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sábado, 29 de maio de 2010

Devoção a Maria Santíssima (São João Bosco)

 
ARTIGO IV
Devoção a Maria Santíssima


São João Bosco

Um grande sustentáculo para vós, meus queridos filhos, é a devoção a Maria Santíssima. Ouvi como ela vos convida: Si quis est párvulus, véniat ad me: Quem for pequenino, venha a mim. Si fordes seus devotos, além da abundância das suas bênçãos neste mundo, Ela vos garante o paraíso na outra vida. Qui elúcidant me, vitam eternam habébunt.

Tende pois amais íntima convicção de que obtereis todas as graças desta boa mãe, contanto que não peçais coisas que resultem em vosso dano. Deveis pedir-lhe com insistência particularmente três graças, que são necessárias para todos, mais especialmente para vós, meus caros jovens.

A primeira é a de não cometerdes nunca nenhum pecado mortal durante a vossa vida. Sabeis que significa cair em pecado mortal? Quer dizer renunciar a sermos filhos de Deus para tornar-nos escravos de satanás. Quer dizer perder aquela beleza que nos faz iguais aos anjos aos olhos de Deus, para tornar-nos deformes como demônios na sua presença.

Quer dizer perder todos os merecimentos já adquiridos para a vida eterna; quer dizer ficar suspenso por um fio muito fraco por sobre a boca do inferno; quer dizer fazer enorme injúria a uma bondade infinita e é este maior mal que se possa imaginar. Oh! Sim, por quantas graças vos obtenha Maria, seria todas inúteis sem esta graça de não cair nunca em pecado mortal. Esta é graça que haveis de pedir de manhã e á noite e em todas as vossas práticas de piedade.

A segunda graça que deveis pedir a Nossa Senhora é a de poder conservar a preciosa virtude da pureza. O jovem que a conserva tem a maior semelhança com os Anjos do Céu. Pelo que o seu anjo da Guarda o considera como irmão e se alegra sobremaneira pela sua companhia. Como me está muito a peito que todos os conserveis esta bela virtude, vos indico ainda alguns outros meios para conservá-la do veneno que a poderia contaminar.

Antes de tudo evitai a companhia das pessoas de diversos sexos. Entendamo-nos: Quero dizer que os meninos nunca devem contrair familiaridades com meninas; de outra forma esta bela virtude se acharia em grande perigo. A guarda dos sentidos contribui também muitíssimo a conservação desta bela virtude. Evitai portanto todo excesso no comer e no beber; evitai os teatros, os bailes e semelhantes diversões, que são a ruínas dos bons costumes.

Mas guarde particularmente os olhos, que são as janelas pelas quais o pecado entra no nosso coração e por onde o demônio, vêem a tomar posse de nossa alma.nunca vos detenhais a olhar para as coisas contrárias, por pouco que seja, á modéstia. São Luis Gonzaga nem sequer queria que lhe vissem os pés, quando se deitava ou quando se levantava.

Outro menino, sendo interrogado porque fosse tão recatado na vista, respondeu: Tomei a resolução de não fitar nunca o rosto de uma mulher, para reservar os meus olhos para fixar pela primeira vez se não for indigno formosíssimo da Mãe da Pureza, Maria Santíssima.

A terceira graça que deveis implorar solicitamente da Virgem Imaculada é de poder sempre andar afastados da companhia daqueles jovens que tem más conversas, isto é, certas conversas que não se fariam na presença de vossos pais ou de alguma pessoa de respeito. Guardai-vos destes tais, muito embora fossem eles vossos parentes. Posso garantir-vos que ás vezes é mais prejudicial a companhia desses, do que a de um demônio.

Felizes vós, meus caros filhos, se fugirdes da companhia dos maus! Então estareis certos de que trilhais o caminho do céu; diversamente, correreis muito grande perigo de perder-vos para sempre. Por isso quando virdes companheiros vossos proferirem blasfêmias, desprezar as práticas religiosas para afastar-vos da igreja ou, pior ainda, dizer palavras contrárias, por pouco que seja, á virtude da modéstia, fugi deles como da peste.

Ficai certos de que, quanto mais puros forem os vossos olhares e vossas conversas, tanto mais Maria se comprazerá em vós e maiores graças vos alcançará de Seu Filho e Nosso Redentor Jesus Cristo. São essas três graças mais necessárias na vossa idade; e as alcançareis, com certeza, de Nossa Senhora, se fordes sempre Seus devotos sinceros, rezando todos os dias o Santo Rosário ou ao menos três ave Maria e três glórias com a Jaculatória: Querida Mãe Virgem Maria fazei que eu salve a minha alma.

Com essas três graças trilhareis desde agora o caminho que vos há de tornar homens honrados na idade madura. Nessas graças tereis também o penhor certo da felicidade eterna que Maria Santíssima á de alcançar infalivelmente aos seus devotos.

(Jovem instruído - São João Bosco)
fonte: a grande guerra

sexta-feira, 28 de maio de 2010

THIRD SECRET EXPLAINED:Evidence for the REAL Third Secret:


Evidence for the REAL Third Secret:
Cardinal Oddi on the REAL Third Secret of Fatima: "The Blessed Virgin was alerting us against the apostasy in the Church"
http://www.tldm.org/news7/ThirdSecretCardinalOddi.htm

Fr. Alonso, official achivist of Fatima: The REAL Third Secret of Fatima warned of apostasy in the Church
http://www.tldm.org/news7/ThirdSecretFatherAlonso.htm
Evidence of the REAL Third Secret: The "deception of the century"
http://www.tldm.org/news3/impostor.htm
Warnings from Beyond: A Swiss exorcism reveals existence of an impostor to Pope Paul VI
http://www.tldm.org/news4/warningsfrombeyond.2of3.htm
Jacinta's vision of the Holy Father, "the poor little one," was Pope Paul VI
http://www.tldm.org/news/vision_of_jacinta.htm
The approved apparitions of Our Lady of Akita, Japan and the Third Secret
http://www.tldm.org/News10/Akita.htm
Evidence of the REAL Third Secret: The murder of Pope John Paul I
http://www.tldm.org/news3/johnpaulI.htm
Third Secret tells of a spiritual chastisement: loss of faith, faltering and punishment of the pastors, diabolical disorientation
http://www.tldm.org/News10/ThirdSecretSpiritualChastisement.htm
 
Cardinal Oddi's hypothesis on the REAL Third Secret: "Let me advance a hypothesis: that the Third Secret of Fatima pre-announces something terrible the Church has done"
http://www.tldm.org/News10/CardinalOddiThirdSecretHypothesis.htm
 
Sister Lucy talked about the "diabolical disorientation" in the Church as 1972 approached
http://www.tldm.org/news5/1972.htm
Evidence of the REAL Third Secret: "Satan would enter into the highest realms of the hierarchy"
http://www.tldm.org/news3/highest_realms.htm
Evidence of the REAL Third Secret: World's most famous exorcist has said, "legions of demons that have installed themselves in the Vatican"
http://www.tldm.org/News6/exorcism1.htm
Evidence of the REAL Third Secret: Man who shot Pope John Paul II says, "Without the help of some priests and cardinals I could not have done it" http://www.tldm.org/News7/CardinalsHelpedMehmetAliAgca.htm
Evidence of the REAL Third Secret: Jacinta told Mother Godinho the Third Secret, but...
http://www.tldm.org/news/StTheresa3rdSecret.htm

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Polémica en torno al tercer secreto de Fátima: dos tesis contrapuestas que circulan por el aire

26/05/10 Hace ya 10 años, la Congregación para la Doctrina de la Fe, que en aquel entonces presidía el cardenal Joseph Ratzinger (hoy Benedicto XVI) hacía pública una interpretación del tercer secreto de Fátima, que ha vuelto a cobrar actualidad, sobre todo, después de la visita apostólica del mismo Ratzinger a esta localidad portuguesa que fue protagonista, en 1917, de unos extraordinarios sucesos que tuvieron a la Virgen María como protagonista.
Llama la atención, sin embargo, que el actual Papa, contradiciendo el texto que él mismo firmó en 2000 y en el que se ofrecía una explicación del llamado "tercer secreto", haya declarado que éste mensaje de la Virgen "más allá de la misión de sufrimiento del Papa, que en primera instancia podemos relacionar con el atentado contra Juan Pablo II, en el mensaje de Fátima hay indicaciones sobre la realidad del futuro de la Iglesia". Y refiriéndose a los escándalos de pederastia dijo: "Hoy las mayores persecuciones contra la Iglesia no vienen de fuera, sino de los pecados que están dentro de la propia Iglesia".

Pero, ¿qué es lo que dijo hace 10 años la Congregación para la Doctrina de la Fe? "Los acontecimientos a los que se refiere la tercera parte del secreto de Fátima, parecen pertenecer ya al pasado. En la medida en que se refiere a acontecimientos concretos, ya pertenecen al pasado. Quien había esperado en impresionantes revelaciones apocalípticas sobre el fin del mundo o sobre el curso futuro de la historia debe quedar desilusionado. Fátima no ofrece este tipo de información".

La contradiccón es pues, más que manifiesta. Algunos apuntan incluso que fue el propio Juan Pablo II quien paró a Ratzinger para que éste no publicara el mensaje con su crudeza original con el fin de no asustar a nadie. Ayer mismo, el rector del Santuario de Fátima, el padre Virgílio Antunes, reiteró que no existe nada más por revelar del secreto de la Virgen de Fátima, cuya profecía "tiene que ser vista de manera abierta y no en estrecha relación con uno u otro acontecimiento de la historia".

Una tesis sostenida también por el cardenal secretario de Estado, monseñor Tarcisio Bertone, quien hace tres años, y ante los insistentes rumores de la existencia de un cuarto secreto aun por revelar, se veía obligado a declarar lo siguiente: "Las palabras del tercer secreto están contenidas en esas hojas y no existen otras palabras escritas por Sor Lucía sobre el tercer secreto. Las otras palabras han sido inventadas, formuladas por otras personas y no corresponden a los escritos de Sor Lucía". La "tesis Bertone" fue, de hecho, desmentida por Benedicto XVI durante su reciente intervención en el Santuario portugués.

Esos rumores apuntan que Fátima predijo ya la apostasía que sufre la Iglesia en el momento actual, en el que miles de católicos abandonan la Fe verdadera y dan la espalda a Dios. Deserciones en masa que desangran el seno de la Iglesia militante, que ve impotente como sus hijos caen el error y se dan a los placeres de esta vida sin tener en cuenta el valor inmortal de sus almas y el precio que tuvo que pagar el Redentor en la cruz.
Curiosamente, y en estos días, los miembros de la Fraternidad Sacerdotal San Pío X (FSSPX) han emprendido una cruzada de rosarios con el fin de que el Papa Benedicto XVI cumpla uno de los deseos de la Virgen de Fátima y consagre Rusia a su Corazón Inmaculado. Al parecer, dicha consagración no se habría hecho en los términos concretos que pidió la Virgen, aunque bien es verdad que el Papa Juan Pablo II ya consagró el mundo entero a la Madre de Dios, aunque no en los términos exactos que pedía el mensaje mariano.
Dicha consagración, además, cuenta con una resistencia enorme en algunos sectores modernistas, que ven la devoción a la Virgen María, como una especie de "curiosidad", y que, en ocasiones, además de imposibilitar el diálogo ecuménico, en más una especie de "lazo" tológico decorativo más que otra cosa en la vida de los católicos. Y es que bajo la perspectiva de la "madurez de la fe" no se entienden muchas cosas, por ejemplo, la devoción a los santos. Sin duda, ambos rasgos distintivos del protestantismo más que otra cosa.

Sea como fuere la cuestión de Fátima está abierta, y es la Santa Sede a la que le corresponde publicar, íntegramente, su mensaje para ayudar así al conjunto del pueblo de Dios y dejar de decir medias verdades, que no hacen sino confundir y crear un cierto escepticismo ante los sucesos sobrenaturales bien recientes.
fonte:sector católico

segunda-feira, 24 de maio de 2010

24º dia de Maio - A Penitência

Porque somos pecadores e continuamos a pecar, por isso é necessária a reparação para pagar as culpas. É Justiça: repara-se o mal feito. "Todo pecado, grande ou pequeno, não pode ficar impune; ou é punido pelo homem que faz Penitência ou no último Juízo pelo Senhor". (S. Agostinho). Podemos aqui lembrar alguns grandes pecadores convertidos e que ficaram santos: S. Maria Madalena, S. Agostinho, S. Margarida de Cortona, S. Inácio de Loyola, S. Camilo de Lélis... Eles nos demonstraram que com a Penitência repara-se e recupera-se tudo, até a santidade mais alta e dão razão a S. Cipriano que exclama: "Ó penitência! Tudo o que estava amarrado, o desamarraste, o que estava fechado, o abriste". A penitência livra das correntes das dívidas contraías pelos pecados e abre as arcas das graças mais eleitas.
Penitência e Amor
Quando S. Domingos Sávio estava gravemente doente, foi um dia submetido a uma sangria. Antes de iniciar, o médico dise-lhe: "Olha para o utro lado, Domingos, assim não verás escorrer o teu Sangue". "Ah, não - respondeu - furaram as mãos e os pés de Jesus com grandes pregos sobre a Cruz e Ele não disse nada..." Domingos sofreu sem um gemido os dez pequenos cortes que lhe fizeram. Eis a lei do amor: quando se ama de verdade uma pessoa, se quer com ela condivir todos os sofrimentos. Não se pode renunciar! Quem ama Jesus e conhece sua vida de humildade e sacrifício, culminada na cruel Crucificação e Morte, não pode deixar de desejar a participação em toda aquela dor desejada pelo amor. A intensidade desta participação às vezes manifestou-se até de modo prodigioso e sangrento. Pensemos em S. Francisco de Assis, S. Verônica Giuliani, S. Gema Galgani, Pe. Pio... Mas em todos os santos a Penitência mais dolorosa foi uma exigência do amor. Eles chegavam ao ponto de não desejar nada além de sofrer. Recordemos alguns exemplos: S. Francisco Xavier, embora oprimido por dores muito fortes, rezava com transporte, dizendo: "Ainda, Senhor, ainda mais." E à ilha onde sofreu as mais graves tribulações, quis pôr o nome de Ilha das Consolações. S. Teresa de Jesus também é célebre pelo seu grito: "Ou sofrer ou morrer". S. João da Cruz a Jesus que lhe perguntava o que queria, respondeu: "Sofrer e ser desprezado por Ti". S. Gabriel de Nossa Sehora das dores dizia que o seu Paraíso eram as dores de Maria. S. Maximiliano chamava "balinhas de caramelo" as cruzes e as tribulações. Pe. Pio dizia que suas tremendas dores eram "as alegriazinhas do esposo". Assim raciocina quem ama.
Fazer o próprio dever
A primeira e mais importante Penitência do cristão é aquela de cumprir fielmente e perfeitamente os próprios deveres cotidianos. Fazer outras penitências omitindo estas significa fazer o secundário, ignorando o principal. Em 1º lugar, lembremo-nos bem: 1º o cumprimento dos deveres. Se é assim a substância da nossa vida de penitência é segura. S. José Cafasso conduzia uma vida de Penitência escondida aos olhos dos demais. Dos depoimentos do processo de beatificação, sabemos que a mulher que lavava a roupa manchada de sangue, tinha-se dado conta disso. "Por que as camisas estão sempre sujas de sangue? - perguntou - O senhor tem algum ferimento?" O santo quis ficar calado, mas respondeu bruscamente: "Vós sois como uma mãe, por isso, vos direi tudo, mas não o deveis contar a ninguém. Deveis saber que nós, padres, usamos uma cintura com pontas chamado cilício. Eis porque achais as manchas." "Mas deve doer muito, meu pobre filho"! Exclamou a mulher. "Sim, dói, mas precisamos descontar nossos pecaods, não?" "O que está dizendo? - retrucou - Se o senhor precisa fazer penitência, o que devemos fazer?" "Vós trabalhais duro - respondeu o santo - e trabalhar o dia todo já é uma bela penitência".
Penitência pelos pecadores
O lamento de Nossa Senhora de Fátima deveria nos comover: "Muitas almas vão para o Inferno porque não tem quem se sacrifique por elas." Jacianta, a florzinha de Maria, foi a quem maiormente tocaram aquelas palavras da Bela Senhora. Ela quis ser vítima inocente e sofrer pelos pecadores foi sua paixão dolorosa até a morte. Atingida pela gripe espanhola e por uma pneumonia purulenta, com infecção progressiva, transportada ao Hospital, longe de casa, submetida a uma operação para a remoção de suas costelas, sem anestesia. Pobre menina! Mas foi heroicamente corajosa e não perdeu nenhuma ocasião de sacrifício pelos pecadores: cama, dores ardentes... O seu Celeste conforto era a assistência materna de Nossa Senhora. Morreu consumada pela febre e pelas dores, sozinha sobre o Coração da Imaculada, vinda do céu para apanhar a inocente vítima pelos pecadores. Que exemplo de heróica penitência.
Votos
* Meditar a paixão e morte de Jesus (Mt 26 e 27)
* Oferecer todos os sacrifícios a Nossa Senhora das dores
* Recitar os mistérios dolorosos do Rosário. 
fonte:http://fazeioqueelevosdisser.blogspot.com/

sábado, 22 de maio de 2010

Y si Jesús es rey del universo, reina también lo es María. De modo que, dice san Bernardino de Siena, cuantas son las criaturas que sirven a Dios, tantas son las que deben servir a María, ya que los ángeles, los hombres y todas las cosas del cielo y de la tierra, estando sujetas al dominio de Dios, están también sometidas al dominio de la Virgen.

CAPÍTULO 1
DIOS TE SALVE, REINA Y MADRE DE MISERICORDIA
Párrafo 1
Nuestra confianza en María ha de ser grande,
por ser ella la Madre de la misericordia
Habiendo sido exaltada la Virgen María como Madre del Rey de reyes, con toda razón la santa Iglesia la honra y quiere que sea honrada por todos con el título glorioso de reina. Si el Hijo es Rey, dice san Atanasio, con toda razón la Madre debe tenerse por Reina y llamarse Reina y Señora. Desde que María, añade san Bernardino de Siena, dio su consentimiento aceptando ser Madre del Verbo eterno, desde ese instante mereció ser la reina del mundo y de todas las criaturas. Si la carne de María, reflexiona san Arnoldo abad, no fue distinta de la de Jesús, ¿cómo puede estar la madre separada del reinado de su hijo? Por lo que debe pensarse que la gloria del reinado no sólo es común entre la Madre y el Hijo, sino que es la misma.
Y si Jesús es rey del universo, reina también lo es María. De modo que, dice san Bernardino de Siena, cuantas son las criaturas que sirven a Dios, tantas son las que deben servir a María, ya que los ángeles, los hombres y todas las cosas del cielo y de la tierra, estando sujetas al dominio de Dios, están también sometidas al dominio de la Virgen. Por eso el abad Guérrico, contemplando a la Madre de Dios, le habla así: "Prosigue, María, prosigue segura con los bienes de tu Hijo, gobierna con toda confianza como reina, madre del rey y su esposa". Sigue pues, oh María, disponiendo a tu voluntad de los bienes de tu Hijo, pues al ser madre y esposa del rey del mundo, se te debe como reina el imperio sobre todas las criaturas.
Así que María es Reina; pero no olvidemos, para nuestro común consuelo, que es una reina toda dulzura y clemencia e inclinada a hacernos bien a los necesitados. Por eso la santa Iglesia quiere que la saludemos y la llamemos en esta oración Reina de misericordia. El mismo nombre de reina, conforme a san Alberto Magno, significa piedad y providencia hacia los pobres; a diferencia del nombre de emperatriz, que expresa más bien severidad y rigor. La excelencia del rey y de la reina consiste en aliviar a los miserables, dice Séneca. Así como los tiranos, al mandar, tienen como objetivo su propio provecho, los reyes, en cambio, deben tener por finalidad el bien de sus vasallos. De ahí que en la consagración de los reyes se ungen sus cabezas con aceite, símbolo de misericordia, para demostrar que ellos, al reinar, deben tener ante todo pensamientos de piedad y de beneficencia hacia sus vasallos.
El rey debe ante todo dedicarse a las obras de misericordia, pero no de modo que dejan de usar la justicia contra los criminales cuando es debido. No obra así María, que aunque reina no lo es de justicia, preocupada del castigo de los malhechores, sino reina de la misericordia, atenta únicamente a la piedad y al perdón de los pecadores. Por eso la Iglesia quiere que la llamemos expresamente reina de la misericordia. Reflexionando el gran canciller de París Juan Gerson las palabras de David: "Dos cosas he oído: que Dios tiene el poder y que tuya es, Señor, la misericordia" (Sal 61,12), dice que fundandose el reino de Dios en la justicia y en la misericordia, el Señor lo ha dividido: el reino de la justicia se lo ha reservado para él, y el reino de la misericordia se lo ha cedido a María, mandando que todas las misericordias que se otorgan a los hombres pasen por las manos de María y se distribuyan según su voluntad. Santo Tomás lo confirma en el prólogo a las Epístolas canónicas diciendo que la santísima Virgen, desde que concibió en su seno al Verbo de Dios y le dio a luz, obtuvo la mitad del reino de Dios al ser constituida reina de la misericordia, quedando para Jesucristo el reino de la justicia.
El eterno Padre constituyó a Jesucristo rey de justicia y por eso lo hizo juez universal del mundo. Así lo cantó el profeta: "Señor, da tu juicio al rey y tu justicia al hijo de reyes" (Sal 71,1). Esto también lo comenta un docto intérprete, y dice: Señor, tu has dado a tu Hijo la justicia porque la misericordia la diste a la madre del rey. San Buenaventura, parafraseando también ese pasaje, dice: "Da, Señor, tu juicio al rey y tu misericordia a la madre de él". Así, de modo semejante el arzobispo de Praga, Ernesto, dice que el eterno Padre ha dado al Hijo el oficio de juzgar y castigar, y a la Madre el oficio de compadecer y aliviar a los miserables. Así predijo el mismo profeta David que Dios mismo, por así decirlo, consagró a María como reina de la misericordia ungiéndola con óleo de alegría: "Dios te ungió con óleo de alegría" (Sal 44,8). A fin de que todos los miserables hijos de Adán se alegraran pensando tener en el cielo a esta gran reina llena de unción de misericordia y de piedad para con todos nosotros, como dice san Buenaventura: "María está llena de unción de misericordia y de óleo de piedad, por eso Dios la ungió con óleo de alegría".
San Alberto Magno, muy a propósito, presenta a la reina Esther como figura de la reina María. Se lee en el libro de Esther, capítulo 4, que reinando Asuero salió un decreto que ordenaba matar a todos los judíos. Entonces, Mardoqueo, que era uno de los condenados, confió su salvación a Esther, pidiéndole que intercediera con el rey para obtener la revocación de su sentencia. Al principio, Esther rehusó cumplir ese encargo temiendo el gravísimo enojo de Asuero. Pero Mardoqueo la reconvino y le mandó decir que no pensara en salvarse ella sola, pues el Señor la había colocado en el trono para lograr la salvación de todos los judíos: "No te imagines que por estar en la casa del rey te vas a librar tú sola entre todos los judíos" (Est 4,13). Así dijo Mardoqueo a la reina Esther, y así podemos decir ahora nosotros, pobres pecadores, a nuestra reina María, si por un imposible rehusara impetrarnos de Dios la liberación del castigo que justamente merecemos: No pienses, Señora, que Dios te ha exaltado como reina del mundo sólo para pensar en tu bien, sino para que desde la cumbre de tu grandeza puedas compadecerte más de nosotros miserables y socorrernos mejor.
Asuero, cuando vio a Esther en su presencia, le preguntó con cariño: "¿Qué deseas pedir, reina Esther?, pues te será concedido. Aunque fuera la mitad de mi reino, se cumplirá" (Est 7,2). A lo que la reina respondió: "Si he hallado gracia a tus ojos, ¡oh rey!, y si al rey le place, concédeme la vida -este es mi deseo- y la de mi pueblo -ésta es mi petición" (Est 7,3). Y Asuero la atendió al instante ordenando que se revocase la sentencia.
Ahora bien, si Asuero otorgó a Esther, porque la amaba, la salvación de los judíos, ¿cómo Dios podrá dejar de escuchar a María, amándola inmensamente, cuando ella le ruega por los pobres pecadores? Ella le dice: "Si he encontrado gracia ante tus ojos, rey mío..." Pero bien sabe la Madre de Dios que ella es la bendita, la bienaventurada, la única que entre todos los hombres ha encontrado la gracia que ellos habían perdido. Bien sabe que ella es la amada de su Señor, querida más que todos los santos y ángeles juntos. Ella es la que le dice: "Dame mi pueblo por el que te ruego". Si tanto me amas, le dice, otórgame, Señor, la conversión de estos pecadores por los que te suplico. ¿Será posible que Dios no la oiga? ¿Quién desconoce la fuerza que le hacen a Dios las plegarias de María? "La ley de la clemencia gobierna su lengua" (Pr 31,26). Es ley establecida por el Señor que se use de misericordia con aquellos por los que ruega María.
Pregunta san Bernardo: ¿Por qué la Iglesia llama a María reina de misericordia? Y responde: "Porque ella abre los caminos insondables de la misericordia de Dios a quien quiere, cuando quiere y como quiere, porque no hay pecador, por enormes que sean sus pecados, que se pierda si María lo protege".
Pero ¿podremos temer que María se desdeñe de interceder por algún pecador al verlo demasiado cargado de pecados? ¿0 nos asustará, tal vez, la majestad y santidad de esta gran reina? No, dice san Gregorio, "cuanto más elevada y santa es ella, tanto más es dulce y piadosa con los pecadores que quieren enmendarse y a ella acuden". Los reyes y reinas, con la majestad que ostentan, infunden terror y hacen que sus vasallos teman aparecer en su presencia. Pero dice san Bernardo: ¿Qué temor pueden tener los miserables de acercarse a esta reina de misericordia si ella no tiene nada que aterrorice ni nada de severo para quien va en su busca, sino que se manifiesta toda dulzura y cortesía? "¿Por qué ha de temer la humana fragilidad acercarse a María? En ella no hay nada de austero ni terrible. Es todo suavidad ofreciendo a todos leche y lana". María no sólo otorga dones, sino que ella misma nos ofrece a todos la leche de la misericordia para animarnos a tener suma confianza y la lana de su protección para resguardarnos de los rayos de la divina justicia.
Narra Suetonio que el emperador Tito no acertaba a negar ninguna gracia a quien se la pedía; y aunque a veces prometía más de lo que podía otorgar, respondía a quien se lo daba a entender que el príncipe no podía despedir descontento a ninguno de los que admitía a su presencia. Así decía Tito; pero o mentía o faltaba a la promesa. Mas nuestra reina no puede mentir y puede obtener cuanto quiera para sus devotos. Tiene un corazón tan piadoso y benigno, que no puede sufrir el dejar descontento a quien le ruega. "Es tan benigna -dice Luis Blosio- que no deja que nadie se marche triste". Pero ¿cómo puedes, oh María -le pregunta san Bernardo-, negarte a socorrer a los miserables cuando eres la reina de la misericordia? ¿Y quiénes son los súbditos de la misericordia sino los miserables? "Tú eres la reina de la misericordia, y yo, el más miserable pecador, soy el primero de tus vasallos. Por tanto reina sobre nosotros, oh reina de la misericordia". Tu eres la reina de la misericordia y yo el pecador más miserable de todos; por tanto, si yo soy el principal de tus súbditos, tú debes tener más cuidado de mí que de todos los demás. Ten piedad de nosotros, reina de la misericordia, y procura nuestra salvación.
Y no nos digas, Virgen santa, parece decirle Jorge de Nicomedia, que no puedes ayudarnos por culpa de la multitud de nuestros pecados, porque tienes tal poder y piedad que excede a todas las culpas imaginables. Nada resiste a tu poder, pues tu gloria el Creador la estima como propia, pues eres su madre. Y el Hijo, gozando con tu gloria, como pagándote una deuda, da cumplimiento a todas tus peticiones. Quiere decir que si bien María tiene una deuda infinita con su Hijo por haberla elegido como su madre, sin embargo, no puede negarse que también el Hijo está sumamente agradecido a esta Madre por haberle dado el ser humano; por lo cual Jesús, como por recompensar cuanto debe a María, gozando con su gloria, la honra especialmente escuchando siempre todas sus plegarias.
Cuánta debe ser nuestra confianza en esta Reina sabiendo lo poderosa que es ante Dios, y tan rica y llena de misericordia que no hay nadie en la tierra que no participe y disfrute de la bondad y de los favores de María. Así lo reveló la Virgen María a santa Brígida: "Yo soy -le dijo la reina del cielo y madre de la misericordia- la alegría de los justos y la puerta para introducir los pecadores a Dios. No hay en la tierra pecador tan desventurado que se vea privado de la misericordia mía. Porque si otra gracia por mí no obtuviera, recibe al menos la de ser menos tentado de los demonios de lo que sería de otra manera. No hay ninguno tan alejado de Dios, a no ser que del todo estuviese maldito -se entiende con la final reprobación de los condenados-; ninguno que, si me invocare, no vuelva a Dios y alcance la misericordia". Todos me llaman la madre de la misericordia, y en verdad la misericordia de Dios hacia los hombres me ha hecho tan misericordiosa para con ellos. Por eso será desdichado y para siempre en la otra vida el que en ésta, pudiendo recurrir a mí, que soy tan piadosa con todos y tanto deseo ayudar a los pecadores, infeliz no acude a mí y se condena.
Acudamos, pues, pero acudamos siempre a las plantas de esta dulcísima reina si queremos salvarnos con toda seguridad. Y si nos espanta y desanima la vista de nuestros pecados, entendamos que María ha sido constituida reina de la misericordia para salvar con su protección a los mayores y más perdidos pecadores que a ella se encomiendan. Estos han de ser su corona en el cielo como lo declara su divino esposo: "Ven del Líbano, esposa mía; ven del Líbano, ven y serás coronada... desde las guaridas de leones, desde los montes de leopardos" (Ct 4,8). ¿Y cuáles son esas cuevas y montes donde moran esas fieras y monstruos sino los miserables pecadores cuyas almas se convierten en cubil de los pecados, los monstruos más deformes que puede haber? Pues bien, comenta el abad Ruperto, precisamente de estos miserables pecadores salvados por tu mediación, oh gran reina, te verás coronada en el paraíso, ya que su salvación será tu corona, corona muy apropiada para una reina de misericordia y muy digna de ella.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Il segreto di Fatima: l'apostasia nella Chiesa?

Segreti papali
di Francesco Agnoli

Fatima è un luogo che mi è caro: un luogo di preghiera, in cui si respira un’aria particolare e si avverte la presenza del Mistero. Qui, nel 1917 la Madonna apparve a tre pastorelli mentre il paese era sotto un governo fieramente nemico di Cristo. Pochi mesi dopo, in Russia, sarebbe scoppiata la Rivoluzione Bolscevica. Tra le cose che la Madonna predisse ai tre veggenti c’era anche questa: la Russia spargerà i suoi errori nel mondo. Per Lucia la Russia era una signora da convertire; per il mondo un paese poco interessante, marginale, in cui tutto sembrava scorrere lentamente, da secoli, senza novità. Ma la Madonna non sbagliava…

Oltre a parlare della Russia, del rosario, dell’inferno, Ella diede un terzo segreto, scritto da Lucia nel 1944 e consegnato nel 1957 al sant’Ufficio. Pio XII non lo lesse. Il primo papa a farlo fu Giovanni XXIII, che però ritenne di non rivelarlo; come avrebbe fatto anche Paolo VI, che lo lesse nel 1965. Da allora in tanti si sono chiesti: perché ciò che la Madonna ha rivelato, la gerarchia ecclesiastica nasconde?

Di qui una illazione dominante: che il segreto riguardasse una imminente crisi della Chiesa, l’apostasia predetta da san Paolo. Come si sa, il segreto avrebbe dovuto essere rivelato dopo il 1960, perché allora sarebbe stato più chiaro. Il cardinal Silvio Oddi, che era stato segretario di Giovanni XXIII, un giorno gli disse: “Beatissimo padre, c’è una cosa che non le posso perdonare”. “Che cosa?”, rispose il papa. “Di aver tenuto il mondo in sospeso durante tanti anni” e di non aver rivelato, nel 1960, il segreto che tutti aspettavano. Il papa gli rispose due volte: “Non parlarmene”.

Perché? L’idea che si fece allora Oddi, come tanti altri importanti uomini di curia, tra cui il cardinal Ottaviani, era che il segreto riguardasse proprio una grande crisi della Chiesa.

Credo, disse Oddi, che “preannunciasse un qualcosa di grave che la Chiesa avrebbe fatto…Forse il segreto dice che negli anni Sessanta, nonostante le migliori intenzioni, la Chiesa avrebbe fatto qualcosa le cui conseguenze sarebbero state molto dolorose…”. Ma “se fosse davvero così - concludeva-, questo segreto è già noto perché la crisi della Chiesa è sotto gli occhi di tutti” (30 Giorni, n.4, 1991).

A questo punto si possono fare alcune ipotesi: Giovanni XXIII era il papa dell’ottimismo. Non voleva sentire parlare “profeti di sventura” e immaginò più volte che la modernità avrebbe visto una “nuova primavera” della Chiesa, grazie al Concilio. Si può capire che il terzo segreto, se è quello previsto da Oddi, non doveva fargli piacere. Lo stesso si può dire di Paolo VI, che però arrivò a dire, nel 1969: “La Chiesa si trova in un’ora di inquietudine, di autocritica; si direbbe anche di autodistruzione…”.

Non aveva dichiarato, s. Pio X nella Pascendi, dieci anni prima di Fatima, che i nemici della Chiesa “si celano nel seno stesso della Chiesa”? E Pio XII non aveva detto di temere i “novatori”, che volevano smantellare la liturgia e la teologia bimillenaria della Chiesa? Alla morte di Paolo VI, diventò papa Albino Luciani, col nome di Giovanni Paolo I.

Il patriarca di Venezia aveva avuto un colloquio con Lucia, su richiesta esplicita di quest’ultima, l’11 luglio 1977. Dopo quell’incontro, come sappiamo da molte testimonianze, Luciani uscì sconvolto, cambiato. Il papa del catechismo ai piccoli e della possibile riforma dello Ior di Marcinkus e poi di De Bonis, sarebbe morto dopo 33 giorni di pontificato, in circostanze non proprio chiarissime.

Arriviamo così all’anno 2000, quando il terzo segreto viene “rivelato”. Il cardinal Sodano spiega che si riferirebbe a fatti già avvenuti, conclusi, passati. Giovanni Paolo II afferma che la profezia della Madonna riguarderebbe il suo attentato del 1981. Eppure qualcosa non torna: il testo pubblicato dal Vaticano parla di un papa ucciso, non ferito. E poi che relazione ci sarebbe tra la richiesta della Madonna di rivelare il segreto dopo il 1960 e i fatti del 1981? Che risonanza ha avuto, nella storia della Chiesa, quel singolo fatto? E perché aspettare, dopo il 1981, altri 19 anni?

Infine è arrivata la rivelazione di Benedetto XVI in Portogallo: il papa ha legato il segreto di Fatima e l’attuale “passione della Chiesa”, insistendo sul fatto che i peggiori nemici della Chiesa sono al suo “interno”. Ha poi alluso alla pedofilia, ma, quale che sia il segreto, è inevitabile riconoscere che essa non è una causa, ma un effetto: della perdita di fede, di devozione, di senso della liturgia, che infesta la Chiesa dagli anni Sessanta. Gli anni del Concilio e del post Concilio.

Ha dichiarato Martin Mosebach, autore di uno splendido testo, L’eresia dell’informe (Cantagalli), a difesa della liturgia di sempre: “Dobbiamo chiederci come mai nei collegi cattolici siano avvenuti reati sessuali ad opera di sacerdoti proprio negli anni immediatamente successivi al Concilio Vaticano II. Non si può allora non giungere all’amara conclusione che l’esperimento di “aggiornamento”, di adeguamento della Chiesa al mondo è clamorosamente fallito. Dopo quel Concilio la maggior parte dei preti si tolse l’abito sacerdotale, smise di celebrare quotidianamente la Messa e di leggere il breviario. La teologia post-conciliare fece di tutto per dimenticare l’immagine del sacerdote trasmessa dalla tradizione”.

La strada allora non è un Vaticano III, come vorrebbero i nemici interni della Chiesa, sempre sponsorizzati dai nemici esterni (vedi preti come Kung, Mancuso, Gallo, o cardinali come Martini, onnipresenti sulla stampa), ma una Trento II. Non aggiornamento ma ritorno alle radici.

da "Il Foglio" del 20 maggio 2010 
 
FONTE:UNA FIDES

quinta-feira, 13 de maio de 2010

El Papa de Fátima relata cómo vio el milagro del sol en los jardines vaticanos





Como se sabe, el venerable Pío XII fue gratificado en vida con dos manifestaciones sobrenaturales: la visión del milagro del sol que había tenido lugar en Fátima en 1917 reproducido en los jardines vaticanos y la aparición de Nuestro Señor durante su grave enfermedad de 1954. Hoy nos ocuparemos de aquélla. Recordemos, para empezar, que el papa Pacelli está misteriosamente vinculado a Fátima, pues fue consagrado obispo por el papa Benedicto XV, en la Capilla Sixtina (foto arriba), la misma mañana del 13 de mayo de 1917 en la que la Santísima Virgen se aparecía a los tres pastorcillos. Además, durante su pontificado se hizo eco de la petición de Nuestra Señora hecha a través de sor Lucía en Tuy (aparición de 1929) para que el Papa consagrase a Rusia a su Inmaculado Corazón, cosa que Pío XII hizo en 1952 mediante la carta apostólica Sacro vergente anno, aunque sin el concurso colegial de todos los obispos del mundo (como lo había indicado la Virgen).

Se sabía que el venerable Pío XII había visto el milagro del sol de Fátima en los jardines vaticanos por una homilía que el cardenal Federico Tedeschini, enviado al lugar de las apariciones como legado pontificio para clausurar el año santo 1950, pronunció el 13 de octubre de 1951 y en la que afirmó que el Papa había visto lo mismo que presenciaron los testigos que estaban presentes en Fátima el día de la última aparición (13 de octubre de 1917). Esta revelación fue ampliamente difundida por la prensa de la época y por la imaginería religiosa, llegándose a imprimir millares de estampas que representaban la escena de Pío XII mirando hacia el sol danzante sobre los jardines vaticanos (en España se hizo célebre el calendario de bolsillo editado por Heraclio Fournier). Pero no se tenía una versión directa del episodio.

En noviembre de 2008, uno de los biógrafos contemporáneos más conocidos del venerable Pío XII, Andrea Tornielli, reveló el descubrimiento, entre los papeles privados de la familia Pacelli, de un autógrafo del Papa en el que se lee el relato de lo que vio más de una vez en aquel otoño del año jubilar de 1950. El documento es de un extraordinario valor por ser de primera mano, por su inmediatez y por su lenguaje natural (alejado del gran estilo que caracterizaba la oratoria y los escritos oficiales de Pacelli), y confirma plenamente lo que ya se sabía por vía indirecta. Dejemos hablar al protagonista con sus propias palabras. Reproducimos a continuación el texto original en italiano, seguido de nuestra traducción castellana. Es el mejor homenaje que podemos hacer hoy al Papa que fue consagrado obispo un día como hoy de 1917.


Visión fatimista de Pío XII
(ilustración de La Domenica del Corriere)


«Era il 30 ottobre 1950, antivigilia del giorno, da tutto il mondo cattolico atteso con tanta ansia, della solenne definizione dell'assunzione in cielo di Maria Santissima. Verso le ore 4 pom. facevo la consueta passeggiata nei giardini vaticani, leggendo e studiando, come di solito, varie carte di ufficio. Salivo dal piazzale della Madonna di Lourdes verso la sommità della collina, nel viale di destra che costeggia il muraglione di cinta. A un certo momento, avendo sollevato gli occhi dai fogli che avevo in mano, fui colpito da un fenomeno, mai fino allora da me veduto. Il sole, che era ancora abbastanza alto, appariva come un globo opaco giallognolo, circondato tutto intorno da un cerchio luminoso, che però non impediva in alcun modo di fissare attentamente il sole, senza riceverne la minima molestia. Una leggerissima nuvoletta trovavasi davanti. Il globo opaco si muoveva all'esterno leggermente, sia girando, sia spostandosi da sinistra a destra e viceversa. Ma nell'interno del globo si vedevano con tutta chiarezza e senza interruzione fortissimi movimenti.

«Lo stesso fenomeno si ripeté il giorno seguente, 31 ottobre, e il 1° novembre, giorno della definizione; e poi di nuovo l'8 novembre, ottava della stessa solennità. Quindi non più. Varie volte cercai negli altri giorni, alla stessa ora e in condizioni atmosferiche uguali o assai simili, di guardare il sole per vedere se appariva il medesimo fenomeno, ma invano; non potei fissare nemmeno per un istante, rimaneva subito la vista abbagliata.

«Nei giorni seguenti manifestai il fatto a pochi intimi e a un piccolo gruppo di Cardinali (forse quattro o cinque), fra i quali era il Cardinal Tedeschini. Quando questi, prima della sua partenza per la sua missione di Fatima, venne a visitarmi, mi espresse il suo proposito di parlarne nella sua Omelia. Gli risposi: "Lascia stare, non è il caso". Ma egli insistette sostenendo l'opportunità, di tale annuncio, ed io allora gli spiegai alcuni particolari dell'avvenimento. Questa è, in brevi e semplici termini, la pura verità».

El autógrafo papal

«Era el 30 de octubre de 1950, antevigilia del día, esperado con tantas ansias por todo el mundo católico, de la solemne definición de la Asunción al cielo de María Santísima. Hacia las 4 de la tarde, realizaba mi acostumbrado paseo por los jardines vaticanos, leyendo y estudiando, como siempre, varios documentos de despacho. Iba subiendo desde la plaza de la Virgen de Lourdes hacia la cima de la colina, por el camino a la derecha que discurre paralelo a lo largo de la muralla. De repente, habiendo alzado los ojos de los folios que tenía en la mano, fui sorprendido por un fenómeno que no había visto nunca hasta entonces. El sol, que todavía estaba bastante alto, aparecía como un globo opaco amarillento, rodeado completamente por un aro luminoso, que, sin embargo, no impedía en modo alguno mirar fijamente al sol, sin experimentar la mínima molestia. Sólo tenía delante una ligerísima nubecilla. El globo opaco se movía ligeramente hacia afuera, sea girando, sea yendo de izquierda a derecha y viceversa. Pero en el interior del globo se veían con toda claridad y sin interrupción movimientos fuertísimos.

«El mismo fenómeno se repitió al día siguiente, 31 de octubre, y el 1º de noviembre, día de la definición; y, de nuevo más tarde el 8 de noviembre, octava de la misma solemnidad. Desde entonces no más. Varias veces, en los días siguientes, a la misma hora y con las mismas o similares condiciones atmosféricas, procuré mirar al sol para ver si aparecía el mismo fenómeno, pero fue en vano. No podía mirarlo ni siquiera por un instante pues la vista quedaba inmediatamente cegada.

«Durante los siguientes días di a conocer el hecho a pocos íntimos y a un pequeño grupo de cardenales (tal vez cuatro o cinco), entre los cuales estaba el cardenal Tedeschini. Cuando éste, antes de su partida para la misión de Fátima, vino a visitarme, me comunicó su propósito de hablar de ello en su homilía. Yo le respondí: “Déjalo estar, no es el caso”. Pero él insistió, defendiendo lo oportuno de semejante anuncio, y entonces le expliqué algunos detalles del acontecimiento. Ésta es, en breves y sencillos términos, la pura verdad ».



El calendario Fournier, muy difundido en España

fonte:http://sipastorangelicvs.blogspot.com/

terça-feira, 11 de maio de 2010

Fatima. Aveva ragione Socci?

Benedetto XVI è partito questa mattina per Fatima. Sull’aereo ha risposto alle domande di alcuni giornalisti. L’ultima domanda suonava così:
Quale significato hanno oggi per noi le apparizioni di Fatima? Il messaggio può essere esteso, oltre che all’attentato a Giovanni Paolo II, anche alle altre sofferenze dei Papi. E’ possibile inquadrare in quella visione anche le sofferenze della chiesa di oggi, con i peccati degli abusi sessuali sui minori?
Il Papa ha risposto: “Nel 2000 nella mia presentazione avevo detto che in un’apparizione c’è un impulso soprannaturale che non viene solo dalla situazione della persona ma in realtà viene dalla Vergine Maria, dal soprannaturale. Dall’impulso interno del soggetto che si esprime nelle possibilità del soggetto. Il soggetto è determinato dalle sue condizioni storiche, personali, temperamentali, e quindi traduce il grande impulso soprannaturale, nelle sue possibilità di dire, di immaginare, di esprimere, ma in queste espressioni formate dal soggetto si nasconde un contenuto che va oltre, più profondo.”
E ancora: “Solo nel corso della storia possiamo vedere tutta la profondità, che era diciamo era vestita in questa visione possibile alle persone concrete. Oltre questa grande visione della sofferenza del Papa, che possiamo in sostanza riferire a Giovanni Paolo II sono indicate realtà del futuro della chiesa che man mano si sviluppano e si mostrano. Cioè è vero che oltre il momento indicato nella visione, si parla, si vede la necessità di una passione della chiesa, che naturalmente si riflette nella persona del Papa, ma il Papa sta nella chiesa e quindi sono sofferenze della chiesa che si annunciano. Il Signore ci ha detto che la chiesa sarà per sempre sofferente, in modi diversi fino alla fine de mondo. L’importante è che il messaggio, la risposta di Fatima, sostanzialmente non va a situazioni particolari, ma la risposta fondamentale cioè conversione permanente, penitenza, preghiera, e le virtù cardinali, fede, speranza carità. Così vediamo qui la vera e fondamentale risposta che la chiesa deve dare, che noi ogni singolo dobbiamo dare in questa situazione. Quanto alle novità che possiamo oggi scoprire in questo messaggio è anche che non solo da fuori vengono attacchi al Papa e alla chiesa, ma le sofferenze della chiesa vengono proprio dall’interno della chiesa, dal peccato che esiste nella chiesa. Anche questo lo vediamo sempre ma oggi lo vediamo in modo realmente terrificante che la più grande persecuzione alla chiesa non viene dai nemici di fuori, ma nasce dal peccato nella chiesa. E che la chiesa ha quindi ha profondo bisogno di rimparare la penitenza, accettare la purificazione, imparare il perdono ma anche la necessità della giustizia. Il perdono non sostituisce la giustizia. Dobbiamo imparare proprio questo essenziale: la conversione, la preghiera la penitenza, le virtù teologali e qui siamo realistica il male attacca anche dall’interno, ma che sempre anche le forze del bene sono presenti e che finalmente il Signore è più forte del male e la madonna per noi è la garanzia. La bontà di Dio è sempre l’ultima risposta della storia.”
Benedetto XVI dunque parla di Fatima e sembra andare oltre il terzo segreto rivelato dalla chiesa nel 2000. Infatti nel terzo segreto così come lo conosciamo non si parla delle sofferenze interne: la chiesa è “attaccata dal male al suo interno” dice Ratzinger. E ancora, dice Benedetto XVI: “Oltre questa grande visione della sofferenza del Papa, che possiamo in sostanza riferire a Giovanni Paolo II sono indicate realtà del futuro della chiesa che man mano si sviluppano e si mostrano.” Dunque oltre il testo del 2000 ci sono indicate altre realtà che riguardano il futuro della chiesa.
E’ vero il Papa non ha parlato del quarto segreto esplicitamente. Ma a leggere la risposta che ha dato oggi ai giornalisti non si può non pensare ad Antonio Socci il quale ha sempre legato il contenuto di un ipotetico quarto segreto alla corruzione della chiesa e al peccato che nasce all’interno della chiesa ed agisce nel presente. Leggendo oggi il Papa sembra che anche per lui Fatima non sia riconducibile al solo passato e dunque soltanto al testo del 2000.
Quanto a Socci va letto questo suo articolo su Libero del 2 aprile. Diceva già molto, forse tutto: “La Passione della Chiesa“.

fonte:palazzo apostolico

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Fatima. Il "segreto" svelato


 
Da domani e per quattro giorni Benedetto XVI visiterà il Portogallo. La sua prima tappa sarà Lisbona e l'ultima Porto. Ma nella parte centrale del viaggio egli sosterà a Fatima, dove sorge uno dei più frequentati santuari mariani del mondo.  Fatima è il luogo in cui nel 1917 la Madonna apparve a dei bambini e parlò loro rivelando, tra l'altro, ciò che fu poi chiamato un "segreto".

Le prime due parti di questo "segreto" furono rese pubbliche nel 1941 e hanno al centro una visione dell'inferno e le persecuzioni della Chiesa.

La terza e ultima parte, tenuta a lungo sotto chiave dalle autorità vaticane, alimentò forti attese, che non si acquietarono nemmeno dopo che nel 2000 il testo fu reso pubblico per volontà di Giovanni Paolo II. Tuttora vi è chi sostiene che vi siano rivelazioni ancora tenute nascoste.

Da cardinale, Joseph Ratzinger ebbe un ruolo chiave nella pubblicazione della terza parte del "segreto" di Fatima.

Fu lui, infatti, in qualità di prefetto della congregazione per la dottrina della fede, a darne l'interpretazione ufficiale, in un "commento teologico" che accompagnò la pubblicazione del testo.

Un estratto del suo commento è riprodotto in questa pagina. Ma il testo integrale è molto più ampio. Un intero capitolo spiega il significato delle "rivelazioni" private in rapporto alla "Rivelazione" definitiva che è Gesù Cristo e che trova espressione nell'Antico e nel Nuovo Testamento. E in più c'è un'analisi della struttura antropologica e psicologica delle "rivelazioni" private.

Al cuore dell'interpretazione di Ratzinger del "segreto" di Fatima c'è una meditazione cristiana sulla storia. Meditazione che prevedibilmente egli tornerà a svolgere nelle omelie e nei discorsi dei prossimi giorni.

Ratzinger, nel suo commento del 2000, escluse drasticamente che la visione dei bambini a Fatima fosse "un film anticipato del futuro", e di un futuro prefissato per sempre, impossibile da cambiare. Al contrario – disse – il messaggio che scaturisce dalla visione è un invito alla libertà degli uomini, perché cambi le cose in bene. Giovanni Paolo II – aggiunse – aveva ragione a ritenersi salvato dalla "mano materna" che deviò il proiettile mortale diretto contro di lui il 13 maggio 1981. Perché "non esiste un destino immutabile" e "fede e preghiera sono potenze che possono influire nella storia".

Invece che rivelazioni apocalittiche sul futuro, la visioni di Fatima sulle persecuzioni dei cristiani – disse ancora Ratzinger – sono un messaggio di speranza. Il sangue dei martiri è seme di purificazione e di rinnovamento.

E soprattutto, "da quando Dio stesso ha un cuore umano e ha così rivolto la libertà dell'uomo verso il bene, verso Dio, la libertà per il male non ha più l'ultima parola".

In attesa di ascoltare che cosa dirà Benedetto XVI in Portogallo e a Fatima, ecco qui di seguito un estratto del suo commento del 2000, preceduto dai testi integrali delle tre parti del "segreto" e dal comunicato ufficiale con cui la sua terza parte fu resa pubblica dieci anni fa.

Sandro Magister

http://chiesa.espresso.repubblica.it/articolo/1343239

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1. LE PRIME DUE PARTI DEL "SEGRETO" RIVELATO NEL 1917, SCRITTE DA SUOR LUCIA NEL 1941 E RESE NOTE QUELLO STESSO ANNO


Il segreto consta di tre cose distinte, due delle quali sto per rivelare.

La prima dunque, fu la visione dell'inferno.

La Madonna ci mostrò un grande mare di fuoco, che sembrava stare sotto terra. Immersi in quel fuoco, i demoni e le anime, come se fossero braci trasparenti e nere o bronzee, con forma umana che fluttuavano nell'incendio, portate dalle fiamme che uscivano da loro stesse insieme a nuvole di fumo, cadendo da tutte le parti simili al cadere delle scintille nei grandi incendi, senza peso né equilibrio, tra grida e gemiti di dolore e disperazione che mettevano orrore e facevano tremare dalla paura. I demoni si riconoscevano dalle forme orribili e ributtanti di animali spaventosi e sconosciuti, ma trasparenti e neri. Questa visione durò un momento. E grazie alla nostra buona Madre del Cielo, che prima ci aveva prevenuti con la promessa di portarci in Cielo (nella prima apparizione), altrimenti credo che saremmo morti di spavento e di terrore.

In seguito alzammo gli occhi alla Madonna che ci disse con bontà e tristezza:

Avete visto l'inferno dove cadono le anime dei poveri peccatori. Per salvarle, Dio vuole stabilire nel mondo la devozione al Mio Cuore Immacolato. Se faranno quel che vi dirò, molte anime si salveranno e avranno pace. La guerra sta per finire; ma se non smetteranno di offendere Dio, durante il Pontificato di Pio XI ne comincerà un'altra ancora peggiore. Quando vedrete una notte illuminata da una luce sconosciuta, sappiate che è il grande segno che Dio vi dà che sta per castigare il mondo per i suoi crimini, per mezzo della guerra, della fame e delle persecuzioni alla Chiesa e al Santo Padre. Per impedirla, verrò a chiedere la consacrazione della Russia al Mio Cuore Immacolato e la Comunione riparatrice nei primi sabati. Se accetteranno le Mie richieste, la Russia si convertirà e avranno pace; se no, spargerà i suoi errori per il mondo, promovendo guerre e persecuzioni alla Chiesa. I buoni saranno martirizzati, il Santo Padre avrà molto da soffrire, varie nazioni saranno distrutte. Finalmente, il Mio Cuore Immacolato trionferà. Il Santo Padre Mi consacrerà la Russia, che si convertirà, e sarà concesso al mondo un periodo di pace.

31 agosto 1941

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2. LA TERZA E ULTIMA PARTE DEL "SEGRETO" RIVELATO NEL 1917, SCRITTA DA SUOR LUCIA NEL 1944 E RESA PUBBLICA NEL 2000


J.M.J.

La terza parte del segreto rivelato il 13 luglio 1917 nella Cova di Iria-Fatima.

Scrivo in atto di obbedienza a Voi mio Dio, che me lo comandate per mezzo di sua Ecc.za Rev.ma il Signor Vescovo di Leiria e della Vostra e mia Santissima Madre.

Dopo le due parti che già ho esposto, abbiamo visto al lato sinistro di Nostra Signora un poco più in alto un Angelo con una spada di fuoco nella mano sinistra; scintillando emetteva fiamme che sembrava dovessero incendiare il mondo; ma si spegnevano al contatto dello splendore che Nostra Signora emanava dalla sua mano destra verso di lui: l'Angelo indicando la terra con la mano destra, con voce forte disse: Penitenza, Penitenza, Penitenza! E vedemmo in una luce immensa che è Dio: “qualcosa di simile a come si vedono le persone in uno specchio quando vi passano davanti” un Vescovo vestito di Bianco “abbiamo avuto il presentimento che fosse il Santo Padre”. Vari altri Vescovi, Sacerdoti, religiosi e religiose salire una montagna ripida, in cima alla quale c'era una grande Croce di tronchi grezzi come se fosse di sughero con la corteccia; il Santo Padre, prima di arrivarvi, attraversò una grande città mezza in rovina e mezzo tremulo con passo vacillante, afflitto di dolore e di pena, pregava per le anime dei cadaveri che incontrava nel suo cammino; giunto alla cima del monte, prostrato in ginocchio ai piedi della grande Croce venne ucciso da un gruppo di soldati che gli spararono vari colpi di arma da fuoco e frecce, e allo stesso modo morirono gli uni dopo gli altri i Vescovi Sacerdoti, religiosi e religiose e varie persone secolari, uomini e donne di varie classi e posizioni. Sotto i due bracci della Croce c'erano due Angeli ognuno con un innaffiatoio di cristallo nella mano, nei quali raccoglievano il sangue dei Martiri e con esso irrigavano le anime che si avvicinavano a Dio.

3 gennaio 1944

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3. COMUNICAZIONE FATTA A NOME DI PAPA GIOVANNI PAOLO II DAL CARDINALE ANGELO SODANO, A FATIMA, IL 13 MAGGIO 2000


Nella solenne circostanza della Sua venuta a Fatima, il Sommo Pontefice mi ha incaricato di darvi un annuncio. Come è noto, scopo della Sua venuta a Fatima è stata la beatificazione dei due "pastorinhos". Egli tuttavia vuole attribuire a questo Suo pellegrinaggio anche il valore di un rinnovato gesto di gratitudine verso la Madonna per la protezione a Lui accordata durante questi anni di pontificato. È una protezione che sembra toccare anche la cosiddetta terza parte del "segreto" di Fatima.

Tale testo costituisce una visione profetica paragonabile a quelle della Sacra Scrittura, che non descrivono in senso fotografico i dettagli degli avvenimenti futuri, ma sintetizzano e condensano su un medesimo sfondo fatti che si distendono nel tempo in una successione e in una durata non precisate. Di conseguenza la chiave di lettura del testo non può che essere di carattere simbolico.

La visione di Fatima riguarda soprattutto la lotta dei sistemi atei contro la Chiesa e i cristiani e descrive l'immane sofferenza dei testimoni della fede dell'ultimo secolo del secondo millennio. È una interminabile Via Crucis guidata dai Papi del ventesimo secolo.

Secondo l'interpretazione dei "pastorinhos", interpretazione confermata anche recentemente da Suor Lucia, il "Vescovo vestito di bianco" che prega per tutti i fedeli è il Papa. Anch'Egli, camminando faticosamente verso la Croce tra i cadaveri dei martirizzati (vescovi, sacerdoti, religiosi, religiose e numerosi laici) cade a terra come morto, sotto i colpi di arma da fuoco.

Dopo l'attentato del 13 maggio 1981, a Sua Santità apparve chiaro che era stata "una mano materna a guidare la traiettoria della pallottola", permettendo al "Papa agonizzante" di fermarsi "sulla soglia della morte" (Giovanni Paolo II, Meditazione con i Vescovi italiani dal Policlinico Gemelli, in: Insegnamenti, vol. XVII1, 1994, p. 1061). In occasione di un passaggio da Roma dell'allora Vescovo di Leiria-Fatima, il Papa decise di consegnargli la pallottola, che era rimasta nella jeep dopo l'attentato, perché fosse custodita nel Santuario. Per iniziativa del Vescovo essa fu poi incastonata nella corona della statua della Madonna di Fatima.

I successivi avvenimenti del 1989 hanno portato, sia in Unione Sovietica che in numerosi Paesi dell'Est, alla caduta del regime comunista che propugnava l'ateismo. Anche per questo il Sommo Pontefice ringrazia dal profondo del cuore la Vergine Santissima. Tuttavia, in altre parti del mondo gli attacchi contro la Chiesa e i cristiani, con il peso di sofferenza che portano con sé, non sono purtroppo cessati. Anche se le vicende a cui fa riferimento la terza parte del "segreto" di Fatima sembrano ormai appartenere al passato, la chiamata della Madonna alla conversione e alla penitenza, pronunciata all'inizio del ventesimo secolo, conserva ancora oggi una sua stimolante attualità. "La Signora del messaggio sembra leggere con una singolare perspicacia i segni dei tempi, i segni del nostro tempo... L'insistente invito di Maria Santissima alla penitenza non è che la manifestazione della sua sollecitudine materna per le sorti della famiglia umana, bisognosa di conversione e di perdono" (Giovanni Paolo II, Messaggio per la Giornata Mondiale del Malato 1997, n. 1, in: Insegnamenti, vol. XIX2, 1996, p. 561).

Per consentire ai fedeli di meglio recepire il messaggio della Vergine di Fatima, il Papa ha affidato alla Congregazione per la Dottrina della Fede il compito di rendere pubblica la terza parte del "segreto", dopo averne preparato un opportuno commento.

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4. COMMENTO TEOLOGICO AL COSIDDETTO "SEGRETO" DI FATIMA

di Joseph Card. Ratzinger
Prefetto della Congregazione per la Dottrina della Fede



Chi legge con attenzione il testo del cosiddetto terzo "segreto" di Fatima, che dopo lungo tempo per disposizione del Santo Padre viene qui pubblicato nella sua interezza, resterà presumibilmente deluso o meravigliato dopo tutte le speculazioni che sono state fatte. Nessun grande mistero viene svelato; il velo del futuro non viene squarciato. Vediamo la Chiesa dei martiri del secolo ora trascorso rappresentata mediante una scena descritta con un linguaggio simbolico di difficile decifrazione. È questo ciò che la Madre del Signore voleva comunicare alla cristianità, all'umanità in un tempo di grandi problemi e angustie? Ci è di aiuto all'inizio del nuovo millennio? Ovvero sono forse solamente proiezioni del mondo interiore di bambini, cresciuti in un ambiente di profonda pietà, ma allo stesso tempo sconvolti dalle bufere che minacciavano il loro tempo? Come dobbiamo intendere la visione, che cosa pensarne? [...]

La prima e la seconda parte del "segreto" di Fatima sono già state discusse così ampiamente dalla letteratura relativa, che non devono qui essere illustrate ancora una volta. Vorrei solo brevemente richiamare l'attenzione sul punto più significativo. I bambini hanno sperimentato per la durata di un terribile attimo una visione dell'inferno. Hanno veduto la caduta delle "anime dei poveri peccatori". Ed ora viene loro detto perché sono stati esposti a questo istante: per "salvarle" – per mostrare una via di salvezza. Viene in mente la frase della prima lettera di Pietro: "meta della vostra fede è la salvezza delle anime" (1, 9). Come via a questo scopo viene indicato – in modo sorprendente per persone provenienti dall'ambito culturale anglosassone e tedesco –: la devozione al Cuore Immacolato di Maria. Per capire questo può bastare qui una breve indicazione. "Cuore" significa nel linguaggio della Bibbia il centro dell'esistenza umana, la confluenza di ragione, volontà, temperamento e sensibilità, in cui la persona trova la sua unità ed il suo orientamento interiore. Il "cuore immacolato" è secondo Mt 5, 8 un cuore, che a partire da Dio è giunto ad una perfetta unità interiore e pertanto "vede Dio". "Devozione" al Cuore Immacolato di Maria pertanto è avvicinarsi a questo atteggiamento del cuore, nel quale il "fiat" – "sia fatta la tua volontà" – diviene il centro informante di tutta quanta l'esistenza. Se qualcuno volesse obiettare che non dovremmo però frapporre un essere umano fra noi e Cristo, allora si dovrebbe ricordare che Paolo non ha timore di dire alle sue comunità: imitatemi (1 Cor 4, 16; Fil 3, 17; 1 Tess 1, 6; 2 Tess 3, 7.9). Nell'apostolo esse possono verificare concretamente che cosa significa seguire Cristo. Da chi però noi potremmo in ogni tempo imparare meglio se non dalla Madre del Signore?

Arriviamo così finalmente alla terza parte del "segreto" di Fatima qui per la prima volta pubblicato integralmente. Come emerge dalla documentazione precedente, l'interpretazione, che il Cardinale Sodano ha offerto nel suo testo del 13 maggio, è stata dapprima presentata personalmente a Suor Lucia. Suor Lucia al riguardo ha innanzitutto osservato che ad essa era stata data la visione, ma non la sua interpretazione. L'interpretazione, diceva, non compete al veggente, ma alla Chiesa. Essa però dopo la lettura del testo ha detto che questa interpretazione corrispondeva a quanto essa aveva sperimentato e che essa da parte sua riconosceva questa interpretazione come corretta. In quanto segue quindi si potrà solo cercare di dare un fondamento in maniera approfondita a questa interpretazione a partire dai criteri finora sviluppati.

Come parola chiave della prima e della seconda parte del "segreto" abbiamo scoperto quella di "salvare le anime", così la parola chiave di questo "segreto" è il triplice grido: "Penitenza, Penitenza, Penitenza!". Ci ritorna alla mente l'inizio del Vangelo: "paenitemini et credite evangelio" (Mc 1, 15). Comprendere i segni del tempo significa: comprendere l'urgenza della penitenza – della conversione – della fede. Questa è la risposta giusta al momento storico, che è caratterizzato da grandi pericoli, i quali verranno delineati nelle immagini successive. Mi permetto di inserire qui un ricordo personale; in un colloquio con me Suor Lucia mi ha detto che le appariva sempre più chiaramente come lo scopo di tutte quante le apparizioni sia stato quello di far crescere sempre più nella fede, nella speranza e nella carità – tutto il resto intendeva solo portare a questo.

Esaminiamo ora un poco più da vicino le singole immagini. L'angelo con la spada di fuoco a sinistra della Madre di Dio ricorda analoghe immagini dell'Apocalisse. Esso rappresenta la minaccia del giudizio, che incombe sul mondo. La prospettiva che il mondo potrebbe essere incenerito in un mare di fiamme, oggi non appare assolutamente più come pura fantasia: l'uomo stesso ha preparato con le sue invenzioni la spada di fuoco. La visione mostra poi la forza che si contrappone al potere della distruzione – lo splendore della Madre di Dio, e, proveniente in un certo modo da questo, l'appello alla penitenza. In tal modo viene sottolineata l'importanza della libertà dell'uomo: il futuro non è affatto determinato in modo immutabile, e l'immagine, che i bambini videro, non è affatto un film anticipato del futuro, del quale nulla potrebbe più essere cambiato. Tutta quanta la visione avviene in realtà solo per richiamare sullo scenario la libertà e per volgerla in una direzione positiva. Il senso della visione non è quindi quello di mostrare un film sul futuro irrimediabilmente fissato. Il suo senso è esattamente il contrario, quello di mobilitare le forze del cambiamento in bene. Perciò sono totalmente fuorvianti quelle spiegazioni fatalistiche del "segreto", che ad esempio dicono che l'attentatore del 13 maggio 1981 sarebbe stato in definitiva uno strumento del piano divino guidato dalla Provvidenza e che pertanto non avrebbe potuto agire liberamente, o altre idee simili che circolano. La visione parla piuttosto di pericoli e della via per salvarsi da essi.

Le frasi seguenti del testo mostrano ancora una volta molto chiaramente il carattere simbolico della visione: Dio rimane l'incommensurabile e la luce che supera ogni nostra visione. Le persone umane appaiono come in uno specchio. Dobbiamo tenere continuamente presente questa limitazione interna della visione, i cui confini vengono qui visivamente indicati. Il futuro si mostra solo "come in uno specchio, in maniera confusa" (cfr 1 Cor 13, 12). Prendiamo ora in considerazione le singole immagini, che seguono nel testo del "segreto". Il luogo dell'azione viene descritto con tre simboli: una ripida montagna, una grande città mezza in rovina e finalmente una grande croce di tronchi grezzi. Montagna e città simboleggiano il luogo della storia umana: la storia come faticosa ascesa verso l'alto, la storia come luogo dell'umana creatività e convivenza, ma allo stesso tempo come luogo delle distruzioni, nelle quali l'uomo annienta l'opera del suo proprio lavoro. La città può essere luogo di comunione e di progresso, ma anche luogo del pericolo e della minaccia più estrema. Sulla montagna sta la croce – meta e punto di orientamento della storia. Nella croce la distruzione è trasformata in salvezza; si erge come segno della miseria della storia e come promessa per essa.

Appaiono poi qui delle persone umane: il vescovo vestito di bianco ("abbiamo avuto il presentimento che fosse il Santo Padre"), altri vescovi, sacerdoti, religiosi e religiose e finalmente uomini e donne di tutte le classi e gli strati sociali. Il Papa sembra precedere gli altri, tremando e soffrendo per tutti gli orrori, che lo circondano. Non solo le case della città giacciono mezze in rovina – il suo cammino passa in mezzo ai cadaveri dei morti. La via della Chiesa viene così descritta come una Via Crucis, come un cammino in un tempo di violenza, di distruzioni e di persecuzioni. Si può trovare raffigurata in questa immagine la storia di un intero secolo. Come i luoghi della terra sono sinteticamente raffigurati nelle due immagini della montagna e della città e sono orientati alla croce, così anche i tempi sono presentati in modo contratto: nella visione noi possiamo riconoscere il secolo trascorso come secolo dei martiri, come secolo delle sofferenze e delle persecuzioni della Chiesa, come il secolo delle guerre mondiali e di molte guerre locali, che ne hanno riempito tutta la seconda metà ed hanno fatto sperimentare nuove forme di crudeltà. Nello "specchio" di questa visione vediamo passare i testimoni della fede di decenni. Al riguardo sembra opportuno menzionare una frase della lettera che Suor Lucia scrisse al Santo Padre il 12 maggio 1982: "la terza parte del 'segreto' si riferisce alle parole di Nostra Signora: Se no (la Russia) spargerà i suoi errori per il mondo, promuovendo guerre e persecuzioni alla Chiesa. I buoni saranno martirizzati, il Santo Padre avrà molto da soffrire, varie nazioni saranno distrutte”.

Nella Via Crucis di un secolo la figura del Papa ha un ruolo speciale. Nel suo faticoso salire sulla montagna possiamo senza dubbio trovare richiamati insieme diversi Papi, che cominciando da Pio X fino all'attuale Papa hanno condiviso le sofferenze di questo secolo e si sono sforzati di procedere in mezzo ad esse sulla via che porta alla croce. Nella visione anche il Papa viene ucciso sulla strada dei martiri. Non doveva il Santo Padre, quando dopo l'attentato del 13 maggio 1981 si fece portare il testo della terza parte del "segreto", riconoscervi il suo proprio destino? Egli era stato molto vicino alla frontiera della morte ed egli stesso ha spiegato la sua salvezza con le seguenti parole: "... fu una mano materna a guidare la traiettoria della pallottola e il Papa agonizzante si fermò sulla soglia della morte" (13 maggio 1994). Che qui una "mano materna" abbia deviato la pallottola mortale, mostra solo ancora una volta che non esiste un destino immutabile, che fede e preghiera sono potenze, che possono influire nella storia e che alla fine la preghiera è più forte dei proiettili, la fede più potente delle divisioni.

La conclusione del "segreto" ricorda immagini, che Lucia può avere visto in libri di pietà ed il cui contenuto deriva da antiche intuizioni di fede. È una visione consolante, che vuole rendere permeabile alla potenza risanatrice di Dio una storia di sangue e lacrime. Angeli raccolgono sotto i bracci della croce il sangue dei martiri e irrigano così le anime, che si avvicinano a Dio. Il sangue di Cristo ed il sangue dei martiri vengono qui considerati insieme: il sangue dei martiri scorre dalle braccia della croce. Il loro martirio si compie in solidarietà con la passione di Cristo, diventa una cosa sola con essa. Essi completano a favore del corpo di Cristo, ciò che ancora manca alle sue sofferenze (cfr Col 1, 24). La loro vita è divenuta essa stessa eucaristia, inserita nel mistero del chicco di grano che muore e diventa fecondo. Il sangue dei martiri è seme di cristiani, ha detto Tertulliano. Come dalla morte di Cristo, dal suo costato aperto, è nata la Chiesa, così la morte dei testimoni è feconda per la vita futura della Chiesa. La visione della terza parte del "segreto", così angustiante al suo inizio, si conclude quindi con una immagine di speranza: nessuna sofferenza è vana, e proprio una Chiesa sofferente, una Chiesa dei martiri, diviene segno indicatore per la ricerca di Dio da parte dell'uomo. Nelle amorose mani di Dio non sono accolti soltanto i sofferenti come Lazzaro, che trovò la grande consolazione e misteriosamente rappresenta Cristo, che volle divenire per noi il povero Lazzaro; vi è qualcosa di più: dalla sofferenza dei testimoni deriva una forza di purificazione e di rinnovamento, perché essa è attualizzazione della stessa sofferenza di Cristo e trasmette nel presente la sua efficacia salvifica.

Siamo così giunti ad un'ultima domanda: Che cosa significa nel suo insieme (nelle sue tre parti) il "segreto" di Fatima? Che cosa dice a noi? Innanzitutto dobbiamo affermare con il Cardinale Sodano: "... le vicende a cui fa riferimento la terza parte del 'segreto' di Fatima sembrano ormai appartenere al passato". Nella misura in cui singoli eventi vengono rappresentati, essi ormai appartengono al passato. Chi aveva atteso eccitanti rivelazioni apocalittiche sulla fine del mondo o sul futuro corso della storia, deve rimanere deluso. Fatima non ci offre tali appagamenti della nostra curiosità, come del resto in generale la fede cristiana non vuole e non può essere pastura per la nostra curiosità. Ciò che rimane l'abbiamo visto subito all'inizio delle nostre riflessioni sul testo del "segreto": l'esortazione alla preghiera come via per la "salvezza delle anime" e nello stesso senso il richiamo alla penitenza e alla conversione.

Vorrei alla fine riprendere ancora un'altra parola chiave del "segreto" divenuta giustamente famosa: "il Mio Cuore Immacolato trionferà". Che cosa significa? Il Cuore aperto a Dio, purificato dalla contemplazione di Dio è più forte dei fucili e delle armi di ogni specie. Il "fiat" di Maria, la parola del suo cuore, ha cambiato la storia del mondo, perché essa ha introdotto in questo mondo il Salvatore – perché grazie a questo "Sì" Dio poteva diventare uomo nel nostro spazio e tale ora rimane per sempre. Il maligno ha potere in questo mondo, lo vediamo e lo sperimentiamo continuamente; egli ha potere, perché la nostra libertà si lascia continuamente distogliere da Dio. Ma da quando Dio stesso ha un cuore umano ed ha così rivolto la libertà dell'uomo verso il bene, verso Dio, la libertà per il male non ha più l'ultima parola. Da allora vale la parola: "Voi avrete tribolazione nel mondo, ma abbiate fiducia; io ho vinto il mondo" (Gv 16, 33). Il messaggio di Fatima ci invita ad affidarci a questa promessa.
fonte:corrispondenza romana

domingo, 9 de maio de 2010

Madre Virgínia Brites da Paixão ,Mensageira do Imaculado Coração de Maria

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Mensageira do Imaculado Coração de Maria

«Eu te elejo hoje por discípula caríssima do meu Imaculado Coração como o foi Margarida Maria do Coração do meu  divino Jesus, a fim de desagravares com o teu amor este meu Imaculado Coração dos ultrajes e seres o canal por onde chegue até aos representantes do meu Filho Santíssimo na Terra, os desejos ardentíssimos do Seu e meu Puríssimo Coração com que continuamente me ofendem os meus filhos pecadores, me faças deles bem conhecido e amado, revelando-lhes os tesouros de graças com que esta Mãe bondosa os deseja enriquecer.»
Palavras de Nossa Senhora a Madre Virgínia a 15 de Agosto de 1913, dia da Festa de Nossa Senhora do Monte.
         
          Em 1913 foi comunicado a Madre Virgínia, pelo próprio Jesus Cristo e por Nossa Senhora, que ela seria a mensageira do Imaculado Coração de Maria.
          No texto que se segue apresentamos uma retrospectiva histórica desta devoção na Ilha da Madeira, que teve a sua génese através da Serva de Deus Madre Virgínia Brites da Paixão:
Devoção ao Imaculado Coração de Maria
Culto universal teve origem na Madeira
 
No passado domingo, 9 de Setembro, realizou-se com toda a pompa e circunstância, no sítio da Fajã do Penedo, na freguesia da Boaventura, a solenidade do Imaculado Coração de Maria, na igreja com a mesma invocação. O pequeno templo, apinhado de fiéis, encontrava-se profusamente decorado com inúmeros arranjos florais. O coro que acompanhou a missa solene, interpretando vários hinos religiosos, teve um desempenho magnífico. Após a cerimónia litúrgica seguiu-se a habitual procissão. No presente texto iremos historiar a génese e desenvolvimento do culto ao Imaculado Coração de Maria na nossa ilha, fazendo referência à Madre Virgínia como principal impulsionadora, e terminando com a alusão à importância histórica da igreja supra citada.
A Madre Virgínia Brites da Paixão era a superiora do Convento das Mercês aquando do turbilhão da implantação da República em Portugal, em 1910. Uma das primeiras ordens deste movimento arreigadamente anti-clerical foi o encerramento compulsivo dos poucos mosteiros e conventos ainda existentes no país. Esta religiosa clarissa viveu 34 anos em clausura, mas de repente viu-se apartada das suas companheiras, e regressou à casa dos pais, no Lombo dos Aguiares, em Santo António. O mosteiro foi demolido pouco tempo depois, não restando pedra sobre pedra. No entanto, Deus tinha uma missão para esta verdadeira alma mística que já vivia o Céu na Terra. Fruto da sua intensa vivência espiritual, era favorecida com inúmeras visões celestes, tendo uma singular familiaridade com Jesus e Nossa Senhora, que lhe deram a conhecer a incumbência especial que tinham reservado para ela, isto é, que seria o arauto do Imaculado Coração de Maria, tal como Margarida Maria o fora para o Sagrado Coração de Jesus.
Segundo se lê no livro Apontamento Biográfico, da autoria do Pe. João
Prudêncio da Costa, tudo teve início numa visão ocorrida a 16 de Abril de 1913, dia em que, por sinal, a Madre Virgínia renovara os seus votos sagrados na igreja de Santo António. Apresentamos seguidamente um breve excerto dessa primeira revelação de Jesus: «Minha filha, o meu divino Coração tem um ardente desejo que o Coração da minha puríssima Mãe seja conhecido, amado e desagravado com um culto público, assim como é honrado e reparado o meu divino Coração. Desejo, com uma sede ardente, que se espalhe e estabeleça esta terna devoção entre os homens, para que, por este único meio, eles alcancem misericórdia de Deus, meu Pai, de tantos crimes e atentados que nos últimos tempos se têm cometido contra Maria Imaculada.» Esta e outras comunicações do Filho de Deus foram registadas posteriormente pelo punho da Madre Virgínia e entregues ao seu confessor, o Pe. Prudêncio, e ao Bispo de então, D. António Manuel Pereira Ribeiro.
O Pe. João Prudêncio da Costa, à altura Cura da igreja de Santo António, o templo frequentado pela Madre Virgínia, foi o primeiro a pôr em prática as instruções celestes no que concerne ao culto público ao Imaculado Coração de Maria. Na sua igreja foi iniciada a prática dos primeiros sábados de cada mês como dias especiais dedicados ao culto mariano (a primeira vez que tal ocorreu foi a 1 de Novembro de 1913), foi estabelecida em 1916 a Confraria do Imaculado Coração de Maria, cujos membros usavam o escapulário branco do mesmo Coração Imaculado, e deu-se início à angariação de fundos para a construção de um templo votivo ao Imaculado Coração de Maria.
A primeira festa do Imaculado Coração de Maria realizou-se em Santo António em Agosto de 1915. Eis o que nos diz sobre a mesma Otília Fontoura, osc, autora do livro Madre Virgínia, uma vida de amor: «O zelo das discípulas e a prática dos primeiros sábados criaram na paróquia um ambiente de piedade e de abertura ao culto do Imaculado Coração de Maria. Assim, no último domingo do mês de Agosto do ano de 1915, primeiro domingo depois da oitava da Assunção da Santíssima Virgem, dia indicado pelo Coração de Jesus, toda a freguesia de Santo António esteve em festa, prestando culto público e solene ao Imaculado Coração. Esta solenidade começou pela missa cantada. Ao Evangelho, o orador falou das glórias e privilégios do Coração de Maria, do amor ardente de que está abrasado pelos seus filhos e, também, do esquecimento e injúrias que deles recebe. O pregador, com muito entusiasmo, convidou todos os presentes a corresponderem ao amor carinhoso de tão santa Mãe. Depois da Eucaristia, ficou exposto o Santíssimo Sacramento, ficando o sacerdote com os fiéis, durante uma hora, diante de Jesus, em adoração, amor e reparação ao seu divino Coração e, simultaneamente, em amor e reparação ao Coração de sua Santíssima Mãe. Esta solenidade encerrou com uma belíssima procissão, percorrendo a veneranda imagem do Coração de Maria as principais ruas da paróquia de Santo António.»
Mas para que este culto fosse universal tinha que ter a aprovação de Roma. Neste sentido, seguindo um pedido de Jesus, a Madre Virgínia escreveu ao Papa Bento XV, a 2 de Julho de 1915, informando-o das suas revelações e exortando-o, entre outras coisas, a construir um templo dedicado ao Imaculado Coração de Maria. A mensagem divina tocou o seu coração e ele adquiriu um terreno para a sua construção. No entanto, o mesmo só viria a ser construído no pontificado de Pio XII, sendo que mais tarde João XXIII atribuir-lhe-ia a dignidade de basílica.
Na Madeira espalhou-se rapidamente a devoção e culto ao Imaculado Coração de Maria e a Diocese do Funchal foi-lhe consagrada a 26 de Agosto de 1928, ainda em vida da Madre Virgínia, sendo renovada a 28 de Maio de 1933, no Terreiro da Luta, junto à estátua de Nossa Senhora da Paz, perante uma enorme multidão de fiéis. Talvez seja por essa razão que se convencionou dizer que “a Madeira é um cantinho do Céu”. De facto, Nossa Senhora chegou a dizer a esta clarissa que a ilha era “a penha dos seus imaculados pés”.
Ao viver os últimos anos da sua vida exilada do seu querido mosteiro, a Madre Virgínia granjeou grande respeito e admiração por parte de muitos madeirenses. Contava igualmente com um grande número de pessoas amigas, que lhe davam todo o apoio de que necessitasse. Maria Margarida dos Anjos Ribeiro, oriunda da Fajã do Penedo, na Boaventura, era uma delas, e amiúdes vezes ia ao Lombos dos Aguiares para conversar com a sua amiga religiosa. Possuindo vários terrenos na sua terra natal, decidiu-se pela doação de um deles, junto à sua casa, para a construção de uma capela dedicada ao Imaculado Coração de Maria, tendo as obras começado em 1918, segundo se lê no livro Deixas para a História de Boaventura, do Pe. Silvério Aníbal de Matos. Para a sua construção foram feitos vários peditórios e muitos homens trabalharam de graça. Concluídas as obras, a capela foi solenemente benzida por D. António Manuel Pereira Ribeiro, a 23 de Agosto de 1919. Foi o primeiro templo dedicado ao Imaculado Coração de Maria construído na Madeira e no mundo. Devido ao aumento da população e à crescente fama da sua festa, a capela foi aumentada vinte e dois anos depois, sendo a parte primitiva mantida como capela-mor. A 1 de Janeiro de 1961 foi criada a paróquia da Fajã do Penedo. Fruto das inúmeras graças alcançadas pelos fiéis através da intercessão do Imaculado Coração de Maria, a pequena imagem que se venera naquela igreja está repleta de cordões de ouro generosamente oferecidos a Nossa Senhora, em reconhecido agradecimento.
O processo de beatificação da Madre Virgínia Brites da Paixão teve início no final de Dezembro do ano passado, conforme já referimos anteriormente neste jornal, e neste momento ultima-se toda a documentação existente sobre a “santa freirinha” para enviar para Roma para análise da Congregação para a Causa dos Santos.

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