como São Francisco, Santo Antônio, Santa Catarina de Sena, Santa Clara, São Francisco Xavier e tantos outros santos e santas.
Mas quais seriam os pecados que se cometem na Igreja, especialmente dos pecados do clero, motivo então do castigo previsto no Terceiro Segredo? A imprensa escrita e televisionada recentemente mostrou escândalos envolvendo padres em pedofilia, tendo inclusive o Vaticano indenizar com vultosa quantia as vítimas desse desequilíbrio psicológico. O próprio Papa Bento XVI, como Paulo II, chegaram a condenar essa atitude publicamente e recriminar aqueles que assim procediam manchando a Igreja.
A revista ?Isto É?, no artigo ?Confissões Obscenas?, de autoria Alan Rodrigues, relata casos de crianças e até seminaristas que sofreram assédio sexual por parte de padres e bispos. Em certo trecho traz a declaração da doutoranda da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) e autora do livro ?Desvelando a política do silêncio: abuso sexual de mulheres por padres no Brasil?, que ?nos últimos três anos, cresceram em 70% as denúncias de abusos sexuais praticados por religiosos no Brasil?.
Antes da chegada do Papa Bento XVI ao Brasil a televisão mostrou uma missa sendo celebrada pelo padre Marcelo Rossi. Em determinado momento ele pegou um balde contendo água benta e jogou toda ela no público. Se a água era benta, então era uma coisa sagrada e como tal deveria ser tratada. No entanto a atitude foi aplaudida pelos presentes. O sagrado tornou-se profano.
Por ocasião da chegada do Papa Bento XVI aconteceram vários exageros por parte do povo e clero. Rodrigo Bertolotto no seu artigo ?Catolicismo esconde ?tribos? e lobistas nas cerimônias papais?, publicado no site da UOL, no dia 11.5.2007, relata: ?Os mais visíveis e barulhentos são os carismáticos, que adotam todo tipo de manifestação popular, só se preocupando em incutir letras religiosas nas músicas. Valem coros de torcida como ?Olelê, olalâ, o papa vem aí, e o bicho vai pegar?, ?Ah, eu sou de Cristo? ou "Bento, Bento?, imitando o cântico flamenguista ?Mengo, Mengo?. Seus padres usam vários truques dos animadores de auditório. Na missa para jovens no Pacaembu, o padre-apresentador gritava ?tira o pé do chão?, coordenava os gritos e disparou quando Bento 16 chegou em seu papamóvel: ?Coisa linda, o papa está no meio de nós. Ele vai dar a volta olímpica em nossos corações.?A atmosfera parecia de uma ?rave?. Até freiras e seminaristas faziam coreografia?.
Respondendo consulta feita em 10.10.2006, pela Sra. Simone Barbosa, de Recife (PE), católica, que foi carismática, qual era a posição do Papa Bento XVI sobre a RCC (Renovação Carismática Católica), se algum bispo ou representante se pronunciou contra a RCC, declarando ?que deveríamos sim darmos essa injeção de sentimento, de força, de entusiasmos que a RCC trás munidos de doses diárias de leitura, conhecimento e saber da fé Católica Romana?, o Sr. André Roncolato, da Montfort Associação Cultural, assim se expressou:
A RCC possui uma doutrina ruim e anti-católica, sob o disfarce da piedade e da obediência subjetiva, o que a torna ainda mais prejudicial às almas. Estes "fatos específicos" que você mesma cita, são apenas os efeitos nefastos da doutrina que subjaz na Renovação Carismática. Uma doutrina que ensina através de práticas irracionais que o Espírito Santo inspira individual e diretamente as pessoas sem a necessidade da Igreja e de seu magistério, leva inevitavelmente ao cisma e possivelmente a heresia. Mesmo por que a RCC é apenas uma transposição do pentecostalismo sob uma roupagem pseudo-católica.
Evidentemente, esta doutrina não é exposta freqüentemente de maneira sistemática, pois os católicos se afastariam, mas é exposta através das práticas "espiritualistas" e irracionais, das canções sentimentais, nas histerias coletivas de seus encontros e culminando nos abusos e profanações da liturgia. Assim, muitos dos fiéis católicos, sob a influência do romantismo, aceitam passivamente e, cada vez em maior grau, essa doutrina, e ao se perceber, já estão numa atitude cismática, por vezes involuntária.
Claro que os dirigentes e líderes da Renovação, como Padre Jonas, Prof. Felipe de Aquino, Pe. Antonelo, D. Alberto Taveira etc, não podem alegar essa mesma passividade... São eles os grandes difusores da rebeldia contra o magistério da Igreja. Eles sabem o que fazem, e sabem que enganam os fiéis (www.montfort.org.br ? seção RCC, cartas de leitores ? título: Objetivos da Renovação Carismática).
Rodrigo Maria Antônio da Silva no seu artigo ?Renovação Carismática Católica. Católica??, comenta: ?Chegamos agora à década de 1970, Estados Unidos: tem início no meio protestante um movimento destinado a afervorar a espiritualidade dos grupos protestantes, tendo por base um suposto batismo no Espírito Santo, acompanhado de manifestações estranhas, como falar sílabas sem nexo, desmaiar pelo chão, sentir um ardor no rosto, cantar músicas barulhentas, dançar, etc. Sabe-se lá sob a inspiração de qual demônio, mas o fato é que algumas pessoas resolveram trazer este movimento protestante, genuinamente protestante, para dentro da Santa Igreja Católica?; ?Convencionou-se chamar a esta infiltração do protestantismo dentro da Igreja Católica de Renovação Carismática Católica (R.C.C.)?; ?A RCC e os protestantes pentecostais, porém, pregam e administram também o batismo no Espírito Santo, misterioso, com freqüência acompanhado de manifestações extraordinárias...?; ?A RCC e os protestantes pentecostais, porém, imaginam o dom de línguas como um emitir sons sem sentido algum, repetindo rapidamente sílabas desconexas, de modo histérico e descontrolado, ou então de modo frio e calculado, podendo-se até ensinar o dom de línguas aos demais, mandando-os repetir sílabas sem sentido?; ?A RCC e os protestantes pentecostais, porém, preferem a oração barulhenta, espontânea, sem ordem nenhuma, sem preocupação com ser teologicamente ortodoxo, aos gritos e em meio a diversas outras irreverências, como palmas, danças, desmaios ridículos, sons absurdos, etc.?; e comenta o autor mais adiante: ?A RCC, porém, à imitação do que fazem os protestantes pentecostais em seus cultos, profana a Santa Missa com palmas, danças, músicas agitadas, oração em línguas, profecias, exorcismos, curas, e mil e uma desobediências litúrgicas?; ?Foi a própria reforma litúrgica (na verdade, deforma litúrgica) que abriu as portas para Missas como as da RCC?; ?A RCC não é senão uma das nuvens de fumaça do inferno que conseguiram entrar na Igreja após o Concílio Vaticano II e como conseqüência dele?; e conclui: ?Um dia veremos a Igreja livre dos erros do Concílio Vaticano II e dos delírios da Renovação Carismática Pseudo-Católica. Então adeus blablablá, adeus desmaios absurdos, adeus palmas e danças diante do Santo Sacrifício...E também: adeus Missa nova, adeus ecumenismo ,adeus modernismo?.
(http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=igreja&artigo=rcc_catolica〈=bra).
No site ?http://pt.wikipedia.org/wiki/Terceiro_segredo_de_Fátima?, chamando no início a atenção do internauta de que o ?artigo ou secção possui passagens que não respeitam o princípio da imparcialidade? além de não citar fontes e referências, é comentado: ?Para a irmã Lúcia, em 1917, a suposta aparição de Maria em Fátima teria revelado que o último papa seria o décimo segundo depois daquele dia. E o décimo segundo papa foi João Paulo II. Além disso, ela teria dito também que uma autoridade máxima seria assassinada e provocaria a guerra nuclear?; ?Nossa Senhora, então, teria ?dito? a Lúcia que, logo após sua (de Lúcia) morte, as coisas iriam acontecendo, como pais matariam filhos, filhos matariam pais e irmãos, como está acontecendo. Desastres naturais em toda a Terra, catástrofes contínuas jamais vistas, como o tsunami na Ásia, sucessão de terremotos na América do Norte e até no Sul do Brasil?.
Pelo que está escrito no Terceiro Segredo ?o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio tremulo com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho? dá a entender claramente que haverá uma grande e terrível calamidade que atingirá toda a humanidade.
Na última entrevista concedida pela irmã Lúcia ao padre Augustin Fuentes, mexicano, que foi o vice-postulador da causa da beatificação dos videntes Francisco e Jacinta, em 26.12.1957, foi por ela comentado que ?Deus vai castigar o mundo, e vai castigá-lo de uma maneira tremenda. O castigo do Céu está iminente?; ?Que muitas nações desaparecerão da face da terra, que a Rússia seria o instrumento do castigo do Céu para todo o mundo, se antes não alcançássemos a conversão dessa pobre Nação (...)?; ?O segundo, porque me disse, tanto aos meus primos como a mim, que eram dois os últimos remédios que Deus dava ao mundo: o Santo Rosário (ou o Santo Terço) e a devoção ao Coração Imaculado de Maria; e, se são os últimos remédios, quer dizer que são mesmo os últimos, que já não vai haver outros?. (http://www.fatima.org/port/resources/cr19fuentes.asp).
Resta agora que o Vaticano revele a outra parte do segredo e consagre especificamente a Rússia ao Imaculado Coração de Maria e a comunhão reparadora nos primeiros sábados como Ela pediu.
A irmã Lúcia faleceu no dia 17 de fevereiro de 2005, no Carmelo de Coimbra onde passou toda sua vida em orações. Aqueles olhos que contemplaram Nossa Senhora e o Anjo de Portugal fecharam-se para o mundo para serem abertos na glória de Deus.
No seu artigo ?A morte da irmã Lúcia e a efetivação das profecias de Fátima?, escrito por Luís Dufaur (www.catolicismo.com.br), escreve com razão: ?Esse aspecto do entardecer da vida da Irmã Lúcia não oblitera o fato essencial: ela cumpriu sua obrigação de comunicar ao Papa o pedido de Nossa Senhora, de consagrar explicitamente a Rússia e estabelecer a devoção ao seu Imaculado Coração?; ?Quanto ao restante da Mensagem, pode-se supor que a concretização dos misericordiosos mas terríveis lances finais, previstos em Fátima, estão por ocorrer. Eles visam à conversão da humanidade pecadora, que não atendeu como devia os incessantes e renovados avisos, pedidos e advertências de Nossa Senhora no sentido de uma mudança de vida?.
Introibo ad altare Dei
In Corde Jesu, semper
Teresina (PI), 10 de agosto de 2007
fonte:http://portaldelta.com.br/v3/index.php?module=colunas&block=coluna&IdGeral=285
O Papa João Paulo II, por ocasião da sua visita ao Santuário de Fátima, a 13 de maio de 2000, com finalidade de beatificar as duas crianças videntes Jacinta e Francisco, já falecidos, resolveu revelar parte do Terceiro Segredo de Fátima. No dia 26 de junho do mesmo ano a íntegra do texto da irmã Lúcia é divulgado pelo Vaticano, que na época disse ser apenas uma visão:
A terceira parte do segredo revelado a 13 de Julho de 1917 na Cova da Iria Fátima.
Escrevo em ato de obediência a Vós Deus meu, que me mandais por meio do Senhor Bispo de Leiria e da Vossa Santíssima Mãe.
Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fogo em sua mão esquerda; ao cintilar, despedia chamas que parecia iam incendiar o mundo; mas apagavam-se com o contato do brilho da mão direita de Nossa Senhora. O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos numa luz imensa que é Deus: algo semelhante a como se vêem as pessoas num espelho quando lhe passam por diante um Bispo vestido de Branco. Tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre. Vários outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subiram uma escabrosa montanha. No cimo da qual estava uma grande cruz de troncos toscos como se fora de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trêmulo com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns trás outros os Bispos Sacerdotes, religiosos e religiosas e várias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de varias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal em a mão, neles recolhiam o sangue dos Mártires e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus.
Tuy-3-1-1944.
Na ocasião o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Sodono, afirmou com toda evidência que tinha relação com o atentado de morte que o Papa João Paulo II sofrera em 1981. Mas como se pode verificar no próprio texto o que nele está narrado não aconteceu realmente. O Segredo mostra claramente uma procissão de Cardeais, Bispos, Padres, religiosos, e povo que era seguida por um Papa com passo vacilante e hesitante, numa cidade arruinada. A procissão se dirigiu a uma montanha sobre a qual havia uma cruz (que é símbolo do Calvário, da Missa). Lá chegando o Papa é assassinado (fuzilado e flechado), o mesmo acontecendo com os Cardeais, Bispos, Padres, religiosos que são mortos também. No atentado de Agca contra o Papa João Paulo II isso não aconteceu. Ele continuou vivo, não foram mortos Cardeais, Bispos, Padres e povo.
Chama a atenção o fato de não ter sido publicado nenhuma explicação de Nossa Senhora sobre essa visão, pois ao terminar a visão às três crianças Ela disse: "Não conteis isto a ninguém. Ao Francisco podeis contar". Convém esclarecer que o menino Francisco apenas via Nossa Senhora, mas não ouvia o que Ela falava daí a ordem para Jacinta e Lúcia contasse o que Ela dissera sobre a visão, o que não foi publicado pelo Vaticano. O documento divulgado não traz nenhuma assinatura. Haveria ainda uma página final com a assinatura dela? Havia sido entregue a João Paulo II: "... dois envelopes: um branco, com o texto original da Irmã Lúcia em língua portuguesa; outro cor de laranja, com a tradução do "segredo" em língua italiana".
Havia dois textos escritos pela irmã Lúcia: o primeiro em uma única página constava as palavras de Nossa Senhora; no segundo, escrito no seu caderno e que constava de várias páginas, ela descrevia a visão do Terceiro Segredo, que foi o texto publicado pelo Vaticano. Este Terceiro Segredo tem uma semelhança com a visão de Dom Bosco: o navio da Igreja afastado de duas grandes colunas: a Sagrada Hóstia (a Missa) e da coluna da Virgem Maria, após um segundo concílio realizado pelo Papa; após a morte de dois papas, um terceiro assume o trono de S. Pedro, cujo nome escolhido causa lutas entre os inimigos da Igreja; esse Papa traz de volta o navio da Igreja de volta para a Missa e Nossa Senhora, os inimigos se entredestroem e passa haver uma grande calma no mar. Merece também ser citada a mesma semelhança com a profecia do Papa São Pio X: "Tive uma visão assombrosa. Será comigo, ou com algum sucessor meu? Vi que o Papa deixará Roma e, para sair do Vaticano, terá que passar sobre os cadáveres de seus padres."
Professor Orlando Fedeli, Presidente da Montfort-Associação Cultural, sobre esse assunto faz duas interrogações: ?Como a Igreja se afastou da coluna da Missa e da devoção a Nossa Senhora? Quem afastou a nave da Igreja dessas duas colunas das quais nunca deveria ter afastado?? Escreveu ele, quando o Papa João Paulo II ainda era vivo, dando a sua opinião: ?Fica difícil negar que esse afastamento se deu após o Vaticano II, e principalmente após a promulgação da Nova Missa de Paulo VI, com todos os abusos que dela decorreram, abusos que o Papa João Paulo II anunciou que seriam coibidos pelos decretos que estão para ser publicados pelo Vaticano, ainda neste fim de ano, e que produziram as graves discussões e divergências que se noticiam entre os Cardeais. Daí as pressões para que o Papa renuncie?.
Comenta o Prof. Orlando Fedeli: ?... seria natural que a publicação do terceiro segredo fosse acompanhada de um apelo do Papa a que o mundo agradecesse a Nossa Senhora por ter impedido o incêndio com que o anjo ameaçava o mundo inteiro. Nenhum ato de agradecimento foi anunciado ou pedido. Seria mais do que natural e lógico que o Papa pedisse aos Bispos de todo o mundo que promovessem atos penitencias, visando a conversão dos homens. Nada disso ocorreu. Aconteceu um Bispo defender a realização da Jornada do Gay Pride, em julho de 2000, em Roma... O mundo não agradeceu a Nossa Senhora. O mundo não fez penitência. O mundo aumentou os seus pecados e seus desafios a Deus. E a Igreja, agradeceu ela a Nossa Senhora o ter poupado o mundo de um grande castigo? E a Igreja, recomendou ela que se fizesse penitência para evitar o castigo? Nada disso ocorreu. Consideram-se os fatos preditos como já realizados e que tudo está bem. Sem agradecimentos e sem penitências... Seria de surpreender que o anjo, enfim, incendiasse o mundo? Ou a penitência será feita no futuro, a pedido de um Papa que, por causa disso, será apedrejado e fuzilado??
?No prefácio da edição brasileira dos escritos da Irmã Lúcia, o Pe. Antonio Maria Martins S.J. afirma, de modo categórico, que a terceira parte do Segredo, cujo texto não foi ainda divulgado, trata apenas da chamada Crise da Igreja?. Há evidências de que o Terceiro Segredo muito bem guardado pelo Vaticano venha a confirmar uma possível perseguição religiosa aos cristãos. Isso vem ao encontro da visão que Jacinta teve e relatou à Lúcia: ?Não sei como foi, eu vi o Santo Padre numa casa muito grande, de joelhos diante de uma mesa, com as mãos no rosto a chorar; fora da casa estava muita gente e uns atiravam-lhe pedras, outros rogavam-lhe pragas e diziam-lhe muitas palavras feias. Coitadinho do Santo Padre, temos que pedir muito por ele!?
Ao aparecer pela terceira vez em julho de 1917 às três crianças Nossa Senhora revelou os três segredos:a) o Primeiro Segredo Nossa Senhora mostrou às três crianças a visão terrível do inferno para onde vão os pecadores explicando que foram os pecados do homem que provocou o castigo da I Guerra Mundial (1914/1917); Deus estava muito ofendido pelos pecados do mundo moderno, exigia penitência e caso não fosse feita veria o castigo; Este Primeiro Segredo tratava, portanto das pessoas e suas almas. Os pecados que determinaram a I Guerra Mundial foram: A imoralidade dos costumes; A decadência do clero, devida ao liberalismo e a tendência à boa vida, mesmo no clero mais "conservador"; E a heresia no clero mais progressista, isto é, o Modernismo, condenado por São Pio X, em 1908.
b) o Segundo Segredo fala do término da guerra, mas se não deixassem de ofender a Deus no reinado do Papa Pio XI viria novo castigo muito pior do que o primeiro; para impedir que isso acontecesse pediu Nossa Senhora que a Rússia fosse consagrada ao seu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados: ?O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Como não foi atendido seu pedido, principalmente da consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração, veio o castigo através da Segunda Guerra Mundial. Disse Nossa Senhora que, nessa II Guerra Mundial, ?várias nações seriam aniquiladas?, ?os bons seriam martirizados?, ?o Santo Padre teria muito que sofrer?. O comunismo se instalou na Rússia e seus erros espalharam pelo mundo. Até hoje não houve a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria. Pedia penitência e orações, a devoção ao Sagrado Coração de Maria e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. O Segundo Segredo tratava das nações. O castigo da II Guerra Mundial não foi aproveitado. ?Os erros do Modernismo se desencadearam depois da II Guerra, e o clero se mostrou contaminado pelos maus costumes do mundo moderno, e pela heresia modernista espantosamente crescente e cada vez mais dominante?.
c) o Terceiro Segredo, pela progressão estabelecida, trata da Igreja. Não dos pecados da Igreja, pois Ela é Santa, imaculada e não pode cometer pecados. Trata dos pecados que se cometem na Igreja, especialmente dos pecados do clero. ?Pecados do clero que, hoje, os membros do clero costumam transferir para a Igreja, esquecendo-se de que Ela é imaculada e impoluta. E essa transferência de culpa do clero para a Igreja é um dos grandes pecados atuais?. No Terceiro Segredo se faz prever um futuro martírio do Papa, que assumirá o pontificado, e de muitos clérigos e leigos.
Essa visão misteriosa não é seguida de explicações de Nossa Senhora sobre como evitar o mal anunciado, explicando o que ela significa como fez na revelação de Fátima.
A 12 de fevereiro de 1940 a irmã Lúcia havia escrito uma carta ao Patriarca de Lisboa se queixando: ?Eminentíssimo Senhor Cardeal, Nosso Senhor está descontente e amargurado com os pecados do mundo e com os de Portugal, queixando-se da falta de correspondência, vida pecaminosa do povo e em especial da tibieza, indiferença e vida demasiado cômoda que levam a maioria dos sacerdotes, religiosos e religiosas?; ?Nosso Senhor deseja que em Portugal sejam abolidas as festas profanas nos dias de carnaval e substituídas por orações e sacrifícios com preces públicas pelas ruas. Rogo pois a Vossa Eminência se digne em união com todos os Excelentíssimos Senhores Bispos promovê-las, não esquecendo que Nosso Senhor, ao prometer uma proteção especial à nossa Nação a declarou também culpada e lhe anunciou algo que sofrer também; Nosso Senhor deseja que atraiamos assim a paz não só sobre Portugal mas sobre as demais nações.?
Se em 1940 Nosso Senhor já reclamava do carnaval em Lisboa é de se imaginar o que dizer dos atuais carnavais no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo, os crimes, corrupção, marcotráfico, falta de justiça, deficiência da saúde e educação, miséria do povo, dos pecados cometidos inclusive dos clérigos, etc. A imprensa noticiou o World Gay Pride realizado em Roma tendo o Papa de ?proibir um bispo francês de participar desse congresso de homossexuais, fazendo nele uma conferência! E a reação do Mestre do Palácio Apostólico (o teólogo pessoal do Papa, o Abbé Cottier) ao Congresso Mundial dos Homossexuais, em Roma, foi bastante tímida?.
O Concílio Vaticano II foi o fato mais importante da história da Igreja no século XX. Neste caso concordam os progressistas (moderados ou radicais), os chamados integristas (tradicionalistas de todos os matizes). Para os progressistas foi à abertura de uma nova era na história da Igreja, a chegada a sua fase adulta, o triunfo, de uma nova Igreja, oposta à Igreja do passado, triunfalista e constantiniana. Já os integristas de todos os matizes o triunfo da heresia, como uma verdadeira apostasia da fé antiga. De qualquer modo, todos concordam que o Concílio Vaticano II foi de importância inigualável. No entanto, Nossa Senhora não faz nenhuma menção ao Concílio Vaticano II, nenhum elogio, nenhum louvor. Mas não se pode ter certeza de que Ela tenha criticado o Concílio Vaticano II, dito alguma coisa contra o que se fez no Concílio.
É de se perguntar o que significou a atualização e modernização da Igreja feita pelo Concílio. No encerramento do Concílio o Papa Paulo VI assim se manifestou: ?A Igreja, nesses quatro anos, se ocupou muito do homem, do homem tal como ele se apresenta na realidade em nossa época, o homem vivo. O homem todo inteiro ocupado consigo mesmo, o homem que se faz não somente o centro de tudo o que lhe interessa, mas que ousa pretender ser o princípio e a razão última de toda a realidade (...).? e mais adiante: ?a velha história do Samaritano foi o modelo da espiritualidade do Concílio (Vaticano II). Uma simpatia sem limites o invadiu inteiramente. (...) Nós também, Nós mais do que ninguém, nós temos o culto do homem.? (Paulo VI, discurso em 7-XII-1965, encerrando o Concílio Vaticano II, Yves Chiron, Paul VI, le Pape écartélé, Perrin, Paris,1993, pg. 249). Nota-se nestas declarações que a Igreja agora se diz cultuadora do homem que se faz o centro e causa última de tudo, o Homem se adora a si mesmo. Salientou o Papa Paulo VI que muitos julgariam que haveria um enfrentamento, um choque, uma luta, uma anátema, mas nada aconteceu e o que se viu foi uma imensa simpatia, ?uma atenção nova da Igreja às necessidades dos homens?. A Igreja quase capitulou como serva da humanidade.
Paulo VI fez uma terrível declaração: ?Por alguma brecha, a fumaça de Satã está no Templo de Deus: a dúvida, a incerteza, a problemática, a inquietação, a insatisfação, o afrontamento surgiram (...).Nós teríamos acreditado que o porvir do Concílio seria um dia de sol para a Igreja. Mas Nós encontramos novas tempestades. Procuramos cavar novos abismos em vez de preenchê-los. Que aconteceu? Nós vos confiamos nosso pensamento: trata-se de uma potência adversa, o diabo, este ser misterioso, inimigo de todos os homens, este qualquer coisa de sobrenatural, vindo estragar e secar os frutos do Concílio ecumênico e impedir que a Igreja expluda em hinos de alegria por ter redescoberto a consciência dela mesma.? (Yves Chiron, op cit., p. 320). Segundo o Prof. Oton Fedeli naturalmente a brecha que a fumaça de satã encontrou para entrar na Igreja foi o Concílio Vaticano II, pois posteriormente alisando a situação da Igreja no seu discurso a 7 de dezembro de 1968 o Papa declarou: ?A Igreja se acha em uma hora inquieta de autocrítica, dir-se-ia melhor de autodemolição. É como se um revirar-se agudo e complexo que ninguém teria esperado depois do Concílio. A Igreja quase golpeia-se a si mesma.? (Paulo VI, Discurso de 7-XII-1968).
O Prof. Oton Fedeli, assim resume sua opinião sobre o Concílio Vaticano II:
1. O Concílio Vaticano II recusou condenar o comunismo, mas, no dizer do próprio Paulo VI, ?abraçou a religião do homem que se fez Deus?.
2. Pior. Depois do Concílio, se adotou a política de ?aggiornamento? e de abertura para o mundo moderno que redundou na Ost Politik do Vaticano. Deste modo, além de não se condenar o comunismo, se procurou um acordo diplomático com ele. Mais ainda, com a Teologia da Libertação esse acordo foi ao terreno doutrinário, e daí ao terreno da ?práxis?, o clero modernista e progressista apoiando até mesmo a ação guerrilheira e terrorista do comunismo.
3. Aceitou-se o igualitarismo e o democratismo modernos, expressos no Vaticano II pela famigerada ?Colegialidade?. A Igreja se democratizou e se ?humanizou?. Democratizou-se e aceitou o liberalismo ao proclamar, no Vaticano II, a liberdade de religião e de consciência, cujas aplicações práticas são o ecumenismo e o fim das missões. ?Humanizou-se, aceitando o ?culto do Homem? de que a Nova Missa de Paulo VI é a manifestação mais clara?. ?Eis aí os três sinais de que o segundo castigo - o das nações - não foi aproveitado, e, por isso, a visão do terceiro segredo anuncia um castigo ainda maior?.
Sobre o uso nas missas do Missal Romano anterior ao Concilio Vaticano II o atual Papa Bento XVI no seu motu proprio Summorum Pontificum diz que a antiga forma - a forma em uso universal antes das mudanças litúrgicas que seguiram o Vaticano II nunca foi ab-rogada. Tanto que nas suas Missas privadas celebra usando o Missal Romano de 1962. No dia 16 de julho do corrente ano a CWNews.com publicou um motu próprio permitindo a todos os padres católicos celebrar a antiga missa latina. Papa Bento XVI sempre foi conhecido como ardente defensor da tradição litúrgica Católica. Quando era Cardeal Ratzinger viajou a Wigratzbad, na Bavária, para ordenar padres da fraternidade de São Pedro, grupo dedicado a liturgia tradicional, usou, assim como na Missa de Páscoa (1990), o Missal Romano de 1962.
?Já não é mais possível aos Bispos modernistas não permitirem que se reze a Missa que a Igreja celebrou praticamente durante quase dois milênios, a Missa de tantos santos. A chamada Missa de São Pio V, em latim, -- a língua da Igreja , pode ser rezada sem empecilho, por qualquer padre que deseje rezá-la. Sem ter necessidade de pedir licença ao Bispo, pois a Liturgia está acima e um decreto papal não pode ser entravado por um Bispo católico? (Orlando Fedeli, ?Christus vincit!! ? Motu Próprio Summorum Pontificum?).
Bento XVI no seu Motu Próprio ao afirmar categoricamente que a missa Gregoriana jamais fora abolida, liberava a sua celebração para ?não só evitar os enganos, mas também para que a fé seja transmitida em sua integridade?, pois, ?em muitos lugares, se celebrava não se atendo de maneira fiel às prescrições do novo Missal, antes, se consideravam como que autorizados ou até obrigados à criatividade, o que levou freqüentemente a deformações da Liturgia no limite do suportável?.
Durante sua vinda ao Brasil, o Papa Bento XVI perguntado sobre a saída de católicos para outras religiões disse uma grande verdade: ?Não interessa a quantidade, mas a qualidade?. Antes já havia dito que a religião muçulmana se impôs em várias partes do mundo pelo uso da força, gerando protestos de países de religião muçulmana. Mais recentemente declarou que a verdadeira Igreja de Cristo é a Igreja Católica, gerando protestos de várias outras religiões. Estava certíssimo, pois se formos ver quem foram os fundadores dessas religiões teremos uma confirmação clara de que não foi Cristo. Se formos ver os frutos dessas religiões veremos que nelas não encontraremos exemplos de que tenha sido como São Francisco, Santo Antônio, Santa Catarina de Sena, Santa Clara, São Francisco Xavier e tantos outros santos e santas.
Mas quais seriam os pecados que se cometem na Igreja, especialmente dos pecados do clero, motivo então do castigo previsto no Terceiro Segredo? A imprensa escrita e televisionada recentemente mostrou escândalos envolvendo padres em pedofilia, tendo inclusive o Vaticano indenizar com vultosa quantia as vítimas desse desequilíbrio psicológico. O próprio Papa Bento XVI, como Paulo II, chegaram a condenar essa atitude publicamente e recriminar aqueles que assim procediam manchando a Igreja.
A revista ?Isto É?, no artigo ?Confissões Obscenas?, de autoria Alan Rodrigues, relata casos de crianças e até seminaristas que sofreram assédio sexual por parte de padres e bispos. Em certo trecho traz a declaração da doutoranda da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) e autora do livro ?Desvelando a política do silêncio: abuso sexual de mulheres por padres no Brasil?, que ?nos últimos três anos, cresceram em 70% as denúncias de abusos sexuais praticados por religiosos no Brasil?.
Antes da chegada do Papa Bento XVI ao Brasil a televisão mostrou uma missa sendo celebrada pelo padre Marcelo Rossi. Em determinado momento ele pegou um balde contendo água benta e jogou toda ela no público. Se a água era benta, então era uma coisa sagrada e como tal deveria ser tratada. No entanto a atitude foi aplaudida pelos presentes. O sagrado tornou-se profano.
Por ocasião da chegada do Papa Bento XVI aconteceram vários exageros por parte do povo e clero. Rodrigo Bertolotto no seu artigo ?Catolicismo esconde ?tribos? e lobistas nas cerimônias papais?, publicado no site da UOL, no dia 11.5.2007, relata: ?Os mais visíveis e barulhentos são os carismáticos, que adotam todo tipo de manifestação popular, só se preocupando em incutir letras religiosas nas músicas. Valem coros de torcida como ?Olelê, olalâ, o papa vem aí, e o bicho vai pegar?, ?Ah, eu sou de Cristo? ou "Bento, Bento?, imitando o cântico flamenguista ?Mengo, Mengo?. Seus padres usam vários truques dos animadores de auditório. Na missa para jovens no Pacaembu, o padre-apresentador gritava ?tira o pé do chão?, coordenava os gritos e disparou quando Bento 16 chegou em seu papamóvel: ?Coisa linda, o papa está no meio de nós. Ele vai dar a volta olímpica em nossos corações.?A atmosfera parecia de uma ?rave?. Até freiras e seminaristas faziam coreografia?.
Respondendo consulta feita em 10.10.2006, pela Sra. Simone Barbosa, de Recife (PE), católica, que foi carismática, qual era a posição do Papa Bento XVI sobre a RCC (Renovação Carismática Católica), se algum bispo ou representante se pronunciou contra a RCC, declarando ?que deveríamos sim darmos essa injeção de sentimento, de força, de entusiasmos que a RCC trás munidos de doses diárias de leitura, conhecimento e saber da fé Católica Romana?, o Sr. André Roncolato, da Montfort Associação Cultural, assim se expressou:
A RCC possui uma doutrina ruim e anti-católica, sob o disfarce da piedade e da obediência subjetiva, o que a torna ainda mais prejudicial às almas. Estes "fatos específicos" que você mesma cita, são apenas os efeitos nefastos da doutrina que subjaz na Renovação Carismática. Uma doutrina que ensina através de práticas irracionais que o Espírito Santo inspira individual e diretamente as pessoas sem a necessidade da Igreja e de seu magistério, leva inevitavelmente ao cisma e possivelmente a heresia. Mesmo por que a RCC é apenas uma transposição do pentecostalismo sob uma roupagem pseudo-católica.
Evidentemente, esta doutrina não é exposta freqüentemente de maneira sistemática, pois os católicos se afastariam, mas é exposta através das práticas "espiritualistas" e irracionais, das canções sentimentais, nas histerias coletivas de seus encontros e culminando nos abusos e profanações da liturgia. Assim, muitos dos fiéis católicos, sob a influência do romantismo, aceitam passivamente e, cada vez em maior grau, essa doutrina, e ao se perceber, já estão numa atitude cismática, por vezes involuntária.
Claro que os dirigentes e líderes da Renovação, como Padre Jonas, Prof. Felipe de Aquino, Pe. Antonelo, D. Alberto Taveira etc, não podem alegar essa mesma passividade... São eles os grandes difusores da rebeldia contra o magistério da Igreja. Eles sabem o que fazem, e sabem que enganam os fiéis (www.montfort.org.br ? seção RCC, cartas de leitores ? título: Objetivos da Renovação Carismática).
Rodrigo Maria Antônio da Silva no seu artigo ?Renovação Carismática Católica. Católica??, comenta: ?Chegamos agora à década de 1970, Estados Unidos: tem início no meio protestante um movimento destinado a afervorar a espiritualidade dos grupos protestantes, tendo por base um suposto batismo no Espírito Santo, acompanhado de manifestações estranhas, como falar sílabas sem nexo, desmaiar pelo chão, sentir um ardor no rosto, cantar músicas barulhentas, dançar, etc. Sabe-se lá sob a inspiração de qual demônio, mas o fato é que algumas pessoas resolveram trazer este movimento protestante, genuinamente protestante, para dentro da Santa Igreja Católica?; ?Convencionou-se chamar a esta infiltração do protestantismo dentro da Igreja Católica de Renovação Carismática Católica (R.C.C.)?; ?A RCC e os protestantes pentecostais, porém, pregam e administram também o batismo no Espírito Santo, misterioso, com freqüência acompanhado de manifestações extraordinárias...?; ?A RCC e os protestantes pentecostais, porém, imaginam o dom de línguas como um emitir sons sem sentido algum, repetindo rapidamente sílabas desconexas, de modo histérico e descontrolado, ou então de modo frio e calculado, podendo-se até ensinar o dom de línguas aos demais, mandando-os repetir sílabas sem sentido?; ?A RCC e os protestantes pentecostais, porém, preferem a oração barulhenta, espontânea, sem ordem nenhuma, sem preocupação com ser teologicamente ortodoxo, aos gritos e em meio a diversas outras irreverências, como palmas, danças, desmaios ridículos, sons absurdos, etc.?; e comenta o autor mais adiante: ?A RCC, porém, à imitação do que fazem os protestantes pentecostais em seus cultos, profana a Santa Missa com palmas, danças, músicas agitadas, oração em línguas, profecias, exorcismos, curas, e mil e uma desobediências litúrgicas?; ?Foi a própria reforma litúrgica (na verdade, deforma litúrgica) que abriu as portas para Missas como as da RCC?; ?A RCC não é senão uma das nuvens de fumaça do inferno que conseguiram entrar na Igreja após o Concílio Vaticano II e como conseqüência dele?; e conclui: ?Um dia veremos a Igreja livre dos erros do Concílio Vaticano II e dos delírios da Renovação Carismática Pseudo-Católica. Então adeus blablablá, adeus desmaios absurdos, adeus palmas e danças diante do Santo Sacrifício...E também: adeus Missa nova, adeus ecumenismo ,adeus modernismo?.
(http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=igreja&artigo=rcc_catolica〈=bra).
No site ?http://pt.wikipedia.org/wiki/Terceiro_segredo_de_Fátima?, chamando no início a atenção do internauta de que o ?artigo ou secção possui passagens que não respeitam o princípio da imparcialidade? além de não citar fontes e referências, é comentado: ?Para a irmã Lúcia, em 1917, a suposta aparição de Maria em Fátima teria revelado que o último papa seria o décimo segundo depois daquele dia. E o décimo segundo papa foi João Paulo II. Além disso, ela teria dito também que uma autoridade máxima seria assassinada e provocaria a guerra nuclear?; ?Nossa Senhora, então, teria ?dito? a Lúcia que, logo após sua (de Lúcia) morte, as coisas iriam acontecendo, como pais matariam filhos, filhos matariam pais e irmãos, como está acontecendo. Desastres naturais em toda a Terra, catástrofes contínuas jamais vistas, como o tsunami na Ásia, sucessão de terremotos na América do Norte e até no Sul do Brasil?.
Pelo que está escrito no Terceiro Segredo ?o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio tremulo com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho? dá a entender claramente que haverá uma grande e terrível calamidade que atingirá toda a humanidade.
Na última entrevista concedida pela irmã Lúcia ao padre Augustin Fuentes, mexicano, que foi o vice-postulador da causa da beatificação dos videntes Francisco e Jacinta, em 26.12.1957, foi por ela comentado que ?Deus vai castigar o mundo, e vai castigá-lo de uma maneira tremenda. O castigo do Céu está iminente?; ?Que muitas nações desaparecerão da face da terra, que a Rússia seria o instrumento do castigo do Céu para todo o mundo, se antes não alcançássemos a conversão dessa pobre Nação (...)?; ?O segundo, porque me disse, tanto aos meus primos como a mim, que eram dois os últimos remédios que Deus dava ao mundo: o Santo Rosário (ou o Santo Terço) e a devoção ao Coração Imaculado de Maria; e, se são os últimos remédios, quer dizer que são mesmo os últimos, que já não vai haver outros?. (http://www.fatima.org/port/resources/cr19fuentes.asp).
Resta agora que o Vaticano revele a outra parte do segredo e consagre especificamente a Rússia ao Imaculado Coração de Maria e a comunhão reparadora nos primeiros sábados como Ela pediu.
A irmã Lúcia faleceu no dia 17 de fevereiro de 2005, no Carmelo de Coimbra onde passou toda sua vida em orações. Aqueles olhos que contemplaram Nossa Senhora e o Anjo de Portugal fecharam-se para o mundo para serem abertos na glória de Deus.
No seu artigo ?A morte da irmã Lúcia e a efetivação das profecias de Fátima?, escrito por Luís Dufaur (www.catolicismo.com.br), escreve com razão: ?Esse aspecto do entardecer da vida da Irmã Lúcia não oblitera o fato essencial: ela cumpriu sua obrigação de comunicar ao Papa o pedido de Nossa Senhora, de consagrar explicitamente a Rússia e estabelecer a devoção ao seu Imaculado Coração?; ?Quanto ao restante da Mensagem, pode-se supor que a concretização dos misericordiosos mas terríveis lances finais, previstos em Fátima, estão por ocorrer. Eles visam à conversão da humanidade pecadora, que não atendeu como devia os incessantes e renovados avisos, pedidos e advertências de Nossa Senhora no sentido de uma mudança de vida?.
Introibo ad altare Dei
In Corde Jesu, semper
Teresina (PI), 10 de agosto de 2007
fonte:http://portaldelta.com.br/v3/index.php?module=colunas&block=coluna&IdGeral=285
O mundo mundano está cada vez pior, se não ajoelhar-mos para cristo e DEUS NOSSO SENHOR, estaremos ao lado do inimigo de DEUS que é o demônio. Os assassinatos, suicidios, guerras, profanações, currupção, drogas, sexos entre si homem e mulher, são todos armas do demônio. Vamos nos ajoelhar e louvar sempre o Nosso Senhor Jesus Cristo Nosso Deus.
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