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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Prodígios da Virgem de Fátima no Vietnã




Os fatos narrados abaixo ocorreram alguns anos depois dos comunistas dominarem completamente aquele país. Hoje, apesar do total domínio político da seita comunista, sabe-se que é cada vez maior o número de católicos, inclusive no Vietnã do Norte, onde sempre predominou o "credo" vermelho. Como não se sabe de tudo o que ocorre por lá, devido à severa censura do governo, é provável que inúmeros outros prodígios Nossa Senhora de Fátima está produzindo pelo bem daquele povo, o qual tinha a particular predileção de Santa Teresinha do Menino Jesus, por quem rezava ela constantemente.

"Ho Ngoc Anh, batizado com o nome de Estêvão, nascido a 1949, pára-quedista das Forças Especiais do Vietnã do Sul, saltou em 1970 no Vietnã do Norte em missão de reconhecimento. Os comunistas o apanharam, encarcerando-o em Hai Phong, onde sofreu torturas atrozes, a ponto de quase desfalecer. Grande devoto da Nossa Senhora, Anh A invoca nessa tormenta – “Maria, minha Mãe, vinde em meu socorro” (em vietnamita: “Lay Me, xin cúú com”).
O jovem pára-quedista recebeu então a recompensa: essa jaculatória inscreveu-se milagrosamente em seu braço pelo fluxo sanguíneo, como uma tatuagem na pele.
Ao constatar o prodígio, os carrascos, espantados, foram pedir instruções a seus chefes. Estes mandaram reanimar Anh com água fria. Quando o submeteram a interrogatório, a inscrição perdeu sua nitidez, sem desaparecer inteiramente. Torturavam-no de novo e a súplica à Virgem aparecia em sua pele. Furiosos, os comunistas mandaram aplicar-lhe duas injeções no pescoço e duas na coxa. Em conseqüência, Anh ficou quase mudo e paralítico de ambas as pernas. O produto injetado era de fabricação russa.
Nesse estado permaneceu na prisão, onde rezava o Rosário contando as Ave-Marias nos dedos. Em 1973 procedeu-se a troca de prisioneiros feridos e o jovem pára-quedista foi devolvido ao governo sul-vietnamita, que o enviou aos Estados Unidos para ser curado.
Após alguns meses de hospitalização, Anh recebeu a visita de uma menina desconhecida que o aconselhou a retornar ao Vietnã “Os Estados Unidos são capazes de fazer armas, mas não de te curar”. Anh pediu então para ser repatriado, o que ocorreu em junho de 1974.
Declarado inválido permanente, foi internado no hospital militar Cong Hoa (Co Vap). Apesar de só locomover-se em cadeira de rodas, Anh fez uma peregrinação de 8 km até á igreja de Nossa Senhora de Fátima de Binh Loi.
Após a queda do Vietnã do Sul nas mãos dos comunistas, a 30 de abril de 1975, os vermelhos ocuparam o hospital Cong Hoa. Submetido a interrogatório, Anh tartamudeou sua tragédia, que aos ouvidos comunistas soarem como um insulto à Revolução. Ordenaram-lhe então cavar uma fossa em frente ao portão principal do hospital.
Depois de executar parte do trabalho em sua cadeira de rodas, Anh caiu acidentalmente com ela no buraco, ali permanecendo a noite inteira. Quando os comunistas o encontraram meio-morto na manhã seguinte, expulsaram-no do hospital.
Para onde ir? Anh tinha pais vivos, mas moravam longe. Procurou o capelão do hospital, Pe. Ban, dominicano. Este recomendou-o a uma enfermeira católica, que apesar de ser casada e mãe de quatro filhos, ajudou o paralítico.
Durante sua estadia ali, Anh continuou suas visitas a Binh Loi. Um dia percebeu que Nossa Senhora lhe dizia: “Vá comemorar o Natal com sua família em Tan Uyen e volte aqui no dia 28 de dezembro de 1975. Eu o curarei. Você caminhará e falará. Assista à missa de 9 horas, receba a Sagrada Comunhão, beba da água da fonte e Você será curado”.
No dia 27 de dezembro Anh foi ao palácio arquiepiscopal e escreveu uma nota a D. Nguyen Van Binh, Arcebispo de Saigon, pedindo-lhe para comparecer à igreja de Nossa Senhora de Fátima a fim de ser testemunha da cura. O Arcebispo não lhe deu a menor atenção. O paralítico dirigiu-se então ao Pe. Bach Van Loc, Redentorista, recebendo igual tratamento.
O jovem rumou então para Binh Loi a fim de passar a noite em vigília. Para tanto, pediu licença ao vigário, Pe. Vu Ban Bo, o mesmo que construiu o santuário. O Pe. Bo tinha muita compaixão dele para recusar o pedido. Entretanto, quando já era tarde, a freira-sacristã veio fechar todas as portas do santuário. Não podia ela permitir que o inválido continuasse dentro, pois não tinha recebido ordens do Pároco.
Anh colocou-se à direita do pórtico. A parede vazada permitia ver o altar e a imagem de Nossa Senhora. O jovem ficou ali rezando o Rosário e olhando para o interior do santuário.
Surpresos, dois guardas comunistas o viram nessa atitude. Mais perplexos ainda ficaram quando notaram a igreja iluminar-se por dentro e o paralítico desaparecer sem se saber como. Aproximando-se, comprovaram que Anh se encontrava dentro da igreja, perto do altar, no meio de intensa luz. O pára-quedista escrevia bilhetes e os entregava a uma pessoa invisível. Atemorizados, os guardas chamaram outros quatro patrulheiros comunistas, que também testemunharam o fato: os bilhetes desapareciam no ar. O que se passava? Anh confirmou-o posteriormente: Nossa Senhora lhe falava. Julgando desrespeitoso dirigir-lhe a palavra devido à sua semi-mudez, escrevia-Lhe bilhetes. A celeste Senhora lhe teria comunicado um segredo. E mandou exortar todas as pessoas a rezar o rosário, fazer penitência e emendar suas vidas. Em seguida, desapareceu.
“Me!” (Mamãe!), exclamou Anh. E encontrou-se fora do santuário.
Às seis horas, a freira-sacristã abriu a porta. Anhj entrou lá e permaneceu rezando. Às 9 horas o Pe. Bo deu-lhe a Comunhão e uma pessoa trouxe-lhe um copo d’água da fonte, do qual bebeu dois terços, e permaneceu só, por alguns instantes. De repente, ergueu as mãos, tentou levantar-se, mas caiu com grande sofrimento. Disse apenas “Mamãe!” Estava pálido. Algumas pessoas o quiseram ajudar, mas este não permitiu que o tocassem. Aos poucos, colocou-se de pé, sozinho. O Pe. Bo segurou-o pelo braço. Anh insistiu: “Eu posso andar. Deixe-me só, Padre”.
A cura miraculosa se havia operado. Todos estavam maravilhados. O Pe. Bo chorava. A partir desse dia, multidões crescentes passaram a ir em peregrinação àquele santuário.
A Santíssima Virgem havia dito a Anh que fosse ali no dia 14 de cada mês, pois Ela ainda lhe falaria outras vezes. De fato, Novas aparições ocorreram, inclusive com a presença de testemunhas eclesiásticas. O Núncio Apostólico em Saigon, Mons. Angelo Palmas, declarou que as aparições “devem ser tomadas a sério”.
As curas que posteriormente se verificaram no santuário de Binh Loi (hoje também chamado de Binh Triêu) estão sendo estudadas pelas autoridades competentes.
Os comunistas não se atrevem a fechar a igreja e impedir as peregrinações. Eles têm razões sérias para não tocar no santuário. Segundo informações de refugiados católicos que chegaram aos Estados Unidos procedentes do Vietnã, Anh teria surgido, de repente, no local das aparições, no dia 14 de abril de 1977. De acordo com esse relato a Santíssima Virgem apareceu novamente a Anh e entregou-lhe uma carta. Anh leu-a e releu-a e perguntou se a devia entregar ou revelar seu conteúdo ao Arcebispo de Saigon ou a alguma autoridade religiosa. Nossa Senhora respondeu-lhe que não, acrescendo que deveria divulgá-la somente no dia 20 de dezembro de 1980. Quanto às peregrinações ao santuário, declarou o Sr. Khong Trung Luu, ex-deputado católico vietnamita, professor, que fugiu para os Estados Unidos com seus 12 filhos em 1975: “Os fugitivos falam em 10 a 20 mil pessoas no dia 14 de cada mês. Para avaliar esse número, é preciso considerar que lugar é bastante afastado de Saigon e os ônibus não chegam até lá. Do ponto de ônibus mais próximo até o local das aparições é preciso andar oito quilômetros a pé, pois hoje, no Vietnã, somente comunistas graduados possuem automóvel ou motocicleta. O povo está na miséria. Isso é fato sabido. Não obstante, milhares de pessoas visitam o santuário.
Em aparição anterior, Nossa Senhora revelara que não haveria lugar para todo o povo que afluiria a Binh Loi no dia 28 de dezembro de 1980. Ora isso é espantoso, pois esse lugar é enorme. A igreja localiza-se à beira de uma estrada. Em torno dela há uma planície com capinzal, cujos limites são um rio de um lado e um casario de outro. Creio que ali cabem facilmente mais de meio milhão de pessoas”.
A respeito de outros fatos extraordinários ocorridos no Vietnã, narrou ainda o Sr. Khong Trung Luu:
“No Vietnã, quem é católico, é católico mesmo. A devoção à Nossa Senhora é notável. Nas aldeias católicas era costume colocar-se uma imagem da Virgem no ponto mais alto das redondezas, da qual a aldeia se orgulhava. O povoa ia ali levar flores e rezar.
A cerca de 85 km de Saigon, junto á rodovia n. 1 – a estrada mais importante do país, que liga o Norte ao Sul – existe uma aldeia com as características descritas. Um dia passava por ali um caminhão cheio de soldados comunistas. Estes viram a imagem de Nossa Senhora sobre a colina e resolveram destruí-la. O povo, aflito, nada podia fazer a não ser rezar para que a Mãe de Deus impedisse o sacrilégio.
Para alcançar seu intento, os comunistas decidiram entrar em competição para ver quem melhor acertaria seus tiros na imagem. O primeiro atirador, antes de apontar, pronunciou uma blasfêmia. Instantaneamente, caiu fulminado por um raio, tornando-se o cadáver preto como um carvão...
Os demais soldados, cheios de terror, nada mais ousaram fazer contra a imagem. Mais tarde, vieram oficiais e autoridades comunistas para verificar o acontecido e mandaram remover dali o cadáver. Mas ninguém conseguia tirá-lo do lugar. Estava como que incrustado no chão, à maneira de uma rocha. Permaneceu por algum tempo ali, na estrada, e todos os que passavam presenciavam aquela cena impressionante.

Só conseguiram remover o corpo após a celebração de uma Missa junto à imagem de Nossa Senhora, em reparação pela blasfêmia cometida”.

(Transcrito de “Catolicismo”, maio de 1978 – n. 329)

Uma testemunha ocular

“Nguyen Phuoc Thua Thien, ex-assistente da Faculdade de Letras da Universidade de Hué – antiga capital imperial, situada no centro do Vietnã – conseguiu fugir do país a 19 de fevereiro de 1977, juntamente com outras 98 pessoa, em um pequeno barco de pesca.
Após a queda do Vietnã do Sul, foi ele “convidado” a “cooperar” com as autoridades comunistas na esfera do ensino. A este título, o prof. Thien pôde entrar em contato com numerosos funcionários do regime.
Membro da comissão diocesana da Ação Católica, foi considerado elemento suspeito pelos comunistas. Apesar da vigilância a que esteve submetido durante 21 meses de “liberdade vigiada”, o prof. Thien testemunhou numerosos fatos, alguns dos quais aqui resumimos.
Em entrevista à revista “Message Vietnamienne”, n. 14, de julho de 1977, editada em Paris, o prof. Thien relata:
“A situação de Hué em 20 de março de 1975 era indescritível. Quis voltar a Saigon, onde moram meus pais, mas chegando a Danang fui bloqueado, como tantos outros. De volta a Hué, fui interrogado e tive de fazer uma espécie de autocrítica para provar minha “inocência” em relação ao novo regime. Participei de duas sessões de “reeducação” de dois meses de duração cada, na quais tive de refazer minha autocrítica diversas vezes”.
Interrogado sobre os rumores a respeito dos milagres de Binh Triêu (ou Binh Loi), o entrevistado declara:
“Cheguei a Saigon no dia 29 de dezembro de 1975 (dia seguinte ao da cura de Ho Ngoc Anh), e segui para Binh Triêu à tarde. Uma animada multidão colocava-se dentro e fora da igreja. Diante do altar da Santíssima Virgem, notei, sem compreender, a presença de uma cadeira de rodas".

Fonte:http://quodlibeta.blogspot.com/2011/07/prodigios-da-virgem-de-fatima-no-vietna.html

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